Capítulo 2- O início

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     Antes de sair deixo o almoço de Tifanny e meu pai na geladeira, não gosto que meu pai se preocupe com comida e Tiffany não sabe cozinhar sem ajuda de alguém. Eu até poderia deixar eles fazerem o almoço, mas não quero que meu pai fique se esforçando, então qualquer coisa que estiver ao meu alcance eu o faço, mas as
vezes sinto que estou o tratando como um "bebê", sinto que não estou dando liberdade para ele fazer suas próprias escolhas.
Um pouco antes de sair vou ao quarto de Tifanny, deixo um grande bilhete em cima de sua mesinha, alertando-a para não se esquecer de tomar seu remédio quando ela tinha 9 anos de idade foi diagnosticada com diabetes, isso foi um choque tanto para ela como para o resto da família, desde então ele tem tomar esse remédio todo dia, isso não interfere na vida dela, ela tem uma ótima alimentação, mas quando tira o dia para comer coisas gordurosas ou doces, tenho que ir para o hospital com ela. Eu não sei como ela não passou mal naquela noite da lasanha, mas graças à Deus tudo ficou bem.

Como de costume eu saí bem cedo de casa, mas tipo, eu gosto de ficar sozinha na "Betty's bread", aproveito para limpar as coisas ouvindo música enquanto ninguém chega, acho que sai cedo demais, demais mesmo, ainda está um pouco escuro e não vejo ninguém na rua.
Finalmente chego na cafeteria, bato na porta para Betty abrir, mas ninguém responde, bato outra vez e é ela grita dos fundos.

- Já vai. - Ela abre a porta e eu entro, hoje não tenho treino então não precisei vir com aquela bolsa preta gigante. Betty mora na própria cafeteria, esse lugar é uma herança da família dela, que já passou por vários tipos de comércios como mercearia, até uma loja de roupas, bem, nenhum desse deu certo mas Betty entende sobre essa coisa de Marketing por isso a cafeteria que leva seu próprio nome foi para frente.
Eu coloco minha bolsa na parte dos funcionários e volto para a entrada da cafeteria para começar a limpar. Limpo primeiro todas as mesas e depois os balcões, sempre deixo o chão por último, porque se eu fosse limpar as outras coisas depois de ter levado o chão eu só ia sujar mais, também não gosto de limpar quando tem clientes, acho que eles não tem consciência de como a gente se mata para deixar essa porcaria limpa, eles simplesmente entram com seus sapatos cheios de terra, ou mesmo molhados, isso me irrita muito, eu não fico quieta não, quando vejo alguém fazer isso eu digo "Sua anta, você não viu que o chão está limpo?". Talvez eu seja um pouco grossa?... sim, mas eu tenho que dar valor para o meu trabalho.
Já são quase 09:00 os outros funcionários acabam de chegar, comprimento Flora que chega sorrindo.

- E aí?, digo sorrindo.

- Ah Oi. - Ela retribui o sorriso.

- Chegou atrasada hoje.

- Ah droga, agora aquela bruxa vai tirar minha pele.

- Brincadeira, se você demorasse mais alguns minutos aí sim chegaria atrasada.

- Aí que susto Cassie. - Começamos a dar risada enquanto Flora limpa as mesas. Flora foi a única pessoa que me ajudou a lidar com Betty, ela é uma grande amiga minha, sempre incobre meus vacilos sem Betty perceber.
Horas se passaram e agora já são quase 12:00, quase nenhum cliente veio aqui hoje, realmente o movimento está muito fraco. Assim que acabo de falar isso entra uma senhora de aproximadamente uns 35 anos, eu vou até ela já com meu bloquinho de papel.

- Olá bem vindaa "Betty's Bread" o que deseja?.

- Vou querer só uma grande xícara de café, bem forte tá?.

- Tudo bem. - Ela tira um Netbook da bolsa e começa a mexer nele incontrolávelmente, suponho que seja sobre trabalho. Eu vou até a cozinha e entrego o pedido, que o cozinheiro faz na hora. Então assim que pego o café que ela pediu vou até a mesa dela, entrego o pedido e pergunto se ela vai querer mais alguma coisa.

- Ah não obrigada. - Geralmente eu tomo café de manhã e dias frios, hoje o dia está tão ensolarado que eu não sei como ela conseguiu tomar esse café "pegando fogo".
Eu estou organizando as coisas no balcão, Flora está limpando algumas mesas, então o sino da porta toca, vejo um homem de olhos escuros e um casaco preto, assim que o vi tomei um susto, ele não tira a mão do braço e me parece meio suspeito. Ele vem em minha direção e eu já fico com a mão no alarme caso ele tente alguma coisa.

Correr ou Morrer : Apocalipse Where stories live. Discover now