Capítulo 29 - Sou completamente apaixonada por você

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Eu gosto de pensar que essa noite, em algum lugar do mundo, alguém está se sentindo como eu me sinto agora. Você acredita em destino? Acredita que sua vida está toda traçada e que as atitudes que você tem hoje, de alguma forma, já estavam programadas para acontecer? Tudo para te trazer exatamente ao lugar em que você está hoje? Porque eu não acredito... Eu prefiro pensar que as coisas acontecem da forma como tem de acontecer, sem que o destino, sorte, acaso ou fado tivessem algo a ver com isso. Ou pelo menos era isso que eu costumava ter como crença, até Ana aparecer em minha vida. De alguma forma, é como se o destino estivesse tendo um árduo trabalho em nos juntar. Parece que não importa para onde corramos, sempre vamos acabar no mesmo lugar, juntas.

O dia que se conhecemos no parque ainda está fresco na minha memória e no meu coração. Como isso é possível? Aliás, como é possível alguém acelerar seu coração ao menor ato?

Lucas costuma me dizer que quando via eu e Ana juntas, ele era capaz de
enxergar o amor. Não apenas sentir, mas enxergar. "Vitória, você sabe como é conseguir enxergar uma coisa que é abstrata? Porque eu descobri que conseguia ver o amor quando olhei para você e Ana..." E eu acho que conscientemente, eu nunca entendi o que Lucas quis dizer com essa frase. Afinal, existem vários tipos de amor, várias intensidades e cada um apenas o demonstra de uma forma. Não era justo dizer que eu e Ana éramos a personificação do amor quando um monte de gente também o sentia e o manifestava de diferentes jeitos. Eu não entendia até olhar para Ana e Angel. Quando botei meus olhos nelas, eu enxerguei o amor. Eu me sentia feliz, aquecida e eu tinha fé. Eu não sabia fé em que, mas eu sabia que acreditava em algo muito maior do que eu e essa sensação era reconfortante. Era assim que Lucas se sentia então? Porque se fosse, eu desejaria que todas as pessoas além de sentir, pudessem enxergar o amor. Então, por essa noite, eu realmente espero que em algum lugar, alguém se sinta como eu me sinto... Como se a chama de sua existência tivesse sido acesa, ou reacesa, e queimasse tão forte na sua alma que você fosse capaz de encontrar sentido e felicidade nas mínimas coisas da vida. E o mais importante de tudo, que essa chama não se apague e que você nunca mais se perca...

Flashback da manhã

Sabe, Ninha – Vitória disse passando o nariz pelo pescoço de Ana - No dia do parque em uma brincadeira de Bia com balões, eu coloquei meus sentimentos em um balão, soltei a cordinha e ele voou. Voou para muito alto, muito além das nuvens. Eu disse, retorne apenas se você trouxer o céu com você. E bem, ele voltou...

— Ele te trouxe o céu? – perguntou de olhos fechados, aproveitando o
carinho que Vitória fazia em seu pescoço.

— Melhor, ele me trouxe o universo, Ninha – Vitória agora deixava uma trilha de beijos molhados no pescoço de Ana . – Tem essa garota, e ela é absurdamente linda. Quando eu olho para ela, eu não sei o que esperar. Com ela é sempre algo novo, entende? Eu amo essa sensação e é assim que eu quero viver, como se eu estivesse perdida em alguém que eu amo e todo momento que eu passar ao lado dela, é como se eu estivesse esperando por algo inspirador para acontecer. - As mãos de Vitória estavam firmes na cintura de Ana, enquanto as mãos de Ana estavam entrelaçadas no pescoço de Vitória. A garota mais nova agora subia seus beijos e deixava mordiscadas no queixo de Vitória. — Ela tem os olhos castanhos mais bonitos que eu já vi na minha vida. Depois dela, castanho virou minha cor preferida, mas eu nunca consigo encontrar o castanho dela em lugar nenhum. Por isso, eu tenho o péssimo costume de ficar encarando ela por horas e horas, só para me perder cada vez mais nos seus olhos. – Vitória beijou os olhos de Ana, encostou sua testa na de Vitória e as duas roçaram seus narizes, num carinho leve e gostoso. — Seus olhos já viram tantos lugares e seu coração já sentiu tanta coisa, e não importa o que o destino coloca na frente dela, ela vai sorrir para os sentimentos mais sombrios e encontrar significados em tudo que é brilhantemente colorido. – As lágrimas rolavam devagar pelo rosto de Ana, e Vitória não demorou a levar o polegar até as bochechas da garota e pegar todas as gotas que teimavam em cair.

— Vi, eu... Eu não sei nem o que dizer. – Ana falou dando vários selinhos em Vitória. – É a coisa mais perfeita que eu já ouvi alguém me dizer. Você é exatamente o que preciso. Alguém que me faça esquecer de onde eu vim e alguém que me faça amar sem medo de cair. O amor em você, é o amor em mim. – Ana alternava entre roçar seu nariz com o de Vitória e depositar selinhos na boca dela.

– Eu acho que nós encontramos onde os sonhos nascem. É bem aqui – Disse pousando sua mão no peito esquerdo de Ana – E junto dos sonhos, nasce o amor. E o nosso amor. Eu não tenho medo de me afogar, porque eu sei que aqui é onde eu respiro. Suas águas profundas são o único lugar que eu não sinto medo quando nado. Se eu tivesse vivido um milhão de vidas, eu teria me apaixonado um milhão de vezes por você. Ninha!

- Você está apaixonada por mim Vi ? - Ana sorrir toda boba.

- Sim Ninha. Eu estou completamente apaixonada por você

- Eu quero dizer que também estou completamente apaixonada por você Vitória Falcão.

Fim do Flashback

Ana Clara

Combinamos de ir devagar. É um recomeço, certo? E nos não termos pressa nenhuma. Eu também lhe disse que prefiro não contar nada para Angel agora. Eu sei que ultimamente ela vem passando muito tempo com Vitória e que agora, é provável que nós três passaremos mais tempo ainda juntas. Justamente por isso, prefiro preservá-las. Vitória aceitou numa boa e disse que contar sobre nosso "relacionamento" quando for a hora certa e eu me sentir confortável.

Passei os outros dois dias em Paris praticamente morando em salas de reuniões de empresas filiada ao "Os Caetanos's. Era o começo de dezembro e com a proximidade do natal sairia vários modelos e linhas novas, a equipe dos "Os Caetanos's" queria fazer algo grande para aproveitar a época do ano em que as pessoas mais gastam dinheiro. A ideia era lançar uma linha própria que carregasse o sobrenome da empresa. Arriscado? Certo? Para mim, deveríamos deixar isso para o próximo ano e amadurecer a ideia, mas a equipe bateu o pé e disse que seria algo épico e histórico, que daria certo e que eu ficaria espantada com o resultado final. O que me preocupava era o curto espaço de tempo, mas eles me mostraram folhas e folhas de pesquisas feitas nos últimos seis meses, indicando que a ideia era antiga e que tinham trabalhado com cuidado. Por fim, eles me convenceram e deram continuidade no projeto.

Tinha saído da última reunião que exigia minha presença em Paris e agora eu não via a hora de voltar para o Hotel onde Vitória me esperava, eu não via a hora de voltar para São Paulo e matar a saudade da minha princesa.

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ME DIGA O QUE ACHARAM DO CAPITULO POR FAVORZINHO. EU ESPERO QUE VOCÊS TENHA GOSTADO :)

EU LI O COMENTÁRIO DE CADA UM DE VOCÊS NO CAPITULO ANTERIOR, QUE VOCÊS SINTA MEU ABRAÇO BEM FORTE BEM DAI, OBRIGADAAAA POR SEREM INCRÍVEIS DENGOS. OBRIGADA POR TUDO!

ATÉ O PRÓXIMOS.

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