Seu pai sente mais vergonha do que eu, ele deu o nome de sua avó para você, porque queria que fosse grandiosa como ela, mas envergonhou a sua família e o nome que leva com você.

Espero que esteja em detenção.

Atenciosamente,

Gina Potter.

Não respondi a carta, só fugi das aulas, roubei uma garrafa de vodka de Albus e bebi tudo, quebrei a garrafa e me cortei. E agora estou chorando, assustada, e com medo, muito medo.

-Lilly – ouço uma voz conhecida me chamar, estou em um estado entorpecido, não sei mais se é Scorpius ou Riley. Eu e Scorp só nos beijamos depois do treino e depois paramos com isso, eu estava ficando desconfortável e Riley não parecia gostar nenhum pouco, sem contar que para Scorpius eu era diversão, e Albus deve ter dito algo, continuávamos com uma boa relação. Se bem que eu não dei mais oportunidade para que ele me beijasse – Lilly – alguém abre a porta e me vê naquele estado, pelos cabelos morenos eu vejo que é Riley. Eu não respondo, continuo olhando para o teto e chorando feito uma idiota. Riley se ajoelha do meu lado e lê a carta, ele termina de ler e senta do meu lado, atônito.

-Não vai falar nada? – eu peço com a voz fraca, ele passa os braços em volta de mim e me abraça forte, e então sinto algumas lágrimas atingirem minha bochecha, olho para Riley e ele está chorando.

-Ela... Como ela pode fazer isso Lilly? Ela é sua mãe – eu o abraço forte – Você não pode ir para esse lugar... Você já está desistindo de tudo... Eu não vou deixar isso acontecer...

-Você não pode fazer nada Riley – eu sussurro e ele me abraça forte, chorando. Sei que ele chora por outras coisas, não só pela carta, pelas atrocidades que minha mãe dizia, ele chora pela sua própria dor, pelos seus arrependimentos e pelos seus próprios demônios.

-Eu vou fazer algo – ele sussurra, limpando suas lágrimas, e beijando minha testa – Sabe a festa de Halloween?

-Sei... O que tem ela? – peço para Riley, eu ainda estou chorando, e sei que ele ainda tem lágrimas nos olhos.

-A primeira fase do concurso vai ser lá, nós vamos tocar – ele sussurra para mim, e eu suspiro – Nós nem temos um nome ainda...

-E nem uma vocalista que toca guitarra mais – eu comento, e ele me abraça forte.

-Não fale assim, seus pais não podem te tirar tão fácil de Hogwarts, podem?

-Eles continuam sendo meus pais. Sou menor de idade, Riley – eu sussurro para ele, que acaricia os meus cabelos.

-Seus irmãos... – ele suspira ao lembrar da carta, e eu mordo o lábio, afastando-me do abraço e abraçando minhas pernas, meus pulsos ainda estão sujos de sangue, mordo o lábio.

-COMO ELES PODEM ACREDITAR NISSO? – eu berro e soluço, eu não quero sair de Hogwarts, eu não quero, eu estava tentando morrer porque não queria desistir de tudo aquilo, essa é a verdade. Eu não quero ir embora – EU SOU TÃO FODA ASSIM PARA ELES ACREDITAREM NESSAS MERDAS? – eu grito ainda mais alto e grito, grito alto.

-Lilly... – Riley sussurra para mim. Acho que pelo efeito da bebida eu levanto, e chuto uma porta de um dos banheiros e soco violentamente a parede, gritando, praguejando e chorando, machuco minha mão, nada grave, apenas arranho em um azulejo e ela sangra um pouco. Seguro minha mão e me encosto na parede, deixando meu corpo cair, e eu volto a soluçar alto e a berrar enquanto eu choro.

-Eu não aguento mais Riley... – eu soluço assim que os braços dele me seguram de voltam, ele espera meu ataque passar, e fica por horas ali, até eu cair no sono de tanto chorar.

Riley Black Malfoy narrando:

Lilly adormece chorando, eu ainda estou com vontade de chorar, como Gina conseguia dizer aquelas coisas para Lilly? Ela é uma mãe tão carinhosa, uma tia tão ótima... Nunca achei que a situação da minha Potter fosse tão péssima.

Ela está sangrando um pouco, então antes de tirá-la do banheiro, lavo seus pulsos e seu ferimento na mão, limpando o sangue, e os curando com magia, o suficiente para serem uma linha vermelha no pulso dela, e não cortes horrorosos.

Levo-a no colo para a Sala Precisa é o único lugar que eu conheço que ela vai pode descansar em paz. Levo a carta junto e a deixo em uma mesinha do lado da cama que aparece na sala precisa.

Vou atrás de Albus e Scorpius, explico a situação e voltamos para a sala precisa, Lilly ainda está dormindo, mas seu sono está leve, e sei que logo ela vai acordar, e eu não faço a menor ideia do que fazer para ajuda-la a ficar em Hogwarts.

A Minha Amada PotterTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang