Chapter, 16

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Kara Danvers Point Of View

Dois anos depois.

Foram dois anos de mudanças nas nossas vidas, começando que nos formamos na faculdade finalmente, nos mudamos para uma casa maior que fica mais próxima do meu trabalho e também do bairro em que os pais da Lena moram, sem contar o enorme jardim que pude construir aqui, uma coisa que eu queria muito, mais não podia obter, já que morávamos num apartamento.

Lena está ganhando cada vez mais reconhecimento na sua área, está conseguindo contratos para fotografar para empresas grandes do nosso país, até já cobriu eventos importantes e foi muito bem remunerada por isso. As suas belas fotografias não são mais apenas admiradas e elogiadas por mim, por nossos amigos e família, centenas de pessoas já reconheceram e prestigiaram o trabalho dela e eu só consigo me sentir cada dia mais orgulhosa da minha esposa.

Atualmente estou trabalhando numa grande empresa de entretenimento, sendo coreógrafa de alguns artistas, é realmente gratificante ligar a televisão e ver um grupo famoso executando algo que você criou. Estou finalmente dando o orgulho que sempre quis proporcionar a minha mãe, mesmo não sendo na profissão que ela desejava para mim, foi bom escutar as palavras: você está fazendo um ótimo trabalho.

Agora chegamos num ponto em que começamos a pensar no futuro, estamos casadas, a nossa relação vai cada dia melhor, não me surpreende quando os nossos amigos nos dizem que parecemos duas adolescentes no começo de um namoro. Vamos indo muito bem profissionalmente, temos uma moradia espaçosa até demais, claro que a primeira coisa que eu perguntei a Lena foi sobre filhos, e em menos de dois minutos de conversa já estávamos abrindo sites para saber mais sobre adoção.

Hoje, seis meses depois da nossa inscrição no orfanato da cidade como candidatas a adoção, depois de algumas entrevistas conosco, vistorias na nossa residência, uma longa pesquisa da assistência social sobre as nossas vidas, uma demorada análise nas nossas documentações e algumas consultas com a equipe de serviço social e psicologia. Finalmente recebemos a confirmação de que estamos aptas para adotar uma criança.

O meu Deu! Vamos ser mães!

Nessa manhã seguimos até o orfanato, se tudo dê certo, já voltaremos para casa com o nosso filho ou filha, estou tão ansiosa que senti algumas tonturas e enjoos pelo caminho devido ao nervosismo, até pedi para Lena ir dirigindo, mesmo que ela não tivesse muita segurança nisso ainda, pois, ficou mais ou menos um ano depois que se curou da amnésia sem conseguir guiar um carro. O trauma do acidente continuou por um tempo, mas sua psicóloga a ajudou bastante nisso.

Sim, por incrível que pareça, a Alex se formou em psicologia um ano antes de mim e da Lena nos formarmos, foi até estranho vê-la tão séria e sem sarcasmo ou piadinhas enquanto conversava sobre os problemas com Lena. Pela personalidade da Alex, eu pensava que ela chegaria a falar algo como "para de frescura e dirige logo esse carro", mas enganei-me, ela foi bastante profissional e calma, foi interessante presenciar a sua postura durante o trabalho.

— Você está se sentindo melhor? — Lena perguntou a mim, que estava encostada contra o vidro da janela do carro, com a mão sobre o estômago.

— Um pouco, nervosismo nunca me deixou enjoada antes, acho que foi pela pressa que tomei o café da manhã. — respondi massageando sobre o abdômen que estava um pouco dolorido.

— Ou, na verdade, bem agora que vamos poder adotar uma criança, você engravidou. — ela disse eu olhei-a incrédula. — Poxa! Kara, você podia ter engravidado antes de darmos entrada no processo de adoção né?

You're My SunshineOnde as histórias ganham vida. Descobre agora