Capítulo #38

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Acordei um pouco desnorteada não sabia bem onde eu estava, não era um lugar claro, tampouco limpo, parecia um quarto, mas não era nenhum lugar que eu conhecesse. Fechei os olhos novamente, estava meio tonta, percebi que não tinha muita forças pra levantar, era estranho, mas logo pude entender o que estava acontecendo e na hora foi como um choque. Virei a cabeça e pude ver o Pedro sentado numa cadeira com as mãos na cabeça, ele parecia meio louco, os mesmos aspectos que ele estava na casa da Bruna. Eu pensei em gritar mas possivelmente estamos em algum lugar distante, isso seria a primeira coisa que ele pensaria, aos poucos comecei a sentir meu corpo, por incrível que pareça eu estava parada e não sentia forças para me mexer. Percebi o porquê de não conseguir me mexer, havia um vidro de remédio com vários comprimidos espalhados, claro que ele havia me dopado, tentei levantar e me toquei que uma de minhas mãos estava amarrada em uma corrente que se prendia a um gancho na parede deste lugar. Meu instinto de querer me soltar foi bem rápido e em vão, o máximo que eu conseguia fazer era ficar sentada na cama e me distanciar por poucos centímetros. Eu não sabia se seria melhor mostrar que eu tinha acordado, eu não tinha noção do que o Pedro estava querendo fazer, eu estava extremamente assustada com tudo aquilo. Não fiz barulho e nem deixei que ele percebesse que eu já tinha acordado, eu tinha que pensar no que fazer. Sem me mexer muito olhei para o Pedro, ele estava de cabeça baixa e parecia sussurrar, como se estivesse falando sozinho, eu me sentia cada vez mais perdida. Pude ver que o celular dele não estava tão longe da cama, vi ali minha única chance, fiquei pensando no que eu poderia fazer pra poder pegar esse celular, eu não alcançaria mesmo não estando tão longe, mas como minha última esperança estava ali, eu teria que tentar. Me mexi um pouco mais para que ele pudesse perceber que eu tinha acordado, ele veio em minha direção e, eu logo falei:
- O que tá acontecendo Pedro? Porque eu estou presa nessa cama? O que você tá pensando em fazer? Me solta daqui agora!!
- Eu não posso deixar você sair, porque você não tá bem meu amor, você tá delirando e acha que gosta de mulher, por isso eu trouxe alguns remédios que vão te curar, eu vou cuidar de você e te deixar bem de novo. - ele não parecia está em si, parecia tá drogado ou algo parecido, eu sabia que não iria adiantar conversar com ele.
- Pedro eu preciso que você me solte, eu não preciso de remédios, eu não estou doente, você que está ficando louco, ME SOLTA!! - ele veio em minha direção e me empurrou com força, pra minha sorte eu caí na cama. Ele começou a caminhar de um lado pro outro, e isso me deixava ainda mais nervosa, do nada ele saiu e trancou a porta, meu coração acelerou, do jeito que ele estava louco me deixar ali pra morrer poderia ser uma de suas opções. Eu comecei a chorar, o lugar não tinha nenhuma janela, eu nem sabia que horas era, um leve desespero começou a bater. Tentei me soltar mas era em vão, tinha correntes, cadeados e cordas, tudo isso me prendia, olhei ao redor tentando ver o que eu podia fazer, mas eu não podia fazer nada, porque estava praticamente estática. Percebi que o celular tinha ficado na mesa, era minha única chance, tentei chegar ao menos próximo à mesa, mas quanto mais eu forçava mais a corda me machucava, pude ver que meu braço sangrava e estava avermelhado, começou a doer e eu estava ficando sem forças pra tentar, os machucados estavam agravando e doíam cada vez mais. Mesmo com o braço cortado e sangrando, me estiquei o quanto pude pra pegar o celular na mesa, não foi o bastante apesar de está bem próxima, não cheguei o suficiente. Eu estava de cinto, e foi o que me ajudou, tirei o cinto do short o fiz de gancho e consegui derrubar o celular no chão e próximo a mim. Eu pensei em ligar pra polícia, mas não saberia como explicar, eu sabia que não devia, mas foi praticamente no automático, eu digitei o número da Rafa e começou a chamar, liguei 2x mas era em vão, tentei ligar pra Babi, foi em vão também, ouvi um barulho de carro chegando, possivelmente era o Pedro, eu não tinha mais tempo de ligar pra ninguém, salvei rapidamente o número da Rafa, mandei a localização e uma foto que pegava uma parte minha e o resto do lugar onde eu estava, digitei rápido: "socorro, o Pedro me amarrou aqui, me ajuda" - foi apenas o que deu pra mandar, quando terminei o Pedro abriu a porta e pôde me ver com o celular nas mãos, ele veio em minha direção, tomou o celular e viu a mensagem, em seguida me deu um tapa no rosto onde eu caí.

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⏰ Última atualização: Jun 09, 2018 ⏰

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