Onze.

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Riddle sentiu a magia de Harry presente dentro da proteção mágica que rodava a casa. Mas achou estranho quando depois de cinco minutos não escutou a porta da frente sendo aberta. Uma sensação de preocupação correu pelo corpo do Lord, que saiu pela casa quase em uma corrida.

Ao abrir a porta Riddle estava preparado para até mesmo ter que enfrentar alguém que tivesse conseguido utilizar a chave de portal junto de Harry. Algo que tecnicamente era impossível, a chave só iria funcionar com a magia do garoto e a coruja.

O que viu no jardim fez sua preocupação se tornar medo. O jovem estava jogado no chão, com a gaiola da coruja caída ao seu lado, assim como seu malão. O mais velho não demorou para chegar perto do menor e checar suas funções vitais.

O jovem respirava lentamente, e seu coração batia tão lento quanto. Riddle sentiu-se mais calmo por isso, mas não demorou a pegar o menor no colo para levá-lo para dentro.

O garoto era mais leve do que o Lord imaginou que ele poderia ser. O pequeno estava pálido, e notavelmente mais magro do que da última vez que viu o garoto. Riddle não sabia o que o menino tinha, se fora atacado foi por algo que não deixou nenhum resquício mágico que o homem pudesse sentir.

Não demorou para os dois estarem no quarto de Harry e ele ser posto na cama com delicadeza. Riddle não era um medibruxo, mas sabia utilizar sua varinha para procurar o que o jovem tinha. Foi estranho para o homem compreender que tudo o que o garoto tinha era uma forte anemia e desnutrição.

O mais velho fez com que o jovem tomasse algumas poções para reposição de energia e nutrientes. E passou uma pasta viscosa na mão roxa do menino, para então enfaixá-la, impedindo que ele de movimentar os dedos.

Para evitar que a magia afetasse a recuperação do garoto, Riddle calmamente começou a trocar as roupas do jovem. O que acabou permitindo que este visse as várias marcas roxas espalhadas pelo pequeno corpo, e também algumas cicatrizes.

Passou a pasta viscosa, que havia usado na mão do garoto, nas marcas roxas. Mas quando estava passando a pasta em um roxo na costela do menino, pode reparar em uma marca diferente. Duas marcas de queimadura, uma acima da costela e outra na parte de trás do braço. Elas não eram recentes, a pele já havia se recuperado a muito tempo. Deixando apenas uma pele mais fina e clara no lugar.

- O que fizeram com você meu menino? - Disse Riddle.

Não podia imaginar que bruxo faria algo assim. Normalmente bruxos destruíram o psicólogo, não o físico. Teria que perguntar mais tarde quando o garoto estivesse consciente o que aconteceu.

Sim, Riddle sabia que Harry não tinha a melhor vida com os tios. E quando recebeu a carta do garoto seu coração gelou por um momento. Com medo do que poderia acontecer ao jovem.

*

- Milord, me perdoe aparecer sem ser convidado, mas isso chegou até mim a poucos minutos. - Malfoy dizia enquanto entregava a carta de Harry.

O Lord a pegou e a abriu, desde que Harry havia saído da casa dele Riddle não havia recebido mais do que algumas informações de Snape. Informações que deixaram de chegar quando o jovem entrou de férias e ninguém mais o via.

- Fez bem em ter trazido a carta imediatamente, pode ir agora.

O homem loiro saiu imediatamente com as ordens do Lord, deixando o moreno sozinho sentado no escritório.

- Tem o cheiro do Harry nessa carta, ele está bem? - Perguntou a serpente enquanto subia no colo do Lord.

- Por favor, me tire daqui. É tudo o que a carta diz. - O Lord colocou a mão no rosto. - Eu já deveria ter entrado em contato com ele antes. Se ele me mandou isso, deve estar desesperado.

A Ordem do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora