Com um sorriso no rosto, me virei para Louise, que me olhava preocupada, mas meu sorriso morreu na hora. Abri a boca para gritar, mas já era tarde.

A ruiva tinha uma enorme espada atravessando seu peito, que transbordava em sangue. Seus olhos verdes saíram de meu rosto e desceram até o objeto, assistindo a lâmina sumir enquanto o dono a retirava.

Seu corpo caiu como um saco de batatas, e seu assassino correu até mim, bradando a espada e gritando; eu mal podia ver suas feições, meus olhos estavam cobertos de lágrimas, e, no minuto em que ele se aproximou o suficiente, eu enfiei minha própria espada, a que havia surrupiado do outro guarda, no mesmo local que ele havia acertado Louise.

Voltei a correr, dessa vez em direção à ruiva, e me ajoelhei no chão, colocando sua cabeça em minhas coxas. Larguei a espada ensanguentada do meu lado e pressionei minhas duas mãos em seu corte, sem saber se gritar por ajuda seria uma boa solução ou não.

- Louise, Louise, não se atreva a dormir! - implorei, vendo a mulher piscando cada vez mais devagar.

- Alteza. - Sua voz fina estava fraca e trêmula de dor, meu coração afundou. - Você precisa ir, não tem nada que você possa fazer. - Eu sacudia a cabeça em negação, enquanto sentia meu corpo tremer pelo choro. Suas mãos pequenas e delicadas tocaram as minhas, em um pedido para que eu parasse com a pressão. - Eu agradeço por ter se disposto a nos ajudar, Alteza. A senhorita tem alma nobre, sinto muito que tenha passado por tudo que passou, você não merecia.

- Louise...

- Eu amo vocês - sussurrou, fechando seus olhos.

Enxuguei as lágrimas, esquecendo que minhas mãos estavam cobertas pelo sangue quente de minha amiga, portanto acabei ficando com um rastro do líquido escarlate nas bochechas. Limpei o que ainda restava em meu vestido para que a espada não ficasse escorregadia em minha mão.

Durante o caminho, precisei parar algumas vezes para ajudar os estranhos com a capa vermelha, sempre recebendo uma saudação em troca

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Durante o caminho, precisei parar algumas vezes para ajudar os estranhos com a capa vermelha, sempre recebendo uma saudação em troca.

A porta da sala do trono estava arreganhada, mas eu precisei de uns minutos para tomar coragem de entrar no local em que havia sido quase violada. Reconheci a cabeleira de Berryan, ele lutava com um homem enorme, mas estava se dando bem; Fedore também estava no local e lutava com dois guardas ao mesmo tempo, ela se movimentava com graça, parecendo estar em uma dança; já Hawk levava a pior, não que estivesse machucado ou perdendo uma luta, mas porque ele havia avançado para Nighy, mas esse estava cercado de guardas.

Sua pele negra brilhava pelo suor, e, apesar de demonstrar cansaço, eu sabia que ele poderia deter todos aqueles homens, mas que não conseguiria fazê-lo a tempo de impedir que Alfred fugisse. Enquanto Ivey lutava, um guarda escoltava o traidor do reino.

Atravessei a sala correndo, buscando não chamar atenção dos três para que eles não se distraíssem por minha causa, mas fui parada por um outro guarda do reino. Ele sorriu perverso antes de avançar em minha direção, e eu havia encontrado uma dificuldade maior com ele do que com os anteriores, já que o homem era o dobro de meu tamanho.

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