Capítulo 10- Não desanime

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       Eu já perdi as contas de quanto tempo passamos aqui, nao consigo mais identificar os dias, eu devia ter contado os dias desde o início agora só consigo ver as horas pelo relógio do meu pai, foi a única coisa que tem a ver com o tempo que sobrou.
A comida já está escassa, se bobear nós só temos uma sacola de comida pela metade, já se foram os salgadinhos, as águas de garrafa, os pães (que já eram poucos). Olho na sacola de comida, começo a vasculhar para tentar achar alguma coisa boa, só há duas latas de ervilhas, 1 de legumes enlatados e outras duas de sopa de tomate. Desde que esse apocalipse começou só venho comendo coisas com tomate, não vou negar eu adoro, aí mais o que eu não daria por uma pizza.

Todos estão por perto fazendo alguma coisa, Ruby está ensinado Tifanny a aprimorar o uso da faca, o que está ajudando porque Tify sempre aprendeu as coisas muito rápido. Meu pai provavelmente está procurando lenha para hoje á noite, por mais que seja bastante quente de dia, de noite faz muito frio, acho que é pelo fato de estamos um pouco no alto.
Chamo todos para dar a má notícia.

- Pessoal!. - Eles param seus afazeres e vêm na minha direção. - É o seguinte, a comida está por um "tris" para acabar, então a gente tem que pensar em um plano logo.

- AAA não, mais planos. - Tifanny começa a reclamar.

- Sim, vocês tem alguma coisa em mente?. - Pergunto. Todos ficam em silêncio. - Ah gente qual é? Eu também não posso pensar em tudo sozinha, somos sobreviventes não é? Então temos que trabalhar em grupo.

- Por aqui não tem jeito, eu e Tifanny já andamos a floresta inteira em busca de frutas, não achamos nada, nem estragadas. - Ruby diz colocando as mãos na cintura.

- Sério mesmo?. - Faço cara de desânimo.

- Sim, andamos por absolutamente todas as trilhas em busca de frutas. Afinal o que você ficou fazendo, enquanto nós duas ficávamos igual loucas procurando por comida?. - Não acredito que Tifanny já vai começar com seu cinismo.

- Eu estavam á procura de comida, algum animal, sei lá uma Lebre ou um Veado, qualquer coisa que tivesse carne. - Digo.

- E você Robert?. - Pergunta Ruby.

- Eu? Ah sim, eu tentei pescar alguns peixes, mas até agora nada. O que vamos fazer agora?. - Diz meu pai.

- Não sei, bem... Não vamos achar comida por aqui, vamos ter que sair não tem outro jeito. - Ruby diz arrumando sua barraca.

- Será que devemos?. - Pergunto.

- É claro que devemos, não temos outra escolha. - Ruby se levanta.

- O que você acham Tify?. - Ela apenas balança a cabeça fazendo em positivo. - E você papai?.

- Quer saber, devemos sair sim. - Ele diz com determinação.

- Quer saber também? Eu posso morrer a qualquer momento pelas garras de um zumbi, mas me recuso a morrer com fome... Então vamos nessa. - O senso de humor de Tify as vezes me faz esquecer que eu estou em um apocalipse (risos).

Começamos a arrumar as coisas, bem... Não vamos sair hoje, mas estamos só organizando tudo para caso haja algum incidente. Meu pai está arrumando o carro, ele diz que se tivermos que fugir algum dia temos que estar confortáveis.
Eu estou terminando de pegar as madeiras que meu pai havia deixado no chão, percebo que Ruby pega alguma coisa de sua barraca e vai na direção do meu pai, me aproximo para ouvir a conversa dos dois.

- Robert?... - Ruby pergunta ao meu pai.

- Ah, olá Ruby. - Ele sorri.

- Eu estava guardando isso, caso a situação ficasse ainda pior, pode ficar. - Ela está segurando uma garrafa de água mineral, algumas frutas e alguns enlatados até que bons. - Pode ficar, eu sei que você andou se recuperando um pouquinho, mas ainda não está cem porcento.

Correr ou Morrer : Apocalipse Unde poveștirile trăiesc. Descoperă acum