Na Última Cabine

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Lilly Luna Potter narrando:

Tudo se passou lentamente até agora, dormi, acordei, tomei café da manhã, coloquei uma roupa qualquer, terminei de arrumar as coisas, sentei no carro idiota de meu pai, e vim aqui, despedi-me rapidamente de meus pais e encontrei a última cabine vazia.

Agora estou sentada aqui lendo um livro, Lith está deitada no banco da frente e dorme como uma pedra. Eu já vesti meu uniforme, e até chegar em Hogwarts eu posso ficar tranqüila, isso se o idiota do meu irmão não me encontrar aqui e vier me incomodar, mas duvido que ele me acha, ele é monitor chefe agora, tem muito com o que se preocupar.

-Sabe, nunca me senti assim Riley – eu ouço uma voz melada de malícia que me faz sentir nojo, é uma das amigas vadias de Rose, e não preciso nem imaginar porque ela e Riley Malfoy estavam nos últimos vagões.

-Assim como? – a voz dele também está cheia de malícia, mas claramente, era só o desejo pelo corpo da garota que o levava até ali, ele era o tipo de garoto que não se apaixonava. E a garota com certeza estava se iludindo que ele poderia ser diferente.

-Apaixonada... – ela fala e eu consigo ouvir ele se afastando dela.

-Desculpe Annelize, mas não posso fazer isso com você – a voz dele agora era fria, e eu consegui sentir um arrepio passar por minha pele – Não me apaixono por garotas, principalmente por garotas como você, eu quero só sexo que isso fique bem claro, então se você deseja algo, além disso, desculpe, mas não vou querer você.

-Você é um frio, insensível, um idiota! – a garota fala com a voz cheia de magoa, e eu escuto ela dar um tapa na cara do Malfoy, e sair batendo pés.Eu reviro os olhos, e vejo a porta do meu vagão abrir.

-Ah, você está aqui, seu irmão te procurou por toda a parte – ele fala olhando com ódio para mim, eu reviro os olhos e finjo que não o ouvi – Sabe, eu sempre soube que você ficava sozinha em Hogwarts, mas sempre achei que ia com alguém para lá, mas esqueci que você é a esquisita Potter, ninguém te quer por perto, não é mesmo?

As palavras dele entram em meus ouvidos como lâminas que machucam minha alma, eu ainda busco entender por um milésimo de segundo o porque ele está fazendo isso, e se aquele dia que ele fora gentil não havia sido um sonho. Balanço a cabeça e esqueço de uma pequena e idiota parte de mim, que queria acreditar que um Malfoy poderia ser gentil.

-Não sei do que está falando Malfoy, eu não estou sozinha, estou simplesmente com minha pantera. Ela está dormindo eu acordada. E se é para ter amigos idiotas como você, ou para tentarem me usar como um objeto como você estava tentando usar uma garota agora pouco, prefiro ficar aqui – respondo sem desviar o olhar do livro que eu seguro, fingido na cara dura que não me importava e que aquelas palavras dele não me machucavam.

-Você é uma idiota, hipócrita! Quer dizer, você não é nada e fica aí se achando. É óbvio que você quer fazer parte do nosso grupo! Todo mundo quer, e você não é diferente, você acha que a gente não sabe? Quer dizer, você fica aí toda quietinha, na sua, tirando notas boas, fingindo não se importar com a aparência, mas a verdade é que é a mais desesperada para agradar...

A Minha Amada PotterOnde histórias criam vida. Descubra agora