Capítulo 11- Não se esqueça

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- Cassie! Cassie!. - Ainda com preguiça de abrir os olhos, ouço Tifanny sussurrar meu nome um pouco alto.

- Ah Tify ? O que foi ?. - Pergunto com voz de sono.

- É o papai, ele está queimando de febre, ele também está tremendo e falando algumas coisas estranhas. - Ela me olha com um olhar preocupado.

Me aproximo para perto de papai e o vejo suando como alguém que correu por duas horas sem parar, seus lábios finos e avermelhados, estão mais secos do que nunca, vejo o suor escorrendo em sua testa sem parar e seu corpo está pegando "fogo".

Ruby está correndo pela casa de um lado para o outro em busca de remédio ou algo que possa ajudá-lo. Ruby sobe e desce as escadas com seus olhos cheios de lágrimas. Estou tão preocupada que não consigo chorar apenas tento acalmar meu pai que está tremendo. Me arrependo de não ter aprendido primeiros socorros com a minha tia que era médica, pelo menos eu saberia o básico, agora que estou desesperada sem saber o que fazer. Só espero que não aconteça mais para complicar tudo.

- Não achei nada. - Diz Ruby suspirando forte.

- E se formos olhar nas casas vizinhas?. - Tify pergunta apontando para o lado se fora.

- Vocês sabem, é perigoso!. - Digo. - Nós temos que ficar juntos, se alguma coisa acontecer com vocês quem vai me ajudar a cuidar do papai?!.

- Tudo bem. - Sei que Tify ficou com raiva de mim, mas eu não posso deixá-las sair sozinhas, não que elas precisem de mim, mas é realmente perigoso.

Tudo bem, pensa Cassie, você precisa de um plano.

Ok, papai está ardendo em febre, precisamos achar algum remédio que sirva para ele tomar, não especificamente remédios para febre, mas qualquer que possa contar sua dor. Se sairmos daqui agora talvez consigamos chegar no começo da cidade, onde vi várias lojas de coisas diversas, é bem provável que tenha uma farmácia por lá. Tudo bem a parte de como vamos conseguir os remédios está ok, agora só precisamos cuidar dos zumbis, não consigo expressar o ódio que eu tenho por essas criaturas. Infelizmente não vi nenhum lugar que nós possamos nos esconder enquanto pegamos os remédios, eu havai pensando em meu pai ficar no carro com alguém enquanto eu pego os remédios, mas mesmo assim chamaria a atenção dos zumbis, elas cercariam o carro e dificultariam nossa fuga.

Outro problema é que não sei se temos gasolina o suficiente se precisarmos fugir, os zumbis provavelmente vão nos seguir e provavelmente, nós teremos que achar outro lugar para ficarmos.

Agora meu pai ficou mais consciente, ele levantou-se e ficou olhando para o nada esperando algum dizer algo.

- Tudo bem... nós vamos ter que sair, a febre não vai passar se não tomar algum remédio, e se isso acontecer papai só vai piorar ainda mais.

- E o que sugere?. - Pergunta Ruby.

- Na entrada na cidade eu me lembro de ter visto várias lojas, é bem provável que tenha alguma farmácia por lá.

- Então vamos. - Diz Ruby. - Quanto antes melhor.

Pego meu bastão, minha pistola com poucas balas e saio na frente para matar os zumbis no caminho, ligo o carro e abro a porta para que Ruby e Tifanny possam entrar com o meu pai. Por sorte só precisei matar só um zumbi, não há muitos por aqui. Ligo o carro e saio cantando pneu dali, agora eu não sei se achamos um posto de gasolina primeiro ou se vamos até á farmácia pegar os remédios.

Até que essa cidade não está tão infestada assim, lógico que há zumbis por toda parte, mas não bandos assim como vimos em outras cidades. Ah outras cidades, sinto falta de Houston, mesmo com o apocalipse aquela floresta e aquele shopping eram minhas casas, tudo bem que não era o lugar mais seguro do mundo mas dava para viver bem. A floresta principalmente, era totalmente livre de zumbi (era o que achávamos). Até hoje não entendo como os zumbis nos acharam. Bem, é melhor eu não pensar nisso temos assuntos mais importantes para tratar.

Correr ou Morrer : Apocalipse Where stories live. Discover now