Capítulo #32

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Eu fiquei extremamente​ chateada com a atitude de Duda, eu achei que ela iria cogitar ficarmos juntas ou a menos tentar, mas a primeira coisa que ela pensou foi que não iria dá certo. Ela veio atrás de mim, veio correndo em minha direção, me chamou por diversas vezes, mas eu não olhei, até que ela me acompanhou e começou a falar:
- O que significa isso, Rafa? Você vai me deixar sozinha? É isso mesmo?
- Nossa, você não pensou que eu iria ficar sozinha não é?
- Você pode se colocar no meu lugar por pelo menos um minuto? Você tá sendo muito infantil e muito egoísta, minha vida tá desabando, não consegue ver isso!?
- E acha que eu te trouxe aqui por nada? Acha que não sei o que tá passando?
- NÃO! Você não sabe o que tô passando, sua vida sempre​ foi maravilhosa, um mar de rosas, eu tô vivendo um inferno e isso por causa de você!!
- Por mim!? Por mim!? Você tá se superando cada vez mais no que diz, eu nem sei onde.. - estávamos praticamente no meio da rua, em meio a essa discussão, pra nossa sorte a rua era praticamente deserta, ninguém parecia escutar ou ver toda aquela briga.
- Onde o que!? Diz, fala, fala, só falta agora você me comparar com Elisa!?
- É preciso? Você acha mesmo? Olha pra você, olha no que você transformou tudo que a gente viveu, você é indecisa, não sabe o que quer, eu não vou ficar te esperando decidir, por que se fosse amor de verdade, você não estaria em dúvida!! - eu pude perceber que ela começou a chorar, eu também já não segurava minhas lágrimas, aquele bate-boca parecia não acabar nunca.
- Sabe o que é melhor você fazer? Volta pra Elisa, vai viver a sua vida, vai lá e tenta ser feliz, eu nunca, sabe o que é nunca? Eu nunca vou esquecer as coisas que me disse hoje!
- Eu te digo o mesmo, eu não menti pra você, eu não disse que te amava em vão, eu não menti quando falei que queria ficar com você pra sempre, tudo que te falei é a mais pura verdade, foi tudo o que eu sinto por você, mas não foi o suficiente não é? Não é o bastante pra te ter comigo, e eu, eu não vou insistir, nao vou implorar pra que fique comigo.. Eu vou te acompanhar até sua casa e acabou por aqui. - aquilo me doía tanto, eu não sabia o que ia fazer depois, mas na hora só queria parar de brigar com ela.
- Não precisa, eu consigo chegar sozinha em casa!!
- Eu fui te buscar, eu vou te levar, eu só não quero continuar essa conversa..
- Eu só espero que consiga ser feliz depois de tudo isso, aliás, quer saber, eu não espero, eu espero que você pense em mim toda hora, enquanto estiver com ela!!
- Com ela? Ela quem, Eduarda!? Meu Deus, vamos parar né?
- Você sabe de quem tô falando, não vou te desejar felicidades, eu tô te odiando, mas vou fingir que não, porque não quero parecer fraca na sua frente. - eu não consegui conter um sorriso bobo e incerto que aquelas palavras me causavam, mas agora eu que não queria voltar atrás. Fui pegar a bicicleta que não estava muito longe, Duda me acompanhava e eu não a entendia, peguei a bicicleta e ela parou na minha frente, seus olhos ainda tinham umas poucas lágrimas​, seus cabelos estavam colados em seu rosto, ela chegou bem mais perto, a bicicleta ficava entre nós duas, ela então aproximou-se do meu rosto e sorriu, mas não era qualquer sorriso, era o sorriso mais lindo que já pude ver, parecia que eu estava perdida e naquele momento algo me iluminava, seus lábios tocaram o meu, foi um beijo leve, ela parecia me testar, pra ver se eu também queria e apesar de tentar ser forte, apesar de tentar resistir, eu amava aquela garota, amava de uma forma surreal, não demorou muito e eu quem a beijei​, eu não era tão doce quanto ela, a beijei com vontade, com desejo, ah como eu a desejava, mas algo estava estranho, foi quando lembrei que a bicicleta ainda nos atrapalhava, parei o beijo, a olhei e juntas olhamos pra baixo logo começamos a sorrir. Ficamos ali no parque por mais algumas horas, sorríamos como se nada estivesse errado, as horas passavam devagar, nada parecia nos abater. Depois de um tempo naquele parque, o dia ficou meio sombrio, era provável que iria chover e não iria demorar, pelos meus cálculos não iria dá tempo de chegarmos na casa dela. Pegamos a bicicleta e tentamos ir rápido, mas a chuva já tinha começado e os pingos ficavam cada vez mais fortes. Lembrei-me de que
Bruna morava por alí, era minha única saída, mandei mensagem e ela me falou que eu podia ir e que ela estava sozinha em casa, íamos nos molhar, mas a chuva ficava cada vez mais forte e não podíamos ficar alí, Duda mal conhecia a Bruna e não se animou muito em ir, mas não tínhamos escolha, em 5 minutos estávamos lá. Bruna nos mandou para seu quarto, para que pudéssemos nos secar, estávamos completamente molhadas. Eu sei que a situação não era favorável, sei que nada estava bem, mas aquela oportunidade com Duda me deixava com muito desejo. Não me contive, antes mesmo que ela tirasse a roupa, fechei a porta e a encostei na parede, comecei a beijá-la, ela parou um de nossos beijos, me olhou nos olhos e falou:
- Não para.. - era o que eu precisava escutar, eu comecei a beijá-la e logo minhas mãos estavam em seus peitos, foi questão de segundos pra minha boca está lá também, eu sabia que o tempo era pouco e ela parecia saber disso também pois não cogitava parar em nenhum momento. Não parávamos de nos beijar, ela gemia no meu ouvido, eu a apertava, ela sussurrava e eu pegava em quase todo seu corpo, mas ainda não tinha chegado na melhor parte e quando enfim coloquei a mão por baixo da sua saia, pude sentir ela bem molhada, quando ela sentiu meus dedos deu um suspiro ofegante e quando finalmente íamos... A Bruna bateu na porta dizendo que alguém estava chamando a Duda lá embaixo, eu não podia acreditar que aquilo tava acontecendo.

RafaElaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora