Anna estava morta, mortinha. Ou, pelo menos, deveria. É que ao invés de um caixão a sete palmos da terra, a garota se viu sequestrada por dois adolescentes estranhos que a levaram para um lugar mais esquisito ainda: o Acampamento Meio-Sangue.
Agora...
Notas iniciais: E vocês achando que não ia ter capítulo de Equinócio até o natal, não é? Haha, não contavam com a minha astúcia! Agora ninguém vai ficar entediado na véspera, esperando a ceia de natal, porque vão estar lendo :3
Sobre o vídeo na mídia: assistam <3 é uma homenagem feita pelos leitores de Solstício de Inverno e Equinócio de Anna. É lindo e estou muito grata, sou a autora mais feliz da vida kkkk
Ah! E, gente, me desculpa, eu acabei decidindo que outro pov da Anna faria mais sentido.
Beijos e boa leitura.
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A N N A D E A R E N D E L L E
— Onde é que o Quíron estava com a cabeça?! — Parece que vai sair fumaça pelos ouvidos de Astrid, ela é uma panela de pressão, chiando. — Colocar um traidor nos nossos estábulos? Essa foi a pior ideia que eu já vi! A filha de Quione vai congelar os miolos dele quando souber que ele e Anna...
— Não vamos falar nada — a ruiva de cabelo cacheado corta. — Elsa anda uma pilha de nervos desde o inverno passado. Ela congelou a parede de escalada sem querer, quando contei a ela sobre... Bem, você sabe o que.
Apresso o passo para acompanha-las, só não consigo acompanhar o ritmo da conversa.
— E o que a gente vai fazer? — Astrid questiona, inquieta. — Tá na cara que o Hans anda aprontando alguma coisa, não tenho provas, mas tenho convicção!
Arregalo os olhos, chocada com tamanha acidez.
— Nossa, o que foi que ele fez? — Sou ignorada com sucesso.
— Você está sendo muito inflexível, Astrid.
— Inflexível?! — Ela repete, ultrajada. — Merida, não sei como os deuses não arremessaram aquele mauricinho no Tártaro. Passar as férias limpando cocô de pégaso não é castigo suficiente para o que ele fez! Temos que deixar Anna bem longe dele.
— Ooi — cantarolo. — Ainda estou aqui, sabia?
A garota, Merida, se vira para mim:
— Desculpa, é que você perdeu muita coisa.
— Tá, mas o que foi que o Hans fez pra vocês estarem com tanta raiva assim?
— Ele nasceu... Au! — Astrid exclama quando a amiga lhe desfere uma cotovelada, mas está sorrindo. — Tá, foi mal. Bom, pra começar, ele é um usurpador tirano, egoísta, narcisista e assassino.
Não dá pra acreditar. É impossível assimilar todos aqueles adjetivos horríveis com o rapaz gentil e encantador que vi nos estábulos.
Merida reforça, aflita:
— É verdade. Durante a última guerra, Hans se aproveitou do desaparecimento de Reyna e dos outros heróis romanos, para liderar um motim no Acampamento Júpiter e se nomear pretor.
