Vampira

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Denver, Colorado.

Casa Da Lauren.

POV Lauren Jauregui.

Depois de uma semana tendo rotinas que para mim antes era uma das melhores coisas, agora estava mais que enjoada. Jogar nunca foi tão chato.

Estava experimentando algumas das minhas roupas no guarda roupa, minha mãe insistiu que preto era bonito mas não era a única cor do mundo.

Mas ainda assim, preferi experimentar as mais escuras, como marrom e azul marinho primeiro que as clara. Era o meu gosto.

Terminava de abotoar os botões de uma camisa feminina quando escutei um barulho de caminhão. Estranhando o som pelo fato dessa rua ser extremamente calma, caminhei até a janela, olhando o movimento suspeito da casa vizinha.

Não imaginei que alguém mudaria tão rápido para cá. As despesas são bastante caras, não que eu deveria me importar com a renda deles, mas quem poderia ser?

Analisei melhor cada coisa que os grandes homens levavam para dentro. Havia caixas com diversas decorações, desde quadros, bonecos de porcelana, livros e outras coisas.

Depois de algum tempo olhando – talvez por eu não ter muito o que fazer –, um carro se aproximou, estacionando perto do caminhão.

Forcei melhor minha visão, vendo duas garotas bonitas saírem de dentro, uma loira e uma com características latinas. Tive certeza quando ela se virou de costas.

" – Céus." Sorri maliciosa.

Cruzei meus braços analisando os movimentos da latina, ela parecia mais nova, talvez uns 20 ou menos. A pergunta que não me queria sair da mente era o que as duas eram, namoradas? Irmãs? Amigas?

Quando a menina se sentou no caminhão e abriu os braços eu sorri sem querer, pela felicidade que ela demonstrava ter.

Mas meu sorriso virou uma gargalhada quando a mesma caiu de cara no chão, sujando o fofo cachecol que estava em seu pescoço.

Ainda com o sorriso no rosto, continuei observando seu jeito engraçado e ainda assim, sexy. Mas infelizmente a mesma me encontrou, deixando uma marquinha em sua testa por franzir o rosto.

Ouvimos um grito e quando a latina olhou para saber de onde vinha, aproveitei para me afastar da janela, não queria ser bisbilhoteira, nunca fui de observar a vida dos outros, detestava.

Mas por um acaso eu me interessei por essa garota. Só tinha um problema, é muita ilusão imaginar que teria alguma chance com ela, não que eu esteja com a auto estima baixa, longe disso.

A questão é, como se namora alguém quando está isolada em uma casa com mais de sete ar condicionados para purificar o oxigênio que eu respiro, sou como um peixe em um aquário, uma raposa em um zoológico, um amor em um coração.

" – Eu deveria escrever isso." Pensei comigo mesmo quando pensei em algo tão filosófico.

Abri a porta do meu quarto, descendo as escadas depois de passar pelo corredor. Encontrei Normani mexendo no celular e me aproximei dela, me sentando no sofá da grande sala.

A lareira estava ligada, dando um ar bem gostoso no ambiente e eu aproveitei para relaxar um pouco até que minha amiga percebesse que eu estava aqui.

" – Laur?" Ela olhou para mim depois de uns três minutos. " – Eu não percebi você chegando."

" – Não faz muito tempo." Dei de ombros. " – Estou entediada Mani." Confessei respirando fundo.

" – Ah Laur, eu imaginei." Ela se levantou agachando ao meu lado no sofá. " – Olha só. Eu tive uma ideia, porque não desenha alguma coisa? Clara me falou que você era uma artista de primeira quando pequena, mas depois que descobriu o futebol parou de praticar."

Uma Vida Para Amar - Lia JonesOnde as histórias ganham vida. Descobre agora