- Sr. Hemmings, é só um contrato, podemos...

- Não é só um contrato, Sr. Kuel. Veja como fala. Se não importasse, nem teríamos vindo aqui hoje. E aqui vai a última tentativa, caso recuse, entraremos com um processo judicial contra o senhor e sua empresa, por negligência de serviços e propaganda enganosa, fora as brechas que com certeza irei mencionar ao juiz.

O gerente mordeu o lábio inferior, suspirando em seguida. Luke sabia que ele ia ceder, mas Michael estava apreensivo.

- Tudo bem, pagaremos apenas as jóias roubadas, a condição da loja estará por sua conta.

- Vá com calma, Sr. Kuel, se eu disser que meu cliente quer que cubra a condição da loja, você terá que cobrir a condição da loja. Ele que manda aqui. - Luke abriu um sorriso perverso e provocativo, virando o corpo para Michael, que o encarava meio confuso. - Sr. Clifford, quer que o Sr. Kuel e sua empresa cubram as condições da loja?

Michael sorriu ao ver a malícia nos olhos de Luke, e então virou-se para o gerente, apreensivo demais para intrometer-se na conversa silenciosa do cliente e contador.

- Sim, Sr. Hemmings. Eu adoraria que o Sr. Kuel e sua empresa cobrissem as condições da minha loja.

+

- Fazemos uma boa dupla, Sr. Hemmings. - Michael sorria contente, fazendo Luke se sentir bem melhor por realizar seu trabalho.

- Foi muito bem, Sr. Clifford. - Luke apenas balançou a cabeça positivamente enquanto andavam lado a lado pelos corredores até a saída do prédio.

- Achei que ele não fosse aceitar o acordo. - aleatoriamente, Michael adicionou assunto àquela conversa desconfortável. - Mas você realmente sabe lidar com esse tipo de pessoa.

- Creio que tenha sido um elogio, então obrigado. - Michael sorriu instintivamente, e ao chegar a porta do prédio, pôde ver grossas gotas de água caindo na rua, pessoas pra lá e pra cá com guardas-chuvas e o barulho estrondoso de trovão após trovão. - Está mesmo caindo o mundo lá fora.

- Luke. - seguindo um instinto, Michael subitamente chamou o mais alto, que direcionou o olhar azul minuciosamente para o cacheado, confuso. - Podemos conversar?

- Estamos conversando, Sr. Clifford. - Luke disse a voz profunda, a gargante fechando e o coração acelerado. Michael puxou o lábio para dentro da boca, nervoso, e em seguida suspirou.

- Em outro lugar. Que tal irmos para uma cafeteria? - Luke encarou os olhos verdes a sua frente e por um segundo pensou ter visto o mesmo Michael de dez anos atrás. Aquele que fazia besteiras e  pagava micos imperdoáveis, mas que continuava sendo o mesmo Michael de sempre, e que agora, virou um homem singelo, político e noivo de uma mulher.

- Tudo bem para mim. - Michael assentiu enquanto estendia o braço para a porta, indicando que Luke iria na frente. O porteiro abriu a porta onde outro homem esperava ao lado de fora com um guarda-chuva preto enorme, apenas um.

Luke saiu e entrou debaixo do guarda-chuva, logo seguido por Michael, que ficou colado a seu corpo devido ao espaço limitado. Entrando rapidamente no carro, Luke sentou-se em silêncio. A mente gritando.

+

A chuva não dava trégua, o ambiente estava frio mesmo com o aquecedor ligado e as portas fechadas, o que deixava a ponta do nariz de Luke vermelha e as bochechas rosadas, assim como o lábio.

Michael estava acostumado, amante do frio, seu longo casaco marrom pesava em seus ombros, o cachecol vinho se destacava na roupa, atenuando seus olhos verdes.

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