Capítulo 13- Deixe-me entrar

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Depois de todas coisas ruins que passamos (incluindo o falecimento do meu pai) começamos a aceitar isso de uma forma positiva, pode parecer estúpida a morte do meu pai ser positiva, papai era um homem que já viveu tudo o que tinha para viver, ja estava na sua hora ele cumpriu sua sentença.

Estamos vivendo há duas semana e meia como nômades, de um lado para o outro sem sequer algum lugar específico para ficar, acho que agora estamos entrando em "Baton Rouge" capital de Luisiana. Era uma cidade bem bonita, parecia ser bem iluminado de noite. Estamos passando de carro pelo o que eu acho ser a ponte principal da cidade. A propósito, tivemos muita sorte em conseguir arrumar um carro, eu sempre achei que aqueles truques de filmes sobre mexer com os fios dos carros eram besteira, até que em um certo ponto consegui fazer um carro qualquer ligar. Foi complicado conseguir gasolina, íamos em vários postos de gasolina e a maioria estavam vazios, suponho que muitas pessoas passaram-se por lá antes da gente.

Desde que tudo começou, essas duas semanas foram as piores da minha vida, quase perdemos nossas vidas fugindo de multidões de zumbis, ficamos desidratadas com ausência de água e ficamos mais de dois dias sem comer. A única coisa que tivemos sorte, foi a casa que achamos alguns dias atrás que havia muros altos e conseguir ligar esse carro. Ontem na parte da manhã, por um milagre conseguimos achar alguns enlatados e alguns pacotes de cookies. Economizamos essa comida até agora e até que estamos bem.

Bem, agora que os momentos piores já passaram me sinto mais determinada e a cada dia menos triste, claro que sempre lembro do meu pai em forma de zumbi meus olhos começam a encher-se de água, mas sempre quando olho para Ruby e Tifanny um sorriso abre no meu rosto.

Estamos passando por um cemitério, fico esperta para a qualquer momento pisar fundo no acelerador, porque em um apocalipse zumbi passar perto de um cemitério é meio que burrice.

- Que estranho... - Diz Tifanny mexendo no cabelo.

- O que?. - Pergunto de olho na estrada.

- Por que os mortos não estão se levantando dos túmulos?. - Comenta Tifanny. Agora isso realmente me intrigou, era para as covas estarem abertas e pelo menos ter vários zumbis no mesmo.

- O vírus não atingiu os cadáveres que já estavam mortos há anos, seria como infectar um saco cheio de ossos, eles não iriam sequer levantar. - Diz Ruby levantando o pescoço para olhar o cemitério.

- Como sabe disso?. - Olho rapidamente para Ruby enquanto dirijo.

- Na verdade não sei, mas tenho quase certeza que o vírus só atingiu os humanos.

- Bom, pelo menos são zumbis a menos para a gente cuidar. - Diz Tifanny ironicamente.


Começamos a andar por um grande bairro chique, com árvores pequenas e que aparentavam ser bem aparadas. Passo com o carro devagar pela grande rua cheia de mansões, que me lembra a famosa cidade Beverly Hills.

- Eu vou ficar com aquela bem ali. - Diz Tifanny sorrindo.

- Eu já escolhi essa. - Digo irônica.

Até que finalmente passamos por aparentemente a maior mansão desse bairro que parece nunca acabar. Eu não tenho palavras para explicar o quanto esse bairro é "gigante" as casas são bem separadas umas das outras, dando a impressão de que isso aqui é uma mini cidade. A casa tem uma faixada enorme com um grande chafariz na frente. Meus olhos ficam pequenos de tanto olhar para o alto da casa (que por sinal é muito alta), as altas janelas de vidro me fazem ficar fascinada de tanta beleza. A casa não tem um estilo tão moderno, mas é de longe a mais chique a aparentemente a que custou mais caro.

Correr ou Morrer : Apocalipse Where stories live. Discover now