Capítulo 14 - Completamente louca por ela

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Ana Clara

Desliguei o pequeno chuveiro do banheiro do hospital e me enrolei na toalha branca que Bárbara e Flávia havia trago, a água não esquentava tanto quando eu gostava, mas até que estava gostosa. Coloquei a roupa que estava dentro da sacola que consistia em uma calça jeans clara e um moletom grande que eu nem me lembrava e acho que é de Rafael e me lembrei de esganar Bárbara depois pois a mesma não colocou nenhum sutiã dentro da sacola e ainda escreveu em um post-it "Deixa esses peitões livres baby". Não basta ter feito àquela brincadeirinha de "Caetano-Falcão... Até que ficou bonito nossos nomes juntos, pensei e me peguei sorrindo para o nada dentro do banheiro, balancei a cabeça organizando minhas roupas sujas dentro da sacola junto com a toalha e abri a porta saindo do banheiro e me deparando com uma cena um tanto inusitada e fofa.

Vitória estava sentada em cima da cama do hospital com "perninha de índio" e Angel estava sentada no meio das suas pernas e de frente para ela, suas gargalhadas preenchiam o silencio do quarto e eu não pude deixar de sorrir grande com aquela cena, ver minha pequena feliz e rindo depois de todo aquele sufoco era a melhor sensação que uma mãe poderia ter. Fiz um barulho com a garganta chamando a atenção das duas que me olharam assustadas e surpresas.

— Eu estou com ciúmes... — Disse sincera e cruzei os braços em baixo do peito e fiz um biquinho.

— MAMÃE! — Angel exclamou animada e ficou de pé em cima da cama abrindo os bracinhos para mim, Vitória segurou a cintura da pequena para a mesma não cair. Não resisti e fui andando apressadamente até a cama e abracei minha filha, ela me abraçou igual a um bebe coala como sempre fazia, pulando em meu colo e rodeando minha cintura com as perninhas gordas. A abracei apertado sentindo um alivio enorme em ter minha filha em meus braços, cheirei seus cabelinhos e o cheirinho de bebe me fez sorrir. — Disculpa mamãe... — A ouvi dizer com o rostinho escondido em meu pescoço e sorri a apertando mais.

— Esta desculpada mocinha, mas nunca mais faça isso, eu fiquei com tanto medo de te perder! — Funguei para não chorar, a ideia de perder Angel me atormentava, eu não poderia viver sem ela.

— Não vou mais fazer isso, mamãe Cacá! — Ela falou gargalhando e Vitória a acompanhou, franzi o cenho ouvindo o novo apelido já que Angel nunca me chamou assim. Soltei-a colocando ela sentada em cima da cama e a mesma se jogou para trás gargalhando com as mãozinhas em cima da barriga. Fiquei olhando dela para Vitória que tentava inutilmente não rir e semicerrei os olhos para elas, as duas estavam aprontando alguma coisa.

— Mamãe Cacá? — Repeti e elas riram mais ainda, a pequena já estava ficando vermelha de tanto rir e Vitória também, enquanto eu estava com cara de tacho sem entender nada. — O que vocês estão aprontando?

— A angel estava me ajudando a achar um apelido legal para você... — Vitória começou a falar ofegante por causa das risadas. — Ai a enfermeira entrou para ver se estava tudo bem e a Angel aproveitou e pediu uma sugestão de um bom apelido e ela disse "Mamãe Cacá", só que parece nome de cachorro... — Vitória falou voltando a rir e Angel começou a tossir de tanto que estava rindo. Não aguentei e ri junto com elas.

— Sabe o que eu acho Angel? — Me sentei em cima dos meus pés no espaço que tinha na cama e puxei a pequena para o meu colo, a mesma me olhou curiosa.

— O que?

— Eu acho que a Vi merece um ataque... — Angel sorriu sapeca para mim e esfregou as mãozinhas fazendo uma carinha maléfica, não negava que era minha filha.

— O que é um "ataque"? — Vitória perguntou receosa e se afastando um pouco de nós que olhávamos para ela com um sorriso sapeca no rosto.

— ATAQUE DE COCEGAS! — Angel gritou indo para cima de Vitória e eu fui junto. Atacamos ela que gargalhava gostosamente e se contorcia na cama tentando fugir de nossas mãos. É claro que ela rapidamente conseguiu fugir das nossas mãos e logo que estava sendo a vitima do ataque de cocegas era eu, eu me contorcia rindo e pedia para elas pararem enquanto tentava inutilmente sair de baixo das mãos de Vitória e de Angel.

A cura para o amorWhere stories live. Discover now