Enjoy my blood.

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Chegamos no hospital apressados, parecia que corríamos contra o tempo, e era verdade.

— Como ele está? – Shawn perguntou e o Sammy se levantou, estranhando por ele estar ali.

— E pra que você quer saber? – O Hayes perguntou cruzando os braços e o Shawn ainda estava com a respiração ofegante.

— Hayes. – O Chad, pai do Nash, que eu já tinha conhecido antes, falou colocando a mão no ombro do filho. – Calma. – Ele arqueou as sobrancelhas pro Hayes e sua esposa se posicionou ao seu lado.

— Ele se importa, esqueçam as desavenças dos dois, qualquer ajuda é bem-vinda. – Disse olhando pro Sammy e depois pro Hayes.

— Não dele. – Hayes disse trincando o maxilar e eu revirei os olhos.

— Não preciso da aprovação de ninguém. – Shawn disse encarando e se aproximando do Hayes. – Eu vim ver meu amigo. – Shawn disse trincando o maxilar e eu me controlei pra não sorrir, adorava como ele ficava com raiva.

— Amigo? – Hayes deu uma risada.

— Hayes, chega! – O Sammy disse olhando pros dois. – Se o Shawn está aqui, aconteceu algo muito importante, ele não ficaria de boa com o Nash por nada. – Ele disse e olhou pra mim. – Só aceita, qualquer ajuda e energia é bem-vinda. – Sammy reforçou meu pensamento e eu sorri em forma de agradecimento.

Hayes ficou emburrado, mas ficamos todos juntos ali, convenci a fazermos uma oração, a termos pensamentos positivos, sabíamos que o mínimo que fizéssemos seria propício.

(...)

Logo anoiteceu e nós continuávamos ali, o Nash tinha saído de outra cirurgia, nós estávamos preocupados e o médico demorou pra aparecer.

— Como ele está? – Chad perguntou se adiantando com o Hayes e o médico respirou fundo.

— Ele perdeu muito sangue, temos que fazer uma doação urgente, mas o nosso banco está vazio do sangue O, e ele só recebe de O.

— O Chad é O! – A mãe do Nash disse se aproximando com aflição no olhar.

— Querida, eu fiz uma tatuagem em homenagem a ele na panturrilha, lembra? Não posso doar por doze meses. – Chad falou desanimado e eu arregalei os olhos, pensando na possibilidade de não ter ninguém pra doar.

— E agora? – O Hayes disse preocupado. – Eu sou AB. – Ele disse olhando pros garotos.

— Não sou O. – O Jack J disse olhando pro Gilinsky.

— Nem eu. – Ele disse e o Shawn estava com as mãos no bolso, de cabeça baixa.

— Ninguém aqui é? – O médico perguntou já aflito e eu notei uma mão erguida.

— Eu sou. – O Shawn disse levantando a cabeça. – Sou O negativo. – Ele disse se aproximando e um sorriso brotou em meus lábios.

— Ótimo, O positivo recebe tanto do positivo quanto do negativo. Você é maior de idade? – O médico perguntou e Shawn negou com a cabeça. – Eu preciso da autorização dos seus pais, venha comigo. – Shawn acompanhou o médico e eu fiquei na sala de espera com os meninos.

Eu estava apreensiva, mas com um pressentimento bom.

(...)

A tia do Shawn chegou ao hospital alguns minutos depois, Shawn ligou pra ela, que estranhou não estarmos no colégio como ele disse, mas assinou os papéis e ele pôde doar.

— Demora tanto assim? – Perguntei andando de um lado pro outro e o Hayes revirou os olhos.

— É só uma doação de sangue, não é ele que está em cima de uma cama quase morrendo. – Ele falou com uma expressão sínica e eu revirei os olhos.

Hold on TightOnde histórias criam vida. Descubra agora