- Só tenta entrar no meu quarto, eu não vou a porra de lugar nenhum! Me deixa em paz!- Grito e o vejo se assustar e fechar a janelinha saindo daqui. Fico de pé e odeio essa ansiedade dentro de mim, mil coisas passam na minha cabeça. Ela saindo com ele almoçando juntos e indo para um motel ou para o apartamento dela...Ahhh! Eu vou mata-la por me trair! Vou faze-la se arrepender de ter deixado outro toca-la!

Estava deitado na cama, depois fui para o chão, agora estou sentado. Vários enfermeiros já vieram para me levar para várias coisas não deixei nenhum entrar. Do jeito que estou se me tocarem eu mato, mato sem pensar duas vezes. Uma ansiedade descomunal corre no meu sangue. O maldito tempo que não passa, não passa...sairei hoje daqui. Nada mais me prende nesse inferno, já está tudo pronto em minha cabeça.
Como sempre, deixarei tudo para trás, e claro com um rasto de sangue ou não seria eu.

Me sinto acesso como se tivesse cheirado uma carreira de cocaína, não sei quanto tempo se passou, mas pela diminuição do movimento no corredor já é noite.

Ouço baterem na porta e a janelinha ser aberta.
- Vamos Lianov, hoje você resolveu dar trabalho. Nenhum enfermeiro quis vir busca-lo, bando de medrosos, parece que não tem uma arma na mão.- Sorriu ao ouvir a voz do enfermeiro que eu dei um soco. O tal de Ruan.

- Ela não serviu muito, quando acertei um soco em sua cara...- Falo com desdém ele abre a porta e me encara com raiva, estou louco para ele dá uma de fodão que vou faze-lo engolir essa arma de choque hoje.

- Você têm sorte de está sendo "protegido" pela doutora, não sei o porquê dela gosta tanto de você, se não passa de um louco problemático, mas vamos deixar de papo. Ela te espera para consulta. Vira de costa e se tentar alguma coisa te mato e alego legítima defesa...o que não me falta são motivos.- Riu me virando. Coitado...ahh se eu não estivesse querendo resolver alguns assuntos com uma certa doutora safada. Ele iria ver que não se ameaça um Lianov e permanece vivo.

Seguimos em silêncio para sala dela. Ele me deixa algemado e me empurra sentando no sofá. Encaro ele com tanto ódio, esse está na minha lista. Me aguarde. Levanto a mão fazendo sinal de arma e aponto para cabeça dele e faço som de tiro. Ele rir e me chama de louco. Ouço a porta do banheiro abrir. Ele abre um sorriso enorme encarando ela.

- Está entregue, e esse deu trabalho hoje, não quis fazer nenhum exercício proposto por você, e ameaçou todos os enfermeiros que foram busca-lo. Talvez a doutora esteja só perdendo tempo e...

- Cala essa boca! Seu fudido! Esta vendo a porra de uma criança aqui!? Ela não é minha mãe, caralho! Eu faço o que eu quiser da minha vida! Entendeu!- Levanto pronto para mata-lo, ela se aproxima se colocando entre nós, dou um passo para trás ao sentir esse maldito perfume. Me sento e cubro meu rosto com as mãos tamanha minha irritação. Ouço ela dispensar o maldito reclamando e trancar a porta.

Seus saltos batem no chão a medida que ela se aproxima. Sentando do meu lado ela toca meu ombro me esquivo do seu toque.
- Não me toca! E tira isso de mim...- Estendo minhas mãos sem olhar para ela. Que se levanta indo para sua mesa. Preciso que ela tire essas algemas para eu colocar meu plano em ação.

- Adrian...olha para mim, o que está acontecendo? Você não estava assim ontem, eu não vou retirar suas algemas até você se acalmar e me dizer o porque está agressivo.- Viro meu rosto na direção dela a encarando com tanta raiva, seu olhar é de preocupação. Malditos olhos verdes...

- Se está com raiva porque não tivemos consulta hoje cedo, eu tive um imprevisto, um amigo...- Levanto de vez do sofá e bato as algemas na mesa, ela se impulsiona para trás com o susto.

- Imprevisto é o caralho! Eu vi seu imprevisto de terno todo engomadinho! Foi consulta-lo como faz comigo aqui, dout...- Viro o rosto com o tapa estralado que ela me deu. Me afasto da mesa e ela fica de pé. Aliso meu maxilar.

- Escuta aqui seu idiota! Nunca vou permitir que me insulte ou duvide do meu caráter! Eu disse Imprevisto, pois eu não esperava a visita dele. Ele foi meu amigo na faculdade e veio me visitar, pois já fazia anos que tínhamos nos visto. Ele é casado e me apresentou sua família. Não sei porque lhe devo satisfação não é mesmo!? Eu sabia que era um erro, sabia que não deveria ter lhe dado tanto liberdade! O que você pretendia, Adrian? Com suas suposições infundadas? Queria me matar!? Me ferir?! Hein!?- Ela berra irritada, eu me sento sem dizer nada. Ela permanece me encarando com sua respiração alterada e sai indo para sua varanda. Que caralho! Estraguei tudo outra vez.

Tem cerca de 15 minutos que ela está lá e eu aqui. Me Sinto um idiota por ter agido feito um doído, que eu sou, mas porque só penso o pior das pessoas? Sempre fui assim, sempre espero o pior de qualquer um. Acho que motivos não me faltam. Porra mais eu tinha que agir assim justo com ela. Porra!

Levanto mesmo algemado e vou até lá. Ela encara o céu estrelado escorada na parede, colo em seu corpo antes que ela fuja de mim. Sua respiração se altera e ela solta uma lufa de ar. E sei que ela não me quer por perto agora.

- Sei que está com raiva...e com razão, eu...eu fui um idiota. Só se coloca no meu lugar e...

- Como acha que eu me senti quando te vi com aquela ruiva um dia depois de eu quase ter me entregado a você?...esquece isso, eu já pensei e preciso dá continuidade a sua consulta. Esses são um dos motivos que não se misturam trabalho com romance, não dá certo. Vamos voltar para sala, aqui estamos expostos.- Ela me empurra, mas não deixo ela sair.

- O que quer dizer com isso? Esta acabando com nosso lance antes de terminar a semana! É isso?- Ela suspira e volta querer sair. Dessa vez não impeço. Ela entra para sala.
Respiro fundo para não surtar.

- Eu não vou deixar. Ela é minha...minha até quando eu dizer que é!- Murmuro para mim mesmo e volto para sala. Me sento de frente para ela. Que está séria. Noto que não tem mais clima para ter consulta.

- Vou leva-lo para o seu quarto, amanhã voltamos com a sua consulta. Hoje infelizmente não dá.- Ela levanta vindo em minha direção permaneço sentando e odeio vê-la triste por minha causa.

- Eu fui pego pelo meu pai quando eu tinha 10 anos de idade, ele invadiu a casa onde eu morava com minha mãe. Ele mandou executarem ela e me levou com ele, desde os meus dez anos eu só conhece o lado ruim das pessoas e o que elas podem fazer de pior. E quando vislumbrei algo bom de alguém eu a perde pelas minhas próprias mãos. Não quero me vitimizar, só quero que entenda que a vida me ensinou a ser quem eu sou hoje. Um ser humano quebrado e remendado diversas vezes.- Ela me encara assustada, e se senta do meu lado.

- Por isso você não gosta de falar da sua mãe, ah meu Deus! Você era uma criança, que espécie de monstro é seu pai?! Eu sinto muito, Adrian...- Ela me abraça, respiro fundo sentindo seu cheiro, queria retribuí seu abraço, mas não posso e se dando conta disso ela pega a chave e solta as algemas.

-...Preciso que seja sempre sincero comigo, que me fale das suas dificuldades e iremos trabalhar nelas e...- Seguro seu rosto alisando seus lábios, ela para de falar me olhando nos olhos.

-...Minha maior dificuldade é você. Nunca me vi tão sem controle, só por algo te envolver. Uma ansiedade me invade, e eu me perco na minha escuridão e quero ver sangue, morte...- Falo lembrando de tudo que pensei em fazer. Ela segura meu rosto, roçando seu nariz no meu e me abraça, desta vez posso retribuir. Meu coração se aquece e me sinto no melhor lugar do mundo. Porra...isso é Muito bom.

- Só sei de uma coisa... estamos mais ferrados do que eu pensei, senhor Lianov.- Riu, pois sei que é verdade. Me afasto e seguro seu pescoço com as duas mãos.

- Ferrados ou não, eu quero que continue sendo minha, minha atrevida, não posso abrir mão disso nesse momento, entendeu?-Ela sorri e vira o rosto beijando minha mão.

- Desde que você não tente me matar, ou o hospital inteiro e controlar seus impulsos. Não vejo porque não, estavamos indo tão bem, confesso que fiquei com muita raiva, mas não vou jogar fora uma semana tão maravilhosa, porque um certo doido queria estragar tudo.- Riu alto e tomo seus lábios nos meus, onde vou achar uma mulher mais Atrevida e doida que essa?

- Esse doido, está cada vez mais doido por você e isso não é bom, mas foda-se! Se esta no fogo é para se queimar, e eu estou louco para invadir o seu calor.- Mordiscou sua orelha, ela me dá um tapa, eu viro ela deitando no sofá e por causa desses olhos verdes eu vou fazer muita loucura...eu sinto isso.

Oi Amores.😍

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Insano- Entre o Amor e a Loucura. *Série Amores Tatuados*- Livro 2Where stories live. Discover now