8. Incertezas

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— Vamos lá, Baek!

— Não, claro que não. — Exclamou ao telefone, só tinha amigos loucos.

— Hoje é sexta-feira, eu passo na sua casa mais tarde, pego os meninos, a gente faz uma festa do pijama lá em casa. Amanhã vamos ao shopping comprar o presente que eu prometi e, de tarde, levo eles de volta.

— Jongin, acho que você está aspirando muito pó dessas maquiagens que te obrigam a passar.

— Baekhyun, você é um dos meus melhores amigos. — O modelo disse sério, do outro lado da linha. — Sabe que meu maior sonho é ser pai.

— Eu sei, Nini.

— Mas Sehun se acha incapaz, ele pensa que não vai conseguir. Os meninos adoraram ficar com a gente, então, se eu conseguir mostrar para o cabeça-dura do meu namorado que podemos dar conta, talvez não seja tão difícil convencê-lo de tentar adotar, o que em si, já vai ser muito difícil.

Baekhyun suspirou, a voz de Jongin estava tremida, como se estivesse a ponto de chorar.

Quantas vezes já presenciou discussões do casal por aquele mesmo motivo? Sehun é novo, está começando a trabalhar ainda, mas todo o processo de adoção precisa ser muito bem planejado. Sabe que Jongin não deseja adotar em poucos meses. Talvez, demore um ano ou dois. Só que, para isso, precisa convencer Sehun.

— Eu tenho medo.

— Não vou deixar nada acontecer com eles, eu fico com seu carro que já está equipado e vou cuidar deles como todo carinho e preocupação, sabe disso.

— Vou perguntar para eles, não posso forçar os dois a fazerem isso, ok? — Cedeu o loiro.

— Obrigado, Baek, de verdade.

— Você nem sabe se eles vão querer.

— Mas está confiando em mim, só por isso, eu sou muito grato. — disse em tom choroso.

— Nini, vai comer um dos seus chocolates que você está precisando.

— Vai à merda.

— Também te amo, te ligo depois que conversar com os meninos.

— Te amo, Baekkie.

O empresário se jogou na cadeira giratória, pensando sobre o que fazer. Ama e confia em seus amigos, porém, ao mesmo tempo, sentia uma dorzinha no coração ao se ver afastado dos sobrinhos, mesmo que por menos de 24 horas.

Seria essa a sensação de proteção e paternidade?

Baekhyun não sabia explicar, mas decidiu pensar sobre isso depois do expediente, tinha muitas coisas no trabalho para fazer.

(...)

— Seoeon só come se der para ele na boca e Seojun não dorme se não der um beijinho de boa noite. Falando em dormir, nada de deixá-los acordados até tarde, dez horas eles têm que estar no décimo quinto sono já, entendeu? Seoeon gosta de suco pela manhã, mas o Seojun prefere achocolatado.

— Tudo bem. — Jongin sorriu grande.

— Tem certeza que vão conseguir dormir fora? — Baekhyun se abaixou para ficar altura dos sobrinhos.

— Quero ficar com o Hunnie e o Nini. — Seoeon falou feliz.

— Quero presente. — Seojun foi direto, fazendo os adultos rirem.

— Cuide bem dos meus sobrinhos. — Avisou em tom de ameaça.

— Eu vou, Baekhyun, não se preocupe.

Confusão em dobroOnde histórias criam vida. Descubra agora