50 Tons De Cinza - KTH [ Livro 1 da Série Lush]

Capítulo 41

༺MIN YOONGI༻

ㅡ Aonde vai, Yoon? - a voz me faz parar no meio do corredor.

Encaro os olhos amendoados e preciso conter o ímpeto de desviar rapidamente das íris intensas de Hoseok.

ㅡ Preciso ir comprar algumas coisas no shopping...

ㅡ Ah, ótimo! - diz animado. ㅡ Irei com você. Tenho que comprar meias novas e tecidos para fazer lenços.

ㅡ NÃO! - digo de súbito, fazendo-o me encarar de modo confuso. ㅡ Quer dizer, eu não posso te levar, porque irei em vários outros lugares antes de ir para o shopping.

ㅡ Não tem problemas, Yoongi, eu-

ㅡ Eu disse que não dá. - suspiro.

Não posso levá-lo e colocar todos os meus planos à perder. Preciso me manter firme em minhas decisões ou irei cagar com tudo. Hoseok é de extrema confiança, mas não sei se o mesmo aceitaria todas as ações que ando tomando.

ㅡ Desculpe...

Percebo o timbre frustrado e me preocupo de súbito, respirando fundo, antes de dizer:

ㅡ Eu quem peço desculpas. - cicio. ㅡ Infelizmente não poderei mesmo te levar, mas se quiser falo com o Namjoon e ele o leva...

ㅡ Não, está tudo bem. - força um sorriso e meu coração se comprime dentro do peito.

ㅡ Amanhã eu posso te levar ao shopping. - digo sem pensar e ele parece se interessar.

ㅡ Pode mesmo?

ㅡ Claro. - sorrio. ㅡ Depois vamos na sua sorveteira preferida, se desejar.

ㅡ VOCÊ É INCRÍVEL, YOON! - grita com felicidade e se aproxima, envolvendo-me em um abraço afetuoso.

Minhas bochechas queimam rapidamente e o afasto com delicadeza.

ㅡ Preciso ir agora.

ㅡ Ok, tome cuidado! - acena e deixo o corredor em passadas largas.

Solto minha respiração por fim, sem sequer perceber que havia a prendido minutos atrás. Passo as mãos pelos cabelos e deixo o apartamento, mas não sem antes passar por toda a segurança que Namjoon implantou em todo o condomínio.

Enquanto dirijo pelas ruas eufóricas da cidade, penso em como seguir meus planos, sem levantar suspeitas. Eles não podem sequer cogitar a possibilidade de que estou envolvido com tudo isso.

Céus, onde eu fui me meter? Agora sinto que tudo está em minhas mãos, como se estivesse na total responsabilidade de não deixar que tudo desande. Confesso que tenho muito medo do que possa acontecer, e principalmente das consequências que, com certeza, estão por vir.

Depois de longos minutos, avisto o prédio e meus dedos tremem contra o volante. Um nó se forma em meu estômago e tenho vontade de vomitar pela fadiga que me toma aos poucos. Ao estacionar o carro, tento controlar as batidas ligeiras do meu coração.