Livro interativo, você faz escolhas pela personagem.
Primeiro livro da série Escolhas.
Conteúdo adulto.
Cassandra sabia do enorme peso que era carregar o sobrenome Red. Já que, por causa dele, ela havia sido forçada a viver reclusa por muitos anos...
Ops! Esta imagem não segue as nossas directrizes de conteúdo. Para continuares a publicar, por favor, remova-a ou carrega uma imagem diferente.
Dois meses depois
Apesar de Hawk já ter sido nomeado, a coroação deveria ser feita após um período de luto, onde o reino deveria prestar suas homenagens ao antigo rei. Não concordava com esse tempo porque, desde o início, Alfred Nighy não deveria ter assumido o trono, mas era uma lei de Red Fortress.
Aproveitei esse tempo para aprender mais sobre a família real, mas, principalmente, sobre meu pai. Eu não tinha pretensão alguma de permanecer no reino, porém, enquanto eu fugia de Fedore e Berryan, eu procurava conhecer mais o local.
Permaneci com minha tradição de somente usar roupas vermelhas e, nesse momento, enquanto esperava a hora da coroação, não estava diferente. O vestido era vermelho sangue, e eu não pude evitar de lembrar da primeira vez que falei com o povo; eu tinha arrepios com a quantidade de sangue quente que estava em meu corpo naquele dia.
- Cassie, 'tá na hora - Hawk anunciou.
Ele estava nervoso, é claro, parecia ainda não acreditar em como sua vida tinha dado um giro tão grande, e eu compartilhava de seu sentimento. Por vezes, enquanto me olhava no espelho, busquei a antiga Cassandra e, embora eu ainda parecesse com ela, eu sabia que ela já não existia.
O homem secou a palma da mão em sua calça preta, e eu a segurei.
- Vai dar tudo certo, Hawk, não há melhor pessoa para governar esse reino - garanti, sorrindo para ele.
- Você precisa mesmo ir embora? Não pode ficar aqui comigo? - perguntou. - Não precisa nem ser no castelo, mas...
- Já conversamos sobre isso, Ivey - briguei, suspirando. - E, nesse momento, você deve focar em você e na sua coroação.
- Não sei se posso fazer isso sozinho, Cassie.
Acariciei sua bochecha com minha mão esquerda, vendo a pedra de rubi brilhando em meu dedo.
- Não estará sozinho, Hawk - murmurei. - Você é como um irmão para mim, e, mesmo que eu esteja longe, continuará sempre podendo contar comigo.
Ele agarrou meu pulso e plantou um beijo em minha palma, mas não disse mais nada, ele sabia que nada havia mudado. Minha decisão ainda era a mesma. Ivey, respirando fundo, se direcionou à porta. Passei a mão em meu vestido, como se estivesse desamassando sua saia, e saí do quarto, o seguindo.
No meio do caminho, nos separamos. A cerimônia aconteceria na sala do trono, mas Hawk deveria entrar pela porta lateral, não a principal.
O lugar estava cheio, e se eu dissesse que conhecia metade daquele povo, estaria mentindo. Mulheres nobres usavam vestidos e joias espalhafatosas, buscando mostrar toda a riqueza de seu reino ou de seus maridos; os homens nem disfarçavam o quanto estavam aliviados em não serem obrigados a ouvir suas reclamações e julgamentos, já que elas estavam o fazendo entre elas.
