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Sydney mostrava o céu cinza e tristonho para Luke, que parecia mais perdido que nunca. O terno estava impecável, como sempre, e os cabelos jogados para trás sensualmente. Batucando os dedos na mesa, mordia o lábio inferior, claramente nervoso. Michael, ao seu lado, se mostrava irritadiço com o tique do loiro.

- Quer fazer o favor de aquietar-se. - murmurando de dentes cerrados, Michael passou os dedos pelo cabelo, em um ato nervoso.

- Perdoe-me, Milorde. - ironizando, Luke bufou enquanto cruzava as pernas, impaciente igual a uma criança de trinta e quatro anos. - O gerente está demorando.

- Acalme-se, deve ter trânsito nas ruas. E o seguro é importante, já pensou se o gerente chega aborrecido e decide não me pagar o reembolso das joias roubadas?! - erguendo as sobrancelhas em preocupação, Michael fez Luke revirar os olhos.

- Se o gerente demorar mais dez minutos, ele que vai precisar do seguro. - Michael se permitiu rir ao ver a cara de emburrado do maior.

- Você se amargurou com o passar dos anos. - Michael comentou com a plena inocência, mas Luke enfureceu o olhar.

- A vida amargura os idiotas. - aleatoriamente provocando, o loiro virou o olhar para Michael, como quem não quer nada. O empresário apenas manteu o olhar.

- Por que está se chamando de idiota?

- Porque devo ser um. - revirando os olhos, Luke fez Michael bufar. Antes que a briga piorasse, o gerente chegou abaforado e ofegante, alguns pingos de chuva nos ombros e testa, denunciando a chuva que começara a cair junto aos trovões e raios.

- Perdoem-me pelo atraso, a chuva está brava lá fora. - vendo que nenhum dos dois ia responder, o gerente sentou em sua mesa abrindo o notebook e pegando papéis. - Bom, imagino que estejam aqui referente ao seguro da loja roubada.

Luke abriu um sorriso sem dentes, assentindo, e pegando papéis. Estendeu um documento para o gerente.

- De acordo com o contrato, a cláusula 25 da página 12 diz claramente que a asseguradora presta serviços para garantir tanto a empresa como suas mercadorias, logo, deverá pagar o valor referente ao roubo. - sorrindo novamente, Luke impressionou Michael, já que nunca tinha visto o contador em ação, em uma reunião de negócios propriamente contábil e burocrática.

O gerente passou a língua nos lábios, suspirando.

- Sr. Hemmings, está me cobrando algo imensurável. Teríamos que cobrir quase meio milhão de dólares, isso é muito mais que recebemos pelos serviços.

- Sr. Kuel, estou tentando ser gentil. Escute, meu cliente tem um contrato com sua empresa que especificou claramente, não uma, mas várias vezes que sua asseguradora estaria de prontidão para cobrir qualquer prejuízo que vá acontecer, independente de seu valor aceder sua comissão. - sorrindo, Luke suspirou. - E caso me diga novamente que não irá pagar o prejuízo, terei que entrar com uma ação judicial contra sua empresa.

Michael encarou o gerente a sua frente, as mãos apertadas não por nervosismo, mas porque Luke as atou, belamente deve se acrescentar. O modo calmo e provocante de falar, o olhar irônico e o sotaque tornava tudo uma grande provocação, o que só irritava o homem à frente.

- Bem, entendo o seu ponto. - o gerente passou a mão pela barba, nervoso. - Mas, Sr. Hemmings, meio milhão de dólares é o triplo do valor que recebemos pelo serviço, ou aumentam o valor destinado a minha empresa ou não prestamos serviço algum. - Luke travou o maxilar, Michael reprimiu um sorriso ao seu lado. O loiro já estava ficando aborrecido.

- Você está sendo insistente, mas minha paciência é resistente. Vejamos, o valor adicional pelos serviços, na qual o senhor clama, não está previsto no contrato. Mas sabe o que está previsto no contrato, Sr. Kuel? - Luke abriu um sorriso malvado. - Está previsto que, qualquer adição de valor será negada devido ao mínimo salarial. Meu cliente já paga o excedente ao senhor, nos recusamos em pagar um dólar a mais.

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