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oi oi, tudo bom com vocês?

Luke estava rindo tanto que o medo de perder o movimento das bochechas começou a aterrorizá-lo. Vovó Clifford estava contando de uma das vezes em que seu marido pediu que fizesse fio terra nele, e claro, comentários como "homem que é homem toma no cu" ou "antes o meu dedo que daquelas barangas oferecidas  da Oxford Street" não puderam faltar.

Fred estava sentado ao seu lado na enorme mesa de vidro. Karen e Gemma, ambas acompanhando os rapazes, conversavam e riam animadas; Richard, namorado de Gemma, no qual Michael havia comentado, aterrorizou Luke, não pelo olho que tendia a virar para a esquerda, mas sim pela voz lenta e profunda que tinha, como aqueles assassinos em série. Vovó e vovô Clifford estavam lado a lado, também na enorme mesa, assim como alguns tios e primos de Michael, mas nenhum familiar de Raquelle - graças a Deus - já que Gemma e Luke estavam fofocando a respeito da dama, descaradamente.

- Vovô, como o senhor pede uma coisa dessas para a vovó? - uma das primas de Michael gargalhou entre as palavras, assim como todos na mesa, não só alegres pelas histórias mas pelas cinco garrafas de champanhe rosé que já tinham sido esvaziadas.

- Ah, querida, um homem tem suas necessidades. - dando de ombros, vovô riu. - Mas meu anal está prejudicado. - fazendo bico, vovô fez sua mulher rir irônica.

- E por causa disso, sobra pro meu anal. - revirando os olhos, vovó desencadeou mais uma crise de risos na mesa, que logo foi cessada por um silencio; Raquelle e Michael iriam falar.

Ambos combinavam muito; Luke tinha que admitir. As mãos dadas e Raquelle seguravam uma taça de champanhe. Michael estava mexendo no cabelo, os lábios para dentro da boca, nervoso, e as bochechas levemente coradas. Que homem, Luke pensou ao fechar a boca na qual nem notara que tinha aberto.

- Gostaríamos de agradecer a presença de todos à nossa humilde casa. - uma salva de palmas abafou o comentário irônico de Fred ao dizer "se essa é a humilde casa, imagina a ostentação", Luke evitou a gargalhada enquanto bebericava seu champanhe, os olhos ainda fixos em Michael e seus olhos verdes. - Todos aqui presentes importam muito, tanto para mim quanto para Michael. Gostaríamos também de agradecer não só aos familiares, mas aos amigos, consideramos vocês nosso sangue e agradecemos o apoio profissional e pessoal que têm nos dado nos últimos anos. - outra salva de palmas e gritos. Luke encarou Michael, o movimento nervoso que fazia com os dedos. E então, ele deu um passo a frente, acelerando as batidas no coração do loiro.

- Sejam bem vindos, e falo não só por mim, mas pela minha bela noiva, que estamos contentíssimos de poder compartilhar esse momento com vocês, nossos entes mais queridos. - uma salva de palmas e um suspiro disfarçado de Luke, que tinha os olhos fixos nos lábios rosados de Michael, o movimento preguiçoso que faziam ao falar. - E sem mais enrolações, gostaríamos de anunciar algo que a algum tempo estamos querendo dizer, e que finalmente podemos contar. - Michael encarou Raquelle, os olhos de ambos brilhavam. Deram as mãos e , suspirando, Michael prosseguiu. - Finalmente definimos a data do casamento. - o coração de Luke falhou uma batida. A visão ficando embaçada conforme ele mantinha os olhos fixos nos olhos verdes de Michael, que não devolveu o olhar, ocupado demais beijando a noiva. - Após vários meses de planejamento, decidimos que queremos algo familiar e privado. E então chegamos à decisão de que todos aqui presentes, sem exceções, irão os acompanhar em uma viajem matrimonial. - o sorriso largo de Michael fez Luke engolir o choro preso na garganta, as mãos tremiam. Ele não via nada além dos olhos verdes, ainda sem encontrar os seus. E prosseguindo, Michael terminou de apunhala-lo nas costas. - Daqui a sessenta dias, embarcaremos em uma viajem para o Hawaii, serão duas semanas e tudo pago, cortesia nossa como forma de agradecimento pelo apoio durante todos esses anos, e claro, uma cerimônia privada na praia. E não se preocupem, quando sairmos para a lua de mel, poderão permanecer no Hawaii ou voltar para Sydney, critério pessoal, apenas saibam que estamos fazendo isso porque amamos vocês e queremos memórias felizes juntos. - um murmúrio coletivo preencheu o ambiente após as palmas, e Michael abraçou Raquelle, beijando-a enquanto uma garrafa de champanhe era aberta para comemorar. Luke desviou o olhar.

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