Capítulo 30 - Balões

2.2K 178 107
                                    

Angel

Eu convenci a Tia Mari a fazer a festa das meninas, chamada como Festa do Pijama. Eu estava bastante animada, mas na verdade eu só estava com um plano de fazer uma festa de boas vinda pra mamãe e tia vitória e minhas amigas iria me ajudar nisso.

Preciso acordar a Duda e Bia para fazer a festinha de boas vinda da mamãe e tia Vitória. As duas ainda estão dormindo feito pedras do meu lado, mas nada que um chacoalhão dado com muito carinho não resolva.

— Duuh! Bia! Acorda! – Chacoalhei e chamei minhas amigas baixinho para Tia Mari não acordar.

Bia foi a primeira a acordar, agora era a vez de Duda que sempre acordava de mal humor como a tia Bárbara. Depois de alguns empurrõezinhos e de chamarmos baixo o seu nome, minha amiga finalmente acordou. Eu e Bia tomamos uma distância segura da cama, enquanto ela se levantava.

— O motivo para vocês terem me acordado precisa ser muito, muito bom. – Disse esfregando os olhos.

— É um bom motivo, Duuh, prometo. Precisamos fazer uma festa de boas vinda pra mamãe e tia vitória. – Angel
disse voltando a se aproximar e abraçando Duda pelo pescoço. Uma das técnicas para diminuir o seu mau humor era sermos carinhosas. – Bom dia!

— Ainda estou morrendo de sono... – Duda esperou uns minutos até estar mais desperta. – As minha mães não voltou desde ontem à noite?

— Não. – Bia respondeu cabisbaixa e Angel veio me abraçar.

— Vocês já procuraram pela casa da Tia Ana?

— Nós acabamos de acordar Duuh, não sabemos de nada que esteja fora desse
quarto. – Bia falou e Duda, ainda abraçada em mim, pareceu pensar.

— Então acho que nós podemos dar uma olhadinha, às vezes elas voltaram um pouco tarde e as mamães achou melhor dormir aqui.

Assentimos e saímos do quarto na pontinha do pé para não acordar a Tia Mari. Duda resmungou que precisava escovar os dentes porque não queria ficar banguela e por causa disso, nós
entramos no banheiro que ficava no andar de baixo para procurar por escovas. Abrimos todas as portas do armário do banheiro para procurar. Por sorte, tinha seis pacotes de escovas fechadas. O nosso único problema é que não conseguíamos alcançar a pia.

— Nós podemos fazer pezinho, que tal? Um de cada vez sobe, aí nós sentamos na pia para escovar os dentes. – Bia deu a ideia e como não tinha outra saída, acabamos por fazer o que ela sugeriu. Ela subiu primeiro, depois eu e depois Duda. Quando íamos guardar as escovas na gaveta, Duda achou um monte de pacotinhos guardados.

— O que é isso? – Perguntou e eu Bia a olhávamos igualmente curiosas para ela.

— Aqui ta escrito, "Sensação de usar nada". Ainda não tira nossa dúvida, vamos abrir então. – Duda disse dando de ombros e rasgando o pacote. Eu e Bia fizemos a mesma coisa e pegamos um pacote para abrir.

— Oh, parece um balão de festas! Por que Tia Mari guarda balões de festas na gaveta do banheiro? – Duda perguntou enquanto soprava para encher o balão.

— Às vezes ela não sabe que essas coisas se guardam na despensa. – Bia
respondeu enquanto tomava fôlego para encher seu balão também. Comecei a fazer o mesmo que minhas amigas.

— Nossa, que feioso! Tia Mari não tem bom gosto para comprar balão. Olha isso, parece uma bola de futebol gigante e achatada.

— Angel, cada um gosta das coisas de um jeito. não é todo mundo que tem bom gosto...

— Pelo menos esse balão é resistente... Olha o tanto que já enchi sem que ele
estourasse. – Falei para minhas amiga e elas concordaram. Era feio? Era, mas pelo menos era um tanto elástico.

— Tenho uma ideia! – Bia disse animada. – E se fizéssemos um café da manhã surpresa para tia Ana e a Vi? podemos encher a mesa de frutas e suco e biscoito— Bia deu a idéia e as outras a olharam confusa.

— Mas nós nem sabemos que horas elas chega... Vamos fazer como? – Duda disse.

— Duuh, nós estamos aqui, certo? Isso significa que mais cedo ou mais tarde, Tia Ana e a Vi irá chegar, ai nós surpreendemos as duas.

— Então vamos lá! — As três comemoraram.

— Espera! – Duda gritou. – Vamos encher esses balões e espalhar pela cozinha? aposto que elas vão adorar.

— Eu nem acredito que estamos perto de encher minha mãe e tia Vi de orgulho. – Angel falou animada enquanto terminava de encher os balões.

Assim que todos estavam cheios e amarrados, levamos para a cozinha. Pelo menos eles eram coloridos, ajudava a disfarçar a feiura. Espalhamos os balões pela cozinha e começamos a arrumar mesa com o café da manhã. Pegamos suco, leite rosa, cereais e fruta na geladeira.

— Podemos escrever "Amamos vocês" na parede da sala... E como não temos flores, podemos pintar flores no chão. Mamãe adora flores e Tia Vi parece que adora tudo que a mamãe gosta acho, então ela deve gostar de flores também. – Angel falou apontando para os lugares enquanto falava.

— A Vi gosta de flores sim — Bia confirmou.

***

Ana

A noite de ontem foi surreal! Nem dá para acreditar que eu e Vitória passamos uma noite juntas. Estamos recomeçando nossas vidas e eu sou a pessoa mais feliz do mundo por isso.

Assim que pegamos uma longe viagem finalmente chegamos em São Paulo, era cedo e provavelmente Angel ainda estaria dormindo.

Assim que sair do taxi com Vitória, eu achei um pouco tudo diferente, as luzes da sala estava aberta. Quem estaria acordado essa hora da manhã. E quando abrir a porta vi os gritinhos da minha filha

- MAMÃE, MAMAÊ - Vi Angel descendo as escadas com pressa, e me abraçando fortemente - QUE SAUDADE

- Eu também estava com saudade meu anjinho - Distribuir beijos por todo o seu rosto que sorria.

- TIA VITÓRIAAAA - Angel descendo do meu braços depressa abraçando Vitória que logo foi preenchido também por um abraço de Bia dizendo que estava morrendo de saudade da irmã.

— Mãe, nós fizemos café da manhã surpresa para vocês! – Angel disse e era quase possível ver corações nos olhos de Vitória. Elas fizeram o que?

— Jura? Que lindas, princesa! A Mari ajudou vocês?

— Não

— E muito bonito da parte de vocês, anjinhas! – as três sorriram. – Só uma coisa, onde está a Mari?

— Lá em cima dormindo igual pedra - Duda respondeu.

Ana conversaria com Mari sobre isso depois.

Ana se agachou para abraçar as três, disse um milhão de vezes que os amava e que esse tinha sido um dos gestos mais bonitas que elas já tiveram.

As três disseram que podíamos continuar e, quando entramos na cozinha, eu não sei quem estava mais chocada. Além de terem organizado o café da manhã, elas pintaram a cozinha inteira.

Eu acho que qualquer outra pessoa ficaria muito brava, mas eu só conseguia olhar para o rostinho das três e rir feito idiota. Eu sei o quão divertido é a pintura para elas e como às vezes significa mais do que apenas passar o tempo. Olhei para Vitória que estava boquiaberta em um olhar fixo na cozinha e olhos arregalados, Continuei a vaguear o meu olhar pela cozinha e... quando cheguei onde Vitória não tirava os olhos....

— Meu Deus, aquilo são as camisinha da Mari - EU VOU MATAR A MARIANA - Pensei, e as três me olharam confusas e Vitória soltando altas gargalhadas.

A cura para o amorOnde as histórias ganham vida. Descobre agora