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Primeiro dia

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Primeiro dia

Acordei com um estrondo e, ainda desnorteada pelo sono, me levantei, correndo em direção às barras da cela. Com as mãos ao redor do ferro, que estava pegajoso, tentei me aproximar o máximo possível, mas sem de fato encostar o rosto ali, para que pudesse ver quem estava chegando.

Um homem imundo, com a pele marrom de tanta lama, foi jogado na cela em frente à minha. Seu corpo bateu no chão com tanta força que o estrondo foi maior do que o anterior, ele gemeu de dor e agarrou o braço direito, que foi exatamente o membro que sofreu o impacto primeiro.

Meu coração, embora doesse por vê-lo naquela situação, se acalmou por não ser nenhum de meus amigos.

O guarda trancou a cela e se retirou, sem olhar para mim, sem se certificar de que o cara estava bem. Apenas saiu assobiando, e isso me trouxe uma nostalgia de quando eu podia ouvir, mesmo que me irritasse, Hawk fazendo o mesmo.

- Ei! Você está bem? - perguntei, sabendo que ninguém que estivesse naquela posição poderia estar, de fato, bem.

- Vai se foder! - ele respondeu, a voz embolada pela bebida.

Suspirei, percebendo que, se ele tinha a capacidade de responder torto, era porque não estava tão mal assim, embora ainda gemesse toda vez que precisava mexer o braço direito.

Me afastei das barras, sentindo minhas mãos colarem. Com medo, olhei-as e vi uma substância escura e pegajosa. O arrependimento latejando em meu peito enquanto eu as esfregava na barra do vestido.

Olhei para a minúscula janela, vendo como o céu estava maravilhoso, quase sem nenhuma nuvem e em um tom clarinho de azul.

Sentei, voltando a suspirar.

Sentei, voltando a suspirar

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Segundo dia

- Ei! Apareçam, seus filhos da puta! Ei!

Cobri o rosto com a mão, grunhindo contra a minha pele. Eu não aguentava mais os gritos daquele homem, a voz esganiçada machucava meus tímpanos.

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