É uma casa portuguesa, com certeza!
É, com certeza, uma casa portuguesa!
Quando famílias dos mais variados cantos de Portugal se juntam, tudo pode acontecer. Comer. Beber. Conversar. Gritar. Apreciar. Cantar. Dançar. Uma casa nunca esta demasiado c...
Constança abanou a cabeça, baixando os ombros. – Em tudo o que disse, foi isso que decidiste reter?
Ele aproximou-se um pouco. Constança fitou os olhos azulados do rosto moreno. Passou a mão na barba clara e rala e suspirou. – Não percebo o motivo de tanto drama. – Ele sussurrou – Mário disse-me que te contaria e eu achei que não havia a necessidade de...
Constança baixou o olhar e riu. Manuel usava aquele tom baixo e rouco para a fazer esquecer e, quase sempre, conseguia. Mas não agora, não ali. Constança começava a ficar saturada de todos aqueles jogos e por muito que gostasse do rapaz, não conseguia continuar a ser tratada como apenas mais uma. – Eu não namoro com o Mário. E tu sabes que tenho razão, Manuel. Tanto sabes que tentas sempre compensar-me com estas surpresas fantásticas ou com fins de semana românticos. E isso é ótimo. É mesmo bom que faças isso porque fazes com que me sinta especial, por alguns momentos. Mas quando começámos a namorar, não assinei nenhum documento que dissesse que só podia estar contigo quando quisesses.
Manuel fechou os olhos, levando a mão ao cabelo. – Sinto que exiges demasiado de mim.
Constança encarou-o e encolheu os ombros. – Só quero que estejas aqui.
Ele encarou quem passava e prestava demasiada atenção à conversa dos dois. Se havia algo que ele detestava nos portugueses era o quanto conseguiam ser coscuvilheiros sem se importarem em disfarçar. – Nós nem dormimos juntos...
Constança arregalou os olhos ao ouvir o murmúrio. – Nunca estás aqui! E o mundo virtual ainda não chegou a tanto!
Manuel revirou os olhos, afastando-se. – Não tentes fazer de mim parvo.
-Não precisas da minha ajuda para isso, Manel! E não me venhas com conversas sobre sexo quando...
-Convives demasiado com a avó do Afonso. Ela começou a convencer-te de que...
-Pelo menos ela está sempre lá! – Constança interrompeu. Endireitou-se, segurando melhor a caixa com os pasteis e passou por ele. – Tenho de voltar ao trabalho. Acabou, Manuel. Agora quem não está sou eu. Cansei-me de esperar por ti.
Ele respirou fundo, vendo-a voltar ao seu papel de guia turística bem-humorada sem qualquer esforço. Levou as mãos ao cabelo e suspirou. Constança irritava-o profundamente em algumas ocasiões.
-Vamos ver o rio! – Constança falou, querendo afastar-se de Manuel. – Está bastante quente o tempo aqui em Águeda.
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
🌊 🌊 🌊 🌊 🌊 🌊 🌊 🌊 🌊
20/05/2017
-Então, minha querida? – Maria largou as cenouras ao ouvir a jovem fungar. – Que carinha é essa?