Nada de Mais Além de Um Quase Beijo e Uma Surpresa

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-Scorp – eu sussurro e organizo meus pensamentos – Não é assim que tem que ser – prendo seus olhos claros aos meus castanhos e Scorpius parece entender.

-Tudo bem Lilly – ele dá outro sorriso de canto, e dessa vez me faz corar – Com todo respeito, mas você fica linda corada – eu consigo ficar ainda mais vermelha, e dou uma olhada para o chão e depois volto a olhar para ele.

-Obrigada – é a única coisa que consigo responder e ele sorri, aproximando seu rosto um pouco mais do meu, sinto meu coração acelerar um pouco, e sei que estou ainda mais corada.

-De nada – ele sussurra e assim que eu aproximo meu rosto do dele, sei que vamos nos beijar.

-Hey – escuto a voz de Albus descendo ás escadas do dormitório e eu e Scorpius nos separamos bruscamente. Porém Scorpius não larga a minha mão, e Albus para na nossa frente e levanta uma sobrancelha – O que vocês estão fazendo?

-Nada – eu e Scorpius falamos juntos, eu coro e ele dá um sorriso tranquilizador, porém seus olhos quase fuzilam Albus que dá um sorriso maroto.

-Eu acabei de interromper vocês, certo?

-Certo – Scorpius responde e eu coro, procurando um buraco para eu enfiar a cabeça. Albus ri.

-Riley não vai gostar nada disso, Scorpius – Albus responde, e parece que os dois ignoram que eu estou do lado deles. Eu acho que isso é típico de garotos.

-Ele não acredita no amor – ele responde e eu coro ainda mais – Você acredita, Lilly? – ele olha para mim, fitando-me com aqueles olhos claros incríveis, tento não me perder neles.

-Um pouco – respondo – Mas o meu pouco significa que é quase nada.

-Por que não? – é a vez de Albus perguntar – É por que você nunca ficou com alguém? – tento não revirar os olhos, eu era meio santa, mas não a esse ponto, fiquei com muitos garotos, muitos mesmo, todos nas férias e ninguém sabia quem eu era, mas isso é um pequeno detalhe. Eu só não conseguia acreditar que alguém podia amar realmente alguém, não depois de tantas coisas cruéis que eu ouvira e ouço todos os dias.

-Al, você não me conhece ainda, então antes de falar algo ligue o cérebro – eu respondo fazendo uma careta – Eu já fiquei com garotos. Só que depois de tudo o que eu vi por aí, e de tudo o que fizeram, não acredito que alguém possa amar, as pessoas são cruéis demais para amar.

-Riley pensa o mesmo – Scorpius comenta, e passa o braço em volta de mim, o que não me incomoda, ele me envolve em seus braços e eu reviro os olhos dando um sorrisinho – Mas acredite, há muito espaço para o amor, apesar de tudo.

-Se você me provar que o amor existe e que é maior que a crueldade do mundo, eu acreditarei nele, até lá continuarei com minhas dúvidas – respondo e vejo Al e Scorp trocando olhares. Não presto atenção na conversa silenciosa delas. Apenas saio dos braços do Scorpius e vou pegar minhas coisas no dormitório. Assim que desço os dois ainda estão lá me esperando.

-Vai aonde, Dona Moça? - meu irmão me pede, e eu dou um sorrisinho, preciso fazer minhas tarefas apesar de tudo.

-Biblioteca, é um lugar tranquilo e Rose não pode me incomodar lá – os dois trocam olhares com a minha resposta, mas assentem – E não, eu não preciso de companhia – respondo, saindo rapidamente do Salão Comunal, e sentindo uma leve brisa passar pelo corredor.

Vou caminhando calmamente, mas com a varinha sempre em punhos, em direção à biblioteca, não encontro nenhuma das vadias amigas da Rose, ou ela, nenhuma delas frequenta a biblioteca. Estou distraída quando sinto alguém segurando meu braço, eu começaria a tremer em outros tempos, mas estou cansada demais de provocações, então sem ver quem é, eu simplesmente giro o corpo e vou dar uma cotovelada na pessoa, e paro no último instante ao ver que era o Riley.

-Desculpa – eu sussurro para ele que me encara com um sorrisinho encantador. Sua expressão é suave, porém vejo algo de errado em seus olhos – O que aconteceu?

-Nada de mais – ele responde – Está indo fazer algum trabalho na biblioteca?

-O que aconteceu Riley? – ignoro a tentativa falha dele de mudar de assunto, e o encaro, ele morde o lábio e percebo o quanto sua expressão está preocupada.

-É... É... – ele suspira e vejo o quão pálido ele está, fico assustada, nunca vi Riley parecendo tão aterrorizado quanto parecia agora, ele estava em estado de choque –A France tá grávida, e o filho provavelmente é meu.

A Minha Amada PotterWhere stories live. Discover now