Resiliência

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Todos os porquês foram questionados por Regina no primeiro dia

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Todos os porquês foram questionados por Regina no primeiro dia. "Por que ele me abandonou?" "Por que Gold roubaria uma criança?" "Por que não desconfiei de nada?" Enquanto dirigia, procurava respostas na sua própria cabeça para questões que ela nem sabia se eram reais.

Depois da negação, no mesmo dia, sentiu raiva. O desprezo inundou seu interior e ela não sabia como reagir. Sentiu-se como um objeto ignorado, portadora de todas as injustiças do mundo. Felizmente, sua verdadeira face não havia partido, estava lá no fundo de si nadando contra a corrente que a Regina do passado causava. Nadou e chegou ao topo. Encontrou apoio em Emma e Zelena.

Encontrou apoio em si.

No segundo dia, os sentimentos existiam, mas eram cobertos por um desejo crescente de entender tudo. Tentou acobertar algum tipo de raiva com a compreensão, mas parecia distante demais. Decidiu descobrir, ouvir.

A conversa com Gold não precisava ser mais evitada. Viveu sua vida com dúvidas internas e agora que tinha respostas, não poderia deixa-las para trás. Regina teve uma escolha e a fez. O quase monólogo foi intenso, esclarecedor e diria, quase assustador. Cada letra que saia da sua boca era recriada numa linha do tempo em movimento na cabeça da morena. Ela finalmente podia responder todos os porquês do dia anterior.

Apesar de ter ouvido tudo e confirmado a realidade, a vida parecia distante. Era informação demais. Vomitou todas as palavras de seu pai junto com o que havia comido antes. Ansiedade. Nervosismo. Choque. Realidade. Foi ali, na sua antiga casa, que Regina conheceu a sua história.

Depois de chorar no colo da namorada, Mills sabia que não havia nada para ser feito naquele momento. Lavou sua boca e voltou para o chão olhando para Emma. Permitiu um sorriso fraco tomar seu rosto e limpou as lágrimas. Swan a abraçou, compartilhando do silêncio que a morena precisava.

- Segunda vez em dois dias que sento no chão do banheiro. Acho que não estou criando boas maneiras – Regina brincou, cortando o silêncio.

- A casa do seu pai não pode estar mais que um brinco. Relaxe! – Elas riram.

- Que loucura, né?! Você achou que namoraria a personagem principal de um livro de drama?

- Eu sabia que precisava de alguma agitação na vida.

Emma e Regina compartilharam uma risada. Sabiam que não existe nada melhor que rir de si mesma quando a situação parece pesada demais. Puxaram o ar movimentando a cabeça em sinal de "não" e se calaram. De mãos dadas desde que Regina se sentou, continuaram até que alguém bateu na porta e entrou.

- Tudo bem com a menina Regina? – O tom era preocupado e a expressão entregava a difícil decisão de ir ou não até a antiga suíte de Mills.

- Sinto como se o alfabeto dançasse música eletrônica na minha cabeça, porque as palavras passam e repassam incontáveis vezes e dói um pouco. Como se não fosse o bastante, meu estômago está um horror. Mas estou bem.

SoulMate #FINALIZADAWhere stories live. Discover now