O arcebispo o entregou um cetro simples, feito em ouro e com uma pedra de rubi na ponta, e pediu que ele se sentasse. Ivey prontamente obedeceu, tão nervoso que nem parou para olhar se as joias ainda estavam ali, e, por sorte, os funcionários do castelo já haviam tirado todas. Ele permaneceu assistindo o joalheiro do reino carregar uma almofada vermelha.

Prendi a respiração enquanto encarava a cena, a coroa dourada e repleta de rubis brilhava, e eu não conseguia desviar o olhar. A joia foi depositada na cabeça de Hawk e todos entoamos:

- Deus salve o rei!

O arcebispo segurou sua mão direita, curvando seu corpo, e a beijou, o felicitando. Logo em seguida, todos os nobres fizeram o mesmo.

Ao ver que a fila havia acabado, me aproximei do trono. Hawk estava com o olhar perdido no chão, embora tivesse a sombra de um sorriso nos lábios.

- Vossa Majestade? - chamei, e ele me olhou. - Ainda não acabou.

Ivey se levantou e cruzou nossos braços.

Nos encaminhamos até o corredor que ficava na lateral da sala, e eu encarei o local onde o corpo morto de Nighy esteve. A mancha de sangue ainda permanecia lá, mesmo depois de ter sido lavada diversas vezes.

Reparei que ele andava com o pescoço duro, sem o movimentar direito, e não segurei uma gargalhada. Hawk percebeu e fechou a cara, ficando emburrado como uma criança.

- Essa porra pesa, a culpa não é minha! - falou, e a tirou de sua cabeça, a colocando na minha.

Ele tinha razão. A coroa era pesada demais e eu podia jurar que meu pescoço quebraria.

O joalheiro bateu na porta, e Hawk correu para tirá-la de mim; já que apenas o próprio joalheiro, o rei e o arcebispo podiam tocá-la, e ele não estava disposto a mostrar que já estava quebrando regras antigas.

O homem adentrou o lugar trazendo em suas mãos uma coroa mais delicada e simples; era feita em ouro branco e apenas uma pedra singela de rubi a ornamentava, nada mais. Sua altura era menos que a metade da primeira. Ele se curvou para Ivey e, pedindo licença, tomou a coroa de suas mãos, o entregando a segunda.

Hawk a colocou na cabeça de qualquer jeito, e eu ri, a ajeitando.

- Louise adoraria estar aqui, ela teria muito orgulho de você - falei, e seus olhos brilharam. - Assim como nosso pai.

Ele me abraçou apertado, e eu desejei que tivesse crescido com ele, com uma família. Sabia que era rancorosa demais, mas não conseguia evitar. Saí de seu abraço, enxugando a lágrima que havia escorrido por sua bochecha.

- Vamos, seu povo te espera - sussurrei, e ele sorriu.

Ivey assentiu com a cabeça e segurou minha mão, nos guiando à porta principal, a que levava ao jardim. O cheiro das flores foi a primeira coisa que senti, seguida do vento beijando meu rosto.

Sua mão esquerda segurava a minha, e ele não a soltou, enquanto a direita segurava o cetro. O povo começou a cantar o hino de Red Fortress.

A cena, em si, era linda. As vozes misturadas, a festa que ocorria dentro e fora do castelo. E tudo isso salpicado de rosas vermelhas, o símbolo do reino, o meu símbolo.

 E tudo isso salpicado de rosas vermelhas, o símbolo do reino, o meu símbolo

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para o capítulo 09, é agora que você irá escolher o par romântico dela.

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