Vinte.

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Harry acabou desmaiando depois do segundo crucio que recebeu de Dumbledore. O jovem foi deixado sozinho naquele lugar escuro, úmido e frio. Quando os olhos do moreno se abriram novamente ele não fazia ideia de quantas horas haviam se passado. Tudo o que ele sabia era que seu corpo doía e que havia um pouco de sangue escorrendo pela boca.

O moreno se arrastou para um dos cantos e ficou com as costas na parede, tentando manter sua estabilidade. Ele nunca havia experimentado um cruciatus em toda a sua vida. Mas era algo que ele podia comparar com as sessões de espancamento de seu tio Valter. A única diferença era que Harry não tinha marcas aparente, apenas o pouco de sangue que escorria no canto de seus lábios.

Respirar era algo doloroso, então o moreno fazia respirações curtas que não forçasse muito seu pulmão. Suas mãos ainda tremiam um pouco. Ele abraçou suas pernas e deitou sua cabeça em seus joelhos, pensando em todas as maneiras que poderia fugir dali. Dumbledore jamais deixaria o moreno fugir antes de conseguir suas respostas.

Harry não tinha sua varinha, mas se lembrou que possuía algo muito importante, o caderno que conversava com Tom deveria estar em seu bolso. Com certa dificuldade ele procurou em seu bolso o pequeno caderno, que no momento era muito menor que a palma de sua mão.

Com as mãos trêmulas Harry pegou o caderno e abriu em qualquer página, escrevendo com o sangue o pedido de ajuda. 'SOS', foi tudo o que o moreno escreveu antes de fechar o caderno e colocar de volta em seu bolso.

*

2 Semanas antes

A coruja negra do Ministério aterrissou em frente a Harry durante o café da manhã. Quase todos os alunos sabiam que a coruja negra era apenas enviada pelo Ministério, então não levou muito tempo para as fofocas começarem a acontecer entre os alunos de Hogwarts.

Harry simplesmente não ligava mais, depois do que ele passou por causa do torneiro tribruxo, aquilo não era nada. O moreno pegou a carta presa no pé da coruja e alimentou ela com alguns pedaços de pão, enquanto sentia o olhar questionador da amiga.

- Nós vamos falar sobre isso depois. - Harry nem olhou para a morena enquanto guardava a carta no bolso da calça.

- Algo de errado Harry? - Hermione estava mais do que preocupada com o amigo.

- Não, está indo tudo bem Mione. - Harry virou para ela com um sorriso doce, e a coruja acabou voando depois de terminar de comer. - Eu vou no seu quarto depois do almoço.

- Harry você sabe que... - A morena tentou retrucar.

- Meninos não podem ir no quarto das meninas depois do jantar, eu vou depois do almoço. - Harry disse enquanto terminava seu café da manhã.

- É mais fácil alguma menina acabar abusando de você do que o contrário. - Hermione disse rindo, a morena havia aceitado bem depois de tudo.

- Não, por favor, nem a maioria dos meninos faz o meu tipo. - Harry respondeu com o pensamento de estar com uma garota.

- E qual é o seu tipo? - Perguntou a morena com um sorriso sugestivo nos lábios.

- Mais velho e mais alto do que eu. - Harry respondeu sem ser muito específico.

- E loiro? - A morena queria mais informações, querendo ou não Hermione ainda era uma adolescente e gostava desse tipo de conversa às vezes.

- Não sei se meu gosto se restringe à loiros. - Harry disse pensativo.

- Draco? - A morena disse com um brilho estranho nos olhos.

- Draco é um cara muito legal, mas eu acho que os gêmeos não vão querer dividir. - Harry disse com um riso quando se lembrou das inúmeras vezes que encontrou os gêmeos sozinho com Draco em locais menos movimentados.

A Ordem do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora