Lex Luthor e a propriedade da família Danvers

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"Ficarei fora o dia todo cuidando de alguns negócios, você pode ir mais cedo, se quiser, pois não há muito o que fazer. Sorvete no parque a noite? Att: Lena"

Este foi o bilhete cuidadosamente deixado na mesa de Kara pela manhã, em uma folha de papel azul claro. Ela nunca tinha visto a letra de Lena, já que a assinatura mais parecia um desenho abstrato. Quem deixava bilhetes físicos com tantos aplicativos de mensagens instantâneas? A loira o guardou na bolsa, organizou algumas coisas em sua sala e encontrou no sistema dentre os novos projetos de Lena o endereço de sua antiga casa. Bastou um único instante para que todas as emoções vierem à tona, junto com lembranças vivas de sua infância e de seus pais. Kara não tinha acesso a uma descrição muito completa, já que ela apenas organizava as tarefas, realizava ligações e outras coisas mais simples.

De sua mesa, como inúmeras vezes fizera, Kara usou sua visão de raio X, encarando o laptop sobre a mesa branca da sala de Lena. Provavelmente estava protegido com uma senha de alta segurança.

- Max? Eu preciso da sua ajuda, mas precisamos ser rápidos.

- Em que eu poderia ajudar a Supergirl?

- Eu estou bem atrás de você - disse já desligando o celular e invadindo a sala dele.

- O quê? De quem é esse computador?

- Lena Luthor - a loira falou rápido e meio contra a vontade, já que sabia que ele iria surtar.

- LENA LUTHOR?????

- Shhhhh... Eu gostaria que não espalhasse pra todo mundo que eu roubei o computador dela!

- Meu Deus!!!!!

- Max, eu preciso saber o que aconteceu com os meus pais! E se for algo muito mais sério do que imaginamos? Não posso simplesmente perguntar uma coisa dessas, eu já tentei!

- OK! Vamos lá... - disse Max, visivelmente nervoso e eufórico ao mesmo tempo.

- Eu não consegui ver nenhuma digital nas teclas, na verdade ele parece que nunca foi usado. Estranho, está sobre a mesa dela todos os dias.

A expressão do jovem rapaz mudou imediatamente assim que ele abriu a tampa extremamente fina do notebook, ele parecia estar congelado, mas Kara olhava para a máquina e não entendia o motivo de tal reação.

- O que foi? Você de repente ficou branco como um fantasma. O que tem aí?

- Eu não acredito que estou vendo isso!!! É... Isso, essa... - Max parecia não encontrar as palavras e também o ar que lhe faltava.

- Fala logo, por Rao! Eu não sou de aço por dentro!

- Olha só isso!

A mão ágil, de alguém que notavelmente entendia do assunto, pressionou um dos botões para ligar a tela e em seguida, outro para acionar um projetor que deixava toda a parte gráfica mostrada no monitor, flutuando no ar como um holograma. Max correu como uma criança para apagar as luzes e fechar as cortinas, os sensores rapidamente captaram a mudança na iluminação, mudando o contraste de branco para preto, desenhos e letras para um tom de azul claro no que mais parecia uma luz neon, agora flutuando sozinha no ar. O teclado também era projetado sobre a mesa em uma luz azul.

- Obrigada! Agora eu me sinto uma criminosa invadindo o computador de alguém em uma sala escura. O que estamos fazendo é errado, é melhor eu levar isso de volta!

- Então deixa que eu faço a parte errada, senta aí e relaxa.

A garota soltou um suspiro cansado e começou a andar de um lado para o outro, enquanto Max, com um pendrive inserido em uma das portas USB, digitava sem parar no teclado projetado sobre a mesa.

Nos Olhos de Lena Luthor - SupercorpWhere stories live. Discover now