Peças Intímas

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Denver, Colorado.

Casa Da Lauren.

POV Narrador

O liquidificador era uma das poucas coisas que faziam mais barulhos na casa de Lauren. No almoço Normani não conseguiu cozinhar, então teve a brilhante ideia de fazer alguma vitamina.

Por sorte Lauren gostava e não se importou. A pobre menina estava com o rosto vermelho de tanto procurar o guaxinim em sua casa.

Mas o animal era esperto, ele sabia todos os atalhos e por ser pequeno, não era muito notado quando passava se arrastando.

O que mais afetava a Jauregui era a música que fazia sempre que o guaxinim abria o cartão, que por sinal não foi solto pelo mesmo.

" – Aqui, Laur."

Normani entregou o copo com a vitamina para a sua amiga, que estava sentada no sofá com uma arminha de brinquedo que atirava balas de plástico com cola na ponta.

" – Obrigada." Lauren falou, bebendo grandes goles, respirando fundo. " – Allyson conseguiu me fazer ter raiva dela a quilômetros de distância."

" – Esquece essa música." Mani se sentou ao lado da mesma, preocupada.

Assim que disse isso o som tocou novamente, fazendo a pequena Jauregui rir, provavelmente de nervosismo.

" – Quanto tempo dura a pilha disso?" Ela perguntou, esfregando seu rosto, ato que bagunçou sua sobrancelha.

" – Mais umas três horas." Mani avisou, fazendo sua amiga reclamar, e se deitar no sofá, cobrindo o rosto com a almofada.

4 horas depois

Denver, Colorado.

Casa Vizinha

POV Camila Cabello.

Cheguei do estágio no hospital em que Dinah também participava. Estava completamente cansada. Todas aquelas informações sobre medulas e ossos foram pesadas para um primeiro dia.

Não que eu esteja reclamando, medicina agora é como sangue para as minhas veias. Mas falta uma semana para o natal, tinha mesmo que ir hoje?

" – Você viu como aquele velhinho era simpático." Dinah guardou sua bolsa, desfazendo o coque em seus cabelos. Ela teve sorte, seu trabalho foi apenas cuidar dos remédios de alguns pacientes.

Eu por ser novata, tive que ter presença em uma aula sobre vertebras e ainda me apresentar e conhecer todo o hospital.

Consigo ser tímida quando quero, e lugar novo com diversas pessoas era perfeito para eu ser a querida Karla. Sim, esse era o meu primeiro nome, eu me chamo assim quando estou envergonhada ou para dentro.

Quando adolescente, Sinu e meu pai me acostumaram com esse nome, mas agora que estava na América, deixei muito claro que minha primeira mudança seria essa.

" - Eu só tive olhos para a grande papelada de prova que tive que fazer." Assumi, retirando minha blusa, subindo as escadas para o meu quarto. No meio do corredor ouvi um barulho estranho e me virei, procurando por minha amiga.

" – Dinah?" Gritei ela.

" – Estou na cozinha preparando algo para comer." Ela me avisou e eu franzi o cenho, estranhando o fato de não ter sido ela a dona do barulho.

Tirei o salto do meu pé. Apontando para a porta no final do corredor. Que por sinal era a minha. Analisei cada parte da casa com cuidado.

" – Tem alguém ai?" Perguntei alto, batendo minha mão na porta. " – Se tiver, não precisa responder, foi uma pergunta clássica." Avisei, girando a maçaneta e empurrando a porta com o salto.

Uma Vida Para Amar - Lia JonesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora