Despedaçada

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Oi meus amores.

Queria agradecer a todas (os) que continuam nessa caminhada com nossas meninas.

Meu coração está doendo depois de escrever esse capítulo, mas ele é muito importante para o que eu quero dizer depois. Espero muito que vocês curtam.

Eu escrevi ouvindo Giving You Up, da Miley. Talvez seja uma boa pedida para quem gosta de ouvir algo enquanto lê.

Bora lá!

Encontro vocês nos comentários

ps: ainda não revisei, então sorry

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Dizem que sua vida toda passa por você no momento da sua morte, que as lembranças são como um trailer editado e preparado para este momento. Como num flash, você se lembra de tudo o que viveu, seus maiores sonhos e tormentas. Porém, naquela madrugada eu tive essa visão e não era a minha morte. Talvez não literal.

As pessoas criam projetos e propósitos – quase sempre - na intenção de incluir mais uma pessoa neles. Constroem intimamente sonhos familiares e seguem dando o seu melhor pela reciprocidade. Tá aí. Acho que foi aí que eu me perdi. Diante da minha cama, no meu próprio quarto, procurei por respostas em coisas que não haviam nada além de dúvidas. Encarei psicologicamente cenas de toda a minha vida com a esperança de encontrar alguma explicação para o que eu estava sentindo no momento, mas nada pareceu aceitável.

O momento que passou tão rápido em números reais foi como câmera lenta para mim. O tempo de abrir os olhos e enxergar, não só o que eu via, mas além daquilo, foi o suficiente para fazer evaporar todo o álcool que eu carregava no sangue. Eu poderia sorrir sobre o desperdício de canela que aquilo gerou. Poderia dormir simplesmente com a sensação de ondas pelo corpo e acordar querendo matar Zelena por me deixar beber tanto.

Mas não.

Tudo o que eu consegui foi soltar um "Robin" alto o suficiente para que acordasse.

Com os olhos saltando do rosto, Robin acordou: - Regina?! Mas o que... O que você está fazendo aqui?

- Como assim, o que eu estou fazendo aqui, Robin? Eu moro aqui! – Já estava falando mais alto que o que queria, mas não ligava – Este é o meu quarto, a minha cama. A propósito, cama que um dia foi nossa. Nunca pensei que você fosse tão baixo. – Meus olhos ardiam pelas lágrimas salgadas que se acumularam.

- Não é nada disso que você está pensando!

- Não me venha com esse clichê barato! – Tentei falar alguma coisa, mas gelei quando o motivo do meu pesadelo se esticou na cama, deu um sorrisinho e acordou.

- Com quem você está falando, meu benzinho? – Ela olhou diretamente pra o Robin que a olhou assustado e depois ambos moveram seus olhos para mim. Quando achei que aquele momento não poderia ficar pior, seu sorriso engrandece e ela solta: - Oh! Regina! Não sabia que você já tinha chegado. – Ingrid falou simplesmente enquanto descia o olhar para as minhas vestes, ou melhor, a falta delas.

Meu coração parou por um momento assim que me lembrei do combo de humilhações para uma noite só. Tentei balbuciar alguma coisa, mas estava em um transe complicado de livrar. Robin parecia desesperado na minha frente, tampando Ingrid com o lençol branco que contribuía na maciez da minha cama. Ela? Nunca vi tanta tranquilidade em uma pessoa só. Conseguir reagir assim que meu marido conseguiu fazer sua amante levantar e veio até mim. Ele pegou nos meus dois braços e tentou olhar dentro dos meus olhos. Era difícil demais acreditar que aquilo era real.

Robin falava alguma coisa no mesmo momento em que eu olhava para um ponto cego no quarto. Queria correr, pegar minhas roupas e encontrar abrigo em qualquer lugar distante do olhar analisador da loira próxima de mim.

SoulMate #FINALIZADAWhere stories live. Discover now