Conversando com os Pais Iludidos

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Lilly Luna Potter narrando:

Sou recebida por um abraço apertado de James e outro de Teddy, ele passa a mão protetoramente em meu cabelo. Teddy é meu padrinho, e de alguma forma ele sabe. Respiro fundo, nunca falo com Teddy sobre essas coisas, primeiro porque ele é muito ligado a James e ao meu pai, e segundo porque nunca quis preocupa-lo. Agora James sabia, e mesmo assim não queria contar nada para Teddy. Apesar de ele ser o único que nos últimos anos falava comigo e não acreditava em nenhuma palavra de Rose.

-Vai ficar tudo bem, Lilly – ele sussurra e beija meus cabelos – Aliás, James me contou tudo... Por que nunca me disse nada? Eu posso falar com seu pai...

-Não ouse falar com meu pai, Teddy – eu falo com a voz baixinha – É isso que Rose quer. E nunca te contei porque... – estou pronta para explicar meus motivos quando ouço alguém me chamar.

-Lilly, largue seu padrinho e venha, seu pai e eu queremos conversar com você – Gina grita, e vem até mim, puxando-me pela orelha até dentro da casa, no escritório do meu pai. Minha orelha arde, e sei que meu rosto ainda está avermelhado por culpa dos tapas dela. Sou praticamente jogada em uma cadeira, e me ajeito como posso, tentando não tremer e organizar meus pensamentos.

Minha mãe vai até atrás da cadeira do meu pai e acende um cigarro, meu pai me encara com aqueles olhos verdes frios e de certa maneira raivosos e decepcionados. Quero fugir, todo o meu corpo pede para que eu fuja, mas eu não posso. Quero desviar o olhar, mas se eu fizer isso não vou parecer com medo, e sim culpada, então olho para meu pai, vestindo uma máscara de garota durona que sempre vestia em Hogwarts, e com os olhos frios e distantes encaro Harry Potter.

-Você é uma vergonha para nossa família – minha mãe começa, meu estômago revira, não comi grande coisa, mas sei que no momento que eu sair daqui, irei correndo para o meu quarto e vou vomitar tudo o que eu puder.

-Eu sei mãe – sussurro olhando para ela - Não precisa repetir.

-Precisa sim – ela responde – E não me chame de mãe, não sou sua mãe, não mais Lilly.

-Vamos com calma, querida – meu pai fala – Ela ainda pode voltar a ser nossa filha... Temos esperança no internato que Rose achou para nós.

-Não acredito que ela vá mudar, comprou até juízes naquele concurso de Hogwarts, mesmo sabendo que não poderá participar do resto do concurso, só fez isso para humilhar Rose, que é quem realmente tem talento. Ela até entrou no time de quadribol! – a voz da minha mãe me enoja e eu suspiro, por que eles não acreditam em mim?

-Albus te deixou entrar, mesmo sabendo que não sabe jogar? – meu pai fala com a voz tão distante, tão fria, tão...

-Só ganhamos da sonserina porque consegui acertar o balaço na vassoura do apanhador deles e dei tempo para Albus – respondo o encarando – Se acha que isso é não saber jogar, então sim, ele deixou.

-Ela está mentindo, querido. Rose me contou que viu você tomando um frasquinho de uma poção. Era a poção da sorte, não era? - respiro fundo, Rose planejava tudo mesmo, sinto uma vontade incontrolável de chorar. Eles são meus pais, porra, eles deveriam me defender e não ficar contra mim.

-Quer que eu prove que sei jogar? E que sei cantar também? – olho para os dois – Se acham que sou ruim nisso estão enganados, e se vão me tirar de Hogwarts só por isso deveriam...

-Cala a boca – meu pai fala – Não vou te tirar por essas coisas, são coisas banais, vou te tirar pelas suas notas, pelo tanto que é vadia. Rose me contou que está grávida, inclusive o exame sobre a paternidade que fez vários garotos comparecerem, não deu quem você queria, está pensando em abortar não é? Sua covarde – Harry fala com tanta raiva, ele levanta e vai até mim e me dá um tapa forte, fecho os olhos sentindo a ardência, e meu corpo treme. Rose exagerava em suas mentiras e eles acreditavam.

A Minha Amada PotterWhere stories live. Discover now