Adrian é um homem cheio de traumas. Viveu as piores experiências que uma pessoa pode viver e acabou se tornando alguém frio, arrogante, louco...completamente desequilibrado. Após uma série de crimes ele foi preso, mas não parou por aí ele continuo m...
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Esta perto do horário do banho, retiro minha camisa, começo a fazer vários exercícios, início por abdominais e ainda tem outros. Termino os exercícios estou lavado de suor. Ouço a porta ser destravada, o enfermeiro veio me busca, sou algemado como sempre e levado para o banheiro. No caminho passamos por vários corredores, paro assim que vejo a doutora. - Vamos! Continue andando...- O enfermeiro fala impaciente, olho de cara feia para ele por cima dos ombros. Ignoro ele que também olha na mesma direção que eu.
- Hei, doutora! Vêm, tomar banho comigo!- Chamo a atenção dela que me encara e balança a cabeça me ignorando, voltando a falar com a enfermeira. Riu adorando provoca-la e sigo para o banho.
Voltei para o quarto e está perto do jantar ser servido. Hoje é dia de consulta, mas até agora a doutora não mandou me chamar, depois do que rolou entre a gente ela ficou mais fechada, porém, eu continuo agindo do mesmo jeito, nas duas últimas consultas nós quase nos beijamos novamente. Parecemos dois adolescentes tímidos. No caso ela, pois eu estou louco para pegar ela de jeito. E esse jogo de sedução de pega não pega só me deixa mais insano, quando eu pegar essa mulher...ahh melhor nem falar.
Já vou fazer dois meses sem tomar remédios, parece que a doutora estava certa. Eles não me ajudavam em nada, exceto por me deixar menos sentimental, odeio essa versão de mim, gostava de não sentir nada.
Porém me sinto mais ativo, tento me policiar para não fazer nenhuma loucura o que é difícil sendo eu. Esta aqui por enquanto me mantém em segurança, no entanto, breve estarei de volta às ruas e espero com a ajuda da doutora controlar um pouco dos meus impulsos, mas não quer dizer que me tornarei um otário. Continuarei sendo eu mesmo, só com mais cautela, nem sempre agir precipitadamente é o melhor a se fazer.
O enfermeiro veio me buscar, estou mesmo morrendo de fome. Eles servem o básico, mas eu sou grande, quero comer bastante. Porém, acho que isso só vai acontecer quando eu sair.
Encaro o enfermeiro que toma um rumo diferente e tem algumas semanas que a doutora liberou para eu poder comer no refeitório junto com os outros. Eu gostei, pois exijo que coloque mais comida, no entanto, fico sozinho em uma mesa por questões de segurança. Como se eu quisesse algum doido falando merda do meu lado. Até parece.
Continuamos andando e conheço bem esse caminho.
-Ahh...não, cara! Ela resolveu fazer essa bendita consulta quando eu vou comer, porra!-Falo indignado, ele bate na porta e já entro com cara de poucos amigos.
-Aqui ele doutora, com licença.
- Obrigada, Lincon.- O otário do enfermeiro sai e ela para de digitar alguma coisa em seu notebook e então me encara.
