Desmaio

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Lilly Luna Potter narrando:

Não foi um sonho, eu sorrio vendo Riley me esperando na frente da porta do Salão Comunal da Grifinória, ele parece saber que saio mais cedo que Rose, para não ter perigo de topar com ela. Ele sorri e me cumprimenta com um beijo na bochecha, por alguma razão meu coração dá um pequeno pulo, e eu me seguro para não soltar um suspiro. "Realmente Lilly, você está ficando louca", brigo mentalmente comigo, e deixo que Riley me abrace pela cintura e nos sentemos em uns sofás que foram colocados há pouco tempo no Salão Principal.

Conversamos sobre música, mostrando os calos nas pontas dos dedos causados por violão, ele ri dizendo que os meus são mais novos, eu mostro a língua para ele, e rio, jogando meus cabelos para trás, perto de Riley, é como se toda a dor que eu sinto dentro do meu peito fosse embora.

-Você fica bonita quando ri – ele sorri para mim, enquanto fala isso simplesmente, eu coro e não sei o que dizer, não estou acostumada a receber elogios, principalmente de Riley Malfoy.

-Obrigada por perceber – eu respondo um pouco fria e ele ri dando ombros, acho que ele acha que merece um tratamento um tanto desconfiado da minha parte. A verdade é que eu não quero lhe dar esse tratamento, por algum motivo besta, minha mente e meu coração mandam-me confiar em Riley, mas obviamente eu não posso fazer isso, não consigo confiar em alguém que também me fez passar a ser tudo isso, quem sabe através do tempo as coisas mudem...

E então ela aparece, rebolando e quase se esfregando em Scorpius, ela solta uma risada gélida que posso escutar daqui, passa os olhos pelo Salão e dá um sorriso maldoso quando me vê ali, e um sorriso ainda maior quando vê Riley, eu estou achando que tudo isso é um plano deles...

-Calma. – Ele sussurra para mim, abraçando-me e acolhendo-me em seus braços de uma forma protetora, por algum motivo o calor de Riley consegue me acalmar – Ela acha que sou deles ainda – ele respira fundo.

-Larga ela Riley, agora é comigo – Rose fala sorrindo macabramente, e é aí que Black e Lithium resolvem aparecer, sentando na minha frente e na de Riley, os dois rosnam para a minha prima que se encolhe e dá um passo para trás, mas permanece comigo – Riley, eu mandei a soltar.

-Eu não vou a soltar, vadia – a voz dele está fria, gélida, exatamente igual, e até pior do que a que ele costumava usar comigo, eu solto um suspiro e o empurro, ficando de pé. Ele não pode lutar uma guerra que é minha.

Se têm alguém que precisa mostrar para eles o que fizeram, que precisa mostrar como está e que não merece absolutamente nada disso, sou eu. Eu preciso ser forte e pedir ajuda. Eu preciso ser suficientemente corajosa para desafiar Rose, Albus, James, papai, mamãe, vovô, vovó, eu preciso ser forte o suficiente para mostrar a minha família nada perfeita o que eles fizeram comigo, tentando fingirem ser perfeitos.

-Você vai me trocar pela vadia? – Rose está com uma cara impagável, é um misto de ódio, raiva, surpresa e indignação.

-A única vadia que tem aqui é você Rose – eu falo lentamente como se falasse com uma criancinha – Porque que eu me lembre bem, não fui eu que saiu abrindo as pernas para metade de Hogwarts.

A Minha Amada PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora