Capítulo 7

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*Adrian ON*

-Estraguei tudo! Que caralho! Não...não, ela vai aparecer.- Ando de uma lado para o outro nesse maldito quarto. A doutora sumiu têm uma semana. Acho que meu beijo deixou ela assustada.
- Porra! Nenhuma! A doutora está de frescura, sei que ela adorou meu beijo. Pois é Billy, mulheres são um bicho complicado, mas eu fui um idiota...ahh quer saber foda-se!

Me deito na cama e encaro o teto. Preciso parar com essa porra de obsessão, ela é só mais uma maldita mulher que eu estou afim de foder só isso. Já estive com tantas mulheres que já perde a conta...e é sempre a mesma coisa, elas se fazem de difíceis, até que chega um momento que se rendem.
Mas essa doutora é osso duro de roer, já estou a um mês tentando pegar ela de jeito e o máximo que consigo é um beijo que acabou da pior forma possível. Isso tudo só me estiga a tê-la ainda mais. Se estivesse lá fora seria mais fácil, aposto que ela está toda medrosa com essa merda de ética profissional.- Suspiro voltando a me sentar e encaro a porta.
- Bem que eu poderia sair e pegar ela lá fora...ahh mais aí não teria graça, quero fazer essa loucura aqui dentro. Mais uma para o meu currículo de loucuras. Foder com a minha psiquiatra gostosa.- Riu adorando essa possibilidade. Vejo Billy correr de volta a sua toca e a porta se abrir.
- Ah, que bom que está acordado...me chamo doutor Edward Muller, vim conhecer meu novo paciente a doutora....
- É O QUÊ!? NÃO QUERO PORRA DE MÉDICO NENHUM! CADÊ AQUELA ATREVIDA MISERÁVEL!?- Avanço no médico que recua, paro ao ver a arma de choque ser ligada e o enfermeiro entrar na minha frente.
- Eu disse doutor, ele é perigoso, não é atoa que a doutora desistiu de cuidar dele...coloco a camisa de força quando o senhor for fazer as consultas...- Rosno de raiva por tudo que ouvi.
- Não vai ter consulta nenhuma! Pode dar o fora, doutor! E diga para a doutora covarde que achei que ela era mais corajosa. SAIAM! SAIAM!- Grito avançando, ambos saem quase se borrando nas calças. Agarro meu cabelo com raiva.
- Tá vendo Billy! Mulheres são umas pragas! Que vontade de agarrar seu pescoço e encarar aqueles olhos verdes ( risos) malditos olhos que invadem minha mente...(risos).- Me sento no chão e detesto essa sensação.
-Não! Ela não significa nada! Maldita! Maldita!

Não sei quanto tempo fiquei sentando ouvido o som da minha própria respiração descompassada. Sei que não tenho controle sobre minhas emoções, na verdade nunca tive. Sempre fiz o que achei certo e foda-se o resto. Nunca soube lidar com sentimentos, eles sempre foram bagunçados dentro de mim. Aprende na marra que não devo sentir, e sentimento é sentir, é mergulhar no desconhecido e isso te deixa vulnerável, de guarda baixa, pronto para ser eliminado, é uma fraqueza.
Levanto focado em não sentir, não sentir mas essa sensação que não sei dar um nome, mas que me incomoda muito.
Então me permito ir dormir, para não sentir nada.

-Vamos garoto! Faça o que eu mandei! Mate ele! Ou eu mato você!- A chuva fria do inverno se mistura as minhas lágrimas, enquanto meu corpo magro treme por conta do frio e do medo do homem que grita as ordens e me encara com tanta raiva. Seguro o revólver sem jeito, pois nunca havia pego um. Nunca senti tanto medo ou desespero em minha vida. Não quero matar esse Senhor, ele na me fez mal.
- Não!...eu não posso, por favor...- Dou um pulo para trás ao me assustar com o som do tiro e os miolos do homem voar no meu rosto. Deixo o revólver cair no chão e levo as mãos ao meu rosto. Encaro o homem que se diz meu pai com uma arma apontada a minha cabeça, sinto algo quente escorrer por minhas pernas, e nesse frio é a única a coisa que me aquece.
- Será assim que seus inimigos farão quando você tiver compaixão e for fraco...eles vão estourar seus miolos, pois você é fraco! Mas vou te ensinar a ser forte!- O som do tiro corta o ar e uma queimação se apossa da minha coxa.
- Ahhhhh...Isso Dói! Dói muito! Ahhhh!!- Gemo rolando na neve e apertando minha coxa...

Sinto um baque e me dou conta que cai da cama, estou suando muito, me sento no chão e me arrasto para o canto, apoio minha cabeça no meu joelho, mas  logo levanto. Puxo minha calça acima do meu joelho e lá está a cicatriz que me lembra que fui um fraco. Eu senti, senti compaixão e tevi consequências, e não foram boas...

Amanhece e eu sentando no chão, eu sei por causa da movimentação lá fora. Eu não consegui voltar a dormir. Ouço a porta abrir e continuo de cabeça baixa. Odeio ter esses pesadelos eles sempre estragam meu dia.

