Capítulo 22 - Paris 1

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Vitória

Duas palavras que resumiam meu estado nesse momento: nervosa e ansiosa. Desde quando soube que iria para Paris eu pensava em como seria passar uma semana inteirinha com Ana, ainda mais agora que eu poderia beijar ela quando quisesse, afinal, estamos "deixando rolar" não é mesmo? Mas, o fato de ficar no mesmo quarto que ela me deixava ansiosa, eu queria beija-la a todo o momento estando longe dela, imagina estando no mesmo e quarto e dividindo a mesma cama?

Entramos no elevador e o clima estava meio estranho, eu olhava tudo curiosa, o elevador era todo dourado de uma forma que eu me sentia dentro de uma caixa feita de ouro, era todo espelhado e eu pude perceber que meus cabelos não estavam lá muito arrumados, além de minhas roupas estarem um pouco amassadas.

- Sabe... podemos tentar ir em outro hotel se você não se sentir a vontade em dividir o quarto comigo... - Ouvi Ana dizer, ela olhava para o chão do elevador e balançava o corpo para frente e para trás.

- Não é preciso, acho que posso aturar a "The monia" por uma semana... - Comentei tentando quebrar o clima um pouco constrangedor que estavam, e funcionou, Ana deu risada e levantou a cabeça me olhando.

- Hahaha muito engraçado! - Revirou os olhos castanhos e eu sorri revirando os olhos imitando ela. - Para com isso!

- Para com isso! - Imitei e ela semicerrou os olhos para mim, fiz o mesmo.

- Vitória é serio! - Cruzou os braços em baixo do peito.

- Vitória é serio! - Também cruzei os braços. Ela bufou e começou a bater os pés impaciente esperando a porta do elevador abrir para chegarmos em nosso quarto, também comecei a bater o pé.

- Você realmente vai ficar me imitando? - Falou demonstrando irritação.

- Você realmente vai ficar me imitando? - Repeti e ela bufou alto.

- Finalmente! - Disse assim que o elevador se abriu e saiu andando pelo corredor que era bem pequeno, haviam apenas duas portas ali que eu julguei ser as duas suítes do hotel.

- Finalmente! - Repeti começando a seguir ela, mesmo ela estando de costas eu sabia que ela havia revirado os olhos.

Ela me ignorou e caminhou até a segunda porta do corredor, colocou a chave que me lembrava aquelas chaves medievais e girou abrindo a porta em seguida. Entrou no quarto e eu a acompanhei parando um momento para admirar o grande e luxuoso quarto a minha frente. O quarto era todo decorado de branco e dourado, tinha um grande sofá que dava para frente de uma televisão gigante, a cama uma grande king size branca com a cabeceira dourada estava um pouco mais a frente, havia uma cortina fininha caída rodeando a cama o que deixava um ar romântico ali, eu podia ver que também tinha uma porta inteiramente de vidro que eu jugava dar para uma sacada, mas eu não podia ver a visão já que a cortina em frente a porta tampava.

- É lindo... - Ana disse fechando a porta e eu sai do meu transe para olha-la.

- É lindo... - Repeti sem esquecer a brincadeira de irrita-la.

- Mas que inferno Vitória, parece uma criança! - Disse estressada e eu segurei o riso ao ver suas bochechas ficando levemente vermelhas. Ela saiu andando em direção ao sofá e se sentou nele tirando as sandálias que usava. Uma ideia passou pela minha cabeça e eu sorri começando a caminhar em direção a Ana, parei em sua frente a olhando atentamente, ela acabou de tirar as sandálias e encostou-se ao sofá respirando profundamente pelo cansaço da viajem. - O que? - Perguntou confusa a me ver em pé na sua frente, sorri cinicamente, dei um passo para frente e ela arqueou a sobrancelha.

- Então eu pareço uma criança não é senhorita Caetano? - Subi no sofá de joelhos, sentei-me de frente para ela em suas coxas e abri um sorriso de lado, ela me olhava surpresa, levou suas mãos até minha cintura e apertou levemente me fazendo sentar-me um pouco mais para cima. Meu corpo esquentou ao senti-la tão próxima de mim, eu havia sentido falta dela nessa semana. Segurei em seus ombros e levei meu rosto até seu pescoço, ela tombou a cabeça um pouco para o lado deixando a pele tão branca exposta para mim, esfreguei levemente meu nariz em seu pescoço e sorri vendo sua pele se arrepiar ao meu toque, inspirei profundamente sentindo seu cheiro tão embriagante me deixando atordoada, molhei meus lábios com minha língua e os levei até a pele exposta, depositei leves beijos ali e suguei sua pele com meus lábios a ouvindo suspirar e apertar minha cintura com força.

A cura para o amorTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon