12. Rotineiro

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Baekhyun havia esquecido como era a sensação de acordar sorrindo, contudo com o decorrer dos dias ao lado de Chanyeol, isso acabou se tornando comum. Obviamente, eles não faziam nada na frente dos gêmeos, não queriam confundir as crianças com sentimentos que sequer conseguiam distinguir ainda.

Porém, seu bom humor foi percebido até no trabalho, nas vezes em que saia mais cedo só para jantar com os sobrinhos e na leveza ao andar.

O Byun se sentia mais tranquilo, tendo a certeza de que nada iria tirar seus pequenos e sem mais mentiras. Até encontrou com Taeyeon uma vez para conversar e ligou para a mulher, pedindo a receita do bolo que fez para seus sobrinhos. Ela se mostrava o mais atenciosa possível consigo, havia se tornado uma amiga.

Falando nestes, Jongin, Sehun e Kyungsoo invadiram o apartamento do empresário para uma tarde regada de risadas e muito canseira nos mais velhos, é claro, já que os gêmeos sempre pareciam dispostos a mais uma — só mais uma — brincadeira.

Os dias se passaram de uma forma tão tranquila que era até fácil ir esquecendo aos poucos dos problemas passados, dos medos, das inseguranças, dos motivos que tornaram uma aproximação com Chanyeol tão difícil. E o resultado — para a felicidade de grandão — eram diversos beijinhos escondido, alguns banhos na banheira do Baekhyun — depois de colocar os gêmeos na cama e com direito a lavar os fios negros, tendo a adorável visão de um Chanyeol quase ronronando com seus toques — dormir bem juntinho, acordar com aquele calorzinho gostoso ao lado e, principalmente, no coração.

Todavia, quando estamos acostumados com uma realidade boa, os problemas chegam de forma sorrateira. Então ao ver o nome do Park na tela do seu celular, Baekhyun sorriu pequeno indagando o motivo para receber uma ligação no meio do dia, até teve um pensamento bobo sobre saudade e coisas clichês que antes se achava imune.

Contudo, percebeu que algo estava errado quando a primeira coisa que ouviu foi um choro.

— Chanyeol? — disse ao telefone de forma urgente, e Yoora, que estava na sua frente repassando alguns pontos de uma reunião que haviam voltado, lhe encarou preocupada.

— Baekhyun, algo aconteceu.

— O que houve? .

— Estou indo para o hospital com os meninos, mas não surte Baek-

— HOSPITAL? O QUE ACONTECEU? — O Byun se levantou, já pegando a carteira, as chaves do carro e até procurou o celular, pois de tão ansioso esqueceu que estava usando o aparelho.

— Calma, Seoeon está passando mal, ele vomitou a tarde toda, eu tentei dar um remédio, mas não passou.

— Por quê?

— Acho que foi o achocolatado que levou para escola, a embalagem estava na lancheira e eu vi que já tinha vencido.

Baekhyun se xingou, ele comprou aquilo, mas não reparou na validade. Sua mente já pensava em formas de processar o mercado, a marca, o diabo a quatro se seu sobrinho estivesse doente por causa disso.

— Estou no viva-voz, não posso demorar pois estou dirigindo, vou para a emergência infantil no centro da cidade, achei melhor avisar.

— Claro, chego em alguns minutos, não é longe daqui.

— Tudo bem, vou desligar.

A chamada foi encerrado e o Byun correu pela sala, preocupado com seu pequeno Seoeon, o mais manhosinho e carente dos meninos. 

Seu bebê.

— Yoora, me manda o que for necessário por e-mail, não volto mais hoje.

— Claro, senhor Byun, eu tomo conta de tudo, é uma emergência.

Confusão em dobroWhere stories live. Discover now