Sinto cheiro de comida e assim que porta é fechada vou tomar meu café.
- Iai Billy, dormiu bem? Aposto que melhor que eu...ouvi uma chiadeira na sua casa, não me diga que trepou a noite toda( risos), rato safado!- Deixo um pedaço de pão no chão que ele logo pega e sai correndo.
- A minha foi uma merda! Sonhei com o demônio, fazia um mês que não sonhava com ele...não posso deixa-lo me atormentar novamente...- Encaro a porta ao ser aberta e dois enfermeiros com cara de bunda entrarem. Me levanto para ser algemado.
- Pra onde estão me levando? Deixei claro que não faria consulta com aquele otário!- Eles me viram sem delicadeza e sou algemado. Saímos do quarto e já estou planejando como vou fazer o doutor engolir os próprios dentes.
Seguimos em direção a várias salas e ao passar direto da sala do doutor fico surpreso por entrarmos na sala da Doutora. E lá está ela, linda em seu jaleco extremamente Branco, tomando vento em sua varanda. Virando em nossa direção seus olhos não desviam dos meus... malditos olhos verdes! Eu não vou sentir! Eu não vou sentir! Inferno! Eu sinto tanta raiva! Uma vontade de lhe esganar por ser covarde!

Sorriu para ela, que se mantém neutra como uma atriz digna de um Oscar, mas ela não me engana! Maldita! Finge, mas eu sei que ela também senti.
- Obrigada, Lincon. pode ir.- Ela despensa o fudido do enfermeiro que se derrete com o sorriso que  ela dá, e como um cão ele obdece.
- Oi senh...
- Me chama de senhor que vou te mostrar do que o velhinho é capaz!...e nem pense que tem haver com prazer...- Balanço a cabeça com a imagens que se formam em minha cabeça, ela iria sentir muita dor. Sorriu abaixando meu olhar.
- Porque está tão agressivo, Adrian? Mandei não lhe darem remédios e sei que não me desobedeceram. Soube como tratou o doutor Muller, ele é um dos melhores psiquiatras desse hospital e...
- E estou me fodendo para ele!..era você a minha maldita psiquiatra, mas é muito covarde, achei que era mais corajosa...está com medo de se apaixonar pelo paciente louco?- Riu a olhando nos olhos. Ela sorrir também abaixado a cabeça e novamente me encara séria, levanta saindo do seu lugar e se senta do meu lado, seu perfume invade minhas narinas me fazendo respirar fundo. Inferno! Inferno! Essa mulher me deixa muito doido.
- Sinto o quanto está tenso, vamos brincar...a brincadeira se chama " E se eu" e você completa como quiser respondendo sua própria pergunta...- encaro ela confuso. O que essa doída está inventando?
- E se eu não fosse corajosa? Jamais me formaria em Medicina e me especializaria em psiquiatria.- Sorrindo ela aponta para mim.
- Sua vez.
- Isso é besteira, não justifica a...
- Só entra na merda da brincadeira!
- Epa! Quem tem direito de está estressado sou eu! Mas e se eu não estivesse muito afim de te foder nesse maldito sofá?
Eu subiria em cima de você, assim!....apertaria a corrente da minha algema no seu pescoço e veria você morrer lentamente com esses lindos olhos verdes esbugalhados me olhando pela última vez.- Sorriu a encarando nos lindos olhos arregalados, afasto as algemas do seu pescoço e volto para o meu lugar, ela permanece encostada no sofá me olhando assustada.
-...Gostei dessa brincadeira, sua vez...- Fico um pouco mais largado no sofá e coloco as mãos atrás da cabeça, ela ajeita sua roupa e tira pigarro.
- Você é um...- ela levanta a mão apontando o dedo indicador, permaneço sorrindo, ela abaixo o dedo e respira fundo.
- E se eu não ama-se cuidar dos meus pacientes?
Eu mandaria meus enfermeiros lhe dar uma surra, por ser tão Atrevido e irritante!...- Riu abertamente e acho que estressei alguém.
- Então eu sou o atrevido agora? Acho que não doutora, mas e se eu não fosse seu paciente?
Então você veria que tenho potencial para ser um bom amante e te enlouquecer na cama, e ai me daria uma chance.- Me aproximo a encarando de perto, ela revira os olhos, mas suas bochechas coradas denunciam seu constrangimento.
- Porque vocês homens só pensam em sexo? Nem precisa responder. E se eu não quiser uma foda casual com meu paciente persistente?
Logo estarei evitando dores de cabeça futuras, assim como uma desilusão amorosa, perder meu direito de atuar como médica, e ficar sozinha me sentido uma fracassada...por isso Adrian, preciso que pare de instigar algo que em hipótese alguma deve acontecer...por favor...- Nos encaramos e é como se ela buscasse a resposta em meus olhos. Sua expressão é de alguém que não sabe o que fazer. Seguro sua mão sem deixar de encara-la. Sorriu e trago ela até meus lábios a beijando.
- Confesso que será um desafio resistir a tentação de te provocar, mas e se eu só por hoje deixar de ser seu paciente?
Então você teria a melhor foda da sua vida em cima da mesa do seu consultório e eu não falaria sobre isso a ninguém e pararia de te provocar. É pegar ou largar.

Eita! Zorra! E aí?! O que será que ela vai escolher?  ☺️🤣

Vocês escolheriam o que? 😁

Votem e comentem.😘😘

Insano- Entre o Amor e a Loucura. *Série Amores Tatuados*- Livro 2Where stories live. Discover now