Adrian é um homem cheio de traumas. Viveu as piores experiências que uma pessoa pode viver e acabou se tornando alguém frio, arrogante, louco...completamente desequilibrado. Após uma série de crimes ele foi preso, mas não parou por aí ele continuo m...
Medo. Muito medo na verdade é o que sinto. Já estava nervosa por conta da luta, mas nunca imaginaria que seria arrancada a força daquele lugar e veria meu amor ficar para trás. Meu rosto ardia pelo tapa doloroso que levei, assim como meus olhos que já queimavam pelas lágrimas que não paravam de descer. Gritei. Esperniei. Mas logo tudo começou a ficar escuro quando um dos homens tampou meu nariz com um lenço e um odor muito forte me deixou zonza me fazendo apagar.
Acabei de despertar sentido muito frio, me dou conta pelo barulho que estamos em um avião. Sinto um incomodo em minha boca e é porque ela está tampada com uma fita. Assim como minhas mãos. Meu coração acelera com o desespero que me invade. Encaro tudo apavorada principalmente ao ver três homens de preto sentados nas poltronas e um a minha frente. Ele se mantém neutro não esboçando nenhuma reação por me ver acordada. Me balanço e tento falar, mas sei que é inútil.
Meus olhos se enchem de lágrimas, encaro o homem em súplica para que ele me solte, porém, ele não se abala com meu desespero. Fecho os olhos deixando as lágrimas fluírem, penso em Adrian, e se ele conseguirá me achar ou...tento espantar os pensamentos horríveis que me invadem.
Chorei boa parte do tempo até que dorme de exaustão. Eles não me deram nada para beber ou comer nesse período só me deixaram presa e me cobriram com um agasalho felpudo que aplacou um pouco o frio.
Fui acordada sem uma gota de delicadeza e assim que sai do avião, logo me fizeram entrar em um carro enorme e preto. Simplesmente não via motivo para lutar ou ser imbecil e acabar levando um tiro na testa, então só me deixei ser levada, seja lá para onde eles estejam me levando. Só espero que Adrian me encontre logo.
Me sinto tão cansada como se tivesse corrido uma maratona, meu corpo dói, minha boca seca já não aguenta mais essa fita.
- Hu..hummm.- tento chamar a atenção de um dos miseráveis que está do meu lado, mas ele simplesmente me ignora. Suspiro vencida e volto minha atenção para o lado de fora do carro que segui uma pista cercada por árvores dos dois lados, foco minha atenção na paisagem para ver se me destraio. Passou cerca de 15 minutos, e o carro parou em frente a um portão preto enorme, após o motorista falar em Russo com o cara da portaria. Não sei se de nervoso, mas acabo de sentir um arrepio na coluna ao adentrar a propriedade gigantesca.
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O carro segue para o segundo lado da mansão, indo para a parte do fundo e isso com certeza não é algo bom ou eu teria ficado lá na frente e entrado como convidada. Deixa de ser doida Gessica! Olha sua situação, nem de longe parece com a de uma convidada especial, mas pareço um animal sendo levado ao abate ...ai senhor! melhor eu parar de pensar, isso só me deixa com mais medo.
Encaro tudo apavorada, principalmente agora que seguimos o que parece ser um corredor de uma prisão e entramos em uma sala de paredes em um tom de cinza escuro com apenas uma cadeira no centro, sinto a energia pesada que essa sala transmiti que faz meu coração acelerar me trazendo aquela sensação de sufocamento, como se as paredes fossem se fechar e me esmagar, dou passos para trás não querendo entrar aqui, mas sou empurrada com força e sentada de vez na cadeira de aço extremamente gelado.
