Capítulo #13

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A voz mais uma vez falou o nome de Duda, o que a deixou ainda mais assustada, de repente a porta se abriu, e cada a vez que a porta se abria, Duda ia se afastando, por um instante eu fiquei confusa, a porta se abriu por inteira e eu pude ver quem era, era um rapaz, eu não o conhecia, assim que Duda olhou pra ele uma lágrima caiu do seu rosto, eu nem parecia está ali, eles se olhavam fixamente, um silêncio tomou conta do quarto, até que Duda quebrou o silêncio e falou chorando:
- O que você ta fazendo aqui, Pedro?
- Duda, eu vim te ver..
- Mas eu não quero te ver, sai do meu quarto, sai da minha casa, sai daqui, agoraaa!! - eu fiquei bem assustada e surpresa com o modo que ela falou com ele, eu não estava entendendo nada, mas me aproximei dela e falei com calma, olhando pra ele:
- Acho melhor você ir embora, cara! Ela não ta bem e você está a deixando pior..
- Não se intromete, ela é minha namorada, você fica fora disso, inclusive, você pode sair pra eu conversar com a Duda? - eu olhei pra Duda, que não hesitou em falar:
- Ela vai ficar e você quem vai embora, eu não sou sua namorada, esqueça que um dia eu fui e agora sai daqui!!! - Duda falou tao alto, que sua mãe escutou e chegou no quarto:
- O que ta acontecendo aqui? Que gritos são esses?
- Mãe, pede pro Pedro ir embora, por favor!! Eu não quero vê-lo ou falar com ele!!
- Mas porquê, filha?
- Nós não estamos mais namorando, pede por favor pra ele ir embora!! - Duda estava falando bem nervosa.
- Pedro, ela não está bem, depois vocês conversam, ela passou por um trauma muito grande, melhor deixar passar.. - ele acenou a cabeça e foi embora, quando a mãe dela chegou no quarto, ele parecia outra pessoa, estava bem calmo e não falou nada, parecia que não era ele. Pedro foi embora junto com a mãe de Duda, que o levou até a porta. Ficamos sozinha e ela foi em minha direção e me deu um abraço forte, não era uma abraço qualquer, era um abraço que parecia que éramos uma só, eu fiquei sem saber o que fazer, mas logo sabia, a abracei forte, para que ela se sentisse protegida, percebi que ela estava chorando, uns pingos caíam sobre meu ombro, eu quase fraquejei e chorei também, mas alguém precisava ser forte, ela limpou o rosto e me soltou devagar, olhou pra mim, mas não quis me encarar, ela estava sem jeito. Eu comecei à falar, pois mais uma vez o silêncio tomou conta do quarto:
- Vamos conversar agora?
- Eu não tenho mais cabeça pra nada.. Inclusive acho melhor você ir indo embora..
- Nossa, eu achei que.. Tudo bem, eu já vou..
- Desculpa, desculpa tudo que aconteceu aqui! E eu acho melhor você não vir mais aqui na minha casa, eu não quero que nada de mal te aconteça, eu gosto de você!
- Gosta de mim e está me expulsando da sua casa? Difícil entender esse seu jeito de 'gostar'.
- Você não entende, eu quero te proteger! E o melhor é se afastar de mim.. Vai ser melhor pra nós duas..
- Você vai voltar com o Pedro?
- Porque ta perguntando isso?
- Para de me responder com outra pergunta!
- E se eu disser que não? Desculpa, não vou mas perguntar nada, você ta me deixando confusa e sabe porquê..
- An? Eu sei? - meu coração por um instante acelerou, minha vontade era de agarrá-la. Mas ela insistiu pra que eu fosse embora, e eu não quis contrariar.
- Eu to falando sério, melhor você ir, eu não sei o que ta acontecendo entre nós duas e isso ta me deixando louca!
- E porque você não quer tentar?
- Ta falando sério, Rafa? - eu engoli seco na hora.
- Não, eu não to falando sério e inclusive já to indo.. - peguei minha mochila e quando eu estava abrindo a porta, ela segurou minha mochila que estava na minhas costas, eu parei mas não olhei pra trás, fiquei ali parada, esperando que ela fizesse algo e ela fez, me virou e me deixou na sua frente, quando olhei pra ela, eu não me contive, cheguei ainda mais perto dela, tirei seu cabelo do rosto, a toquei devagar por conta de seus machucados, meu coração estava bem acelerado, eu então toquei seus lábios devagar, eu aprecia está num outro mundo, nos beijamos bem calmamente, ela tinha gostado do meu beijo, na medida que eu ia terminando um beijo, ela continuava o que não me deixava nem me afastar, eu fui a encostado na parede, antes que eu tentasse algo, eu parei e a olhei nos olhos, fiz sinal de positivo, pra que ela consentisse eu de continuar, ela balançou a cabeça como se dissesse 'sim' e falou:

- Não quero saber, quero sentir! - aquilo me deixou louca, eu partir pra cima e lhe dei um beijo de novo, estávamos bem envolvidas e aquilo estava fora do comum, parecia minha primeira vez com uma garota, de tanta vontade que eu estava, mas paramos assustadas e surpresas pois a porta se abriu sem que nós tivéssemos percebido.

RafaElaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora