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Meus pés descalços tocavam a terra gelada, me causando leves arrepios

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Meus pés descalços tocavam a terra gelada, me causando leves arrepios. O dia estava nublado e, como sempre, isso foi o suficiente para que esfriasse, me levando a colocar o grosso casaco vermelho por cima de meu vestido, também da mesma cor.

Caminhei até a maior árvore da mata, pelo menos a maior que já vi, e me sentei no chão, as costas coladas no tronco. Fechei meus olhos, querendo aguçar meus outros sentidos. Capturando a sensação das folhas caídas e da terra em minhas mãos, o cheiro gostoso e tão familiar da floresta, o som do farfalhar das folhas e dos pássaros cantando suas lindas melodias.

O leve vento fazia com que meus cabelos voassem para todos os lados, os fios negros fazendo cócegas em meu rosto.

Eu estava em paz.

Pela primeira vez desde que perdi a única pessoa que eu tinha.

Abri meus olhos e olhei para o anel de rubi em meu dedo, anel que pertenceu à minha mãe, um presente de meu pai, e suspirei.

Ouvi o barulho de um galho quebrando e, automaticamente, fiquei em estado de alerta, mas senti meu corpo relaxar mais uma vez quando vi que era apenas um coelho. Ri sozinha.

E então me vi gargalhando.

Sem motivo. Por nada e para o nada.

Se você quiser saber um pouco sobre a personagem principal e sua infância, vá para o capítulo 27

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Se você não aguenta mais essa enrolação e quer começar a ler a história logo, vá para o capítulo 23.

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