Adrian é um homem cheio de traumas. Viveu as piores experiências que uma pessoa pode viver e acabou se tornando alguém frio, arrogante, louco...completamente desequilibrado. Após uma série de crimes ele foi preso, mas não parou por aí ele continuo m...
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Hoje não tenho consulta, mas ontem ela disse que viria me ver, estou contando com isso. Não posso perder nem mais um segundo ao lado dela.
Assim que o enfermeiro vem me buscar, fico animado. Lá é melhor pois não têm câmeras.
Entro na sala e ela está em sua varanda. Me deixando no sofá o enfermeiro sai após ela agradecer.
Sua expressão parece abatida, assim como seus olhos tem bolsas evidenciando o quanto parece cansada, mas não deixa de esta linda em um vestido preto na altura das coxas, com um decote que valoriza seus belos seios e usa seu jaleco impecável. Até sei o motivo do seu abatimento, mas não deveria me sentir mal, mas de alguma forma vê-la triste me afeta.
- Boa noite, senhor Lianov... não iria vê-lo hoje, porém, preciso esclarecer algo.- Suspiro me despojando no sofá. E lá vem ela com esse "senhor" novamente.
- Não precisa agir assim, não têm ninguém além de nós aqui.- Sorriu a encarando nos olhos e vejo estreita-los do jeito que eu adoro.
- Você é muito sinico mesmo né? Foi isso que disse a enfermeira que vi saindo hoje cedo do depósito e logo depois você?- Arregalo os olhos. Eita Porra! Ela estava por perto. Me endireitei no sofá e que argumento vou inventar? Ah foda-se! Não devo satisfação do que faço ou deixo de fazer.
- Na verdade não doutora, ela não era covarde, muito menos medrosa...soube me satisfazer muito bem, mas...- Me esticando para frente, entrelaço minhas mãos e apoio meus cotovelos nos joelhos sem deixar de encara-la.
-... Mas porque lhe devo satisfação sobre isso? Que eu saiba não temos nada e...
- Não diga mais nada! Eu fui muito estúpida mesmo, quando dei tanta liberdade a um...um...- Ela me interrompeu e não tem coragem de terminar a frase.
- Fala doutora...Louco, maluco doido...isso não me ofende.- Riu voltando a me recostar no sofá. Ela bufa irritada e se levanta batendo na mesa.
- Você não é só louco! Como também é um safado estúpido! Estava afim de me usar como fez com aquela... aquela enfermaria piranha!- Gargalho adorando o surto da doutora, mas congelo quando sinto o tapa no meu rosto. Ela se afasta respirando enfurecida.
- Isso é por tentar me fazer de idiota! E apartir de hoje não sou mais sua psiquiatra. Se quiser me processar, faça isso!- Abaixo a cabeça a encarando por baixo dos olhos, aperto os punhos até ouvir meus dedos estralarem. Ela encara minhas mãos que estão sem algemas a pedido dela mesmo e veja-a recuar na mesma hora a passos lentos para trás, sem tirar os olhos de mim.
Levanto com um sorriso no rosto e me aproximo sem deixar de apertar meus punhos que já doem do tanto que aperto. Vejo seu corpo tremer, assim como sua boca quando ela tenta falar. - Adrian!!- Ela grita meu nome quando colo meu corpo ao seu chegando bem perto do seu ouvido. Respiro fundo seu maldito perfume, minha pele formiga assim como sinto meu sangue se aquecer ainda mais.
