Ficamos nos encarando sem dizer nada até que ele sorrir como sempre faz de um jeito sinico.
- Pode se aproximar doutora...não vou ataca-la.- Permaneço séria, mas me aproximo, ele permanece sentando e não deixa de me encarar de cima a baixo do seu jeito safado. Me apoio em seu ombro e me sento do seu lado.

- Olha... Adrian, peço desculpas por ter agido daquele jeito nada profissional, mas não me arrependo de por um fim no que havíamos começado e...

- Na verdade eu agradeço...agradeço por ter agido daquele jeito ou eu não teria lembrando que já amei um dia...- encaro seu rosto confusa...ele sorrir bobo e me olha.

- Como assim? É impossível esquecer alguém que já amamos!- Fico surpresa com essa revelação, e gosto que pela primeira vez ele expõem algo do seu passado.

- Não é impossível quando se perde esse amor de uma forma horrível e traumática...- Ele fica sério, assim como seus olhos ganham um tom de azul escuro.
Me viro de frente para ele, seguro sua mão, e o meu movimento chama sua atenção, pois ele olha justamente para elas e depois me encara.

-...Acredito que você tenha tido uma amnésia psicogênica...eu sei, o nome é estranho, mas tem tudo haver com esquecer algo que nos traumatizou. Mas me diga como se senti em relação a relembrar que já amou alguém, mesmo que a tenha perdido.- Ele sorrir e abaixa o olhar tirando suas mãos da minha e olha fixamente para parede de uma forma fria e maldosa.

-...Eu não á perde, eu á matei...matei com um tiro na testa...você me acha um monstro, doutora?- Ele volta sua atenção para mim com mesmo olhar assassino e sorrir.- Engulo em seco, sentindo um arrepio que percorre minha coluna. Mas preciso me manter neutra.

-...Na verdade não...não posso julga-lo, não sei o que te levou a tirar a vida dela, talvez tenha sido em legítima defesa e...- Paro de falar ao ele começar a rir como se estivesse contado a piada do ano.

- Você é Muito engraçada, doutora. Legítima defesa?..diz isso a um assassino com diversas vítimas e condenado a 30 anos de prisão em um hospício.-  Fecho a cara, pois seu deboche me irrita.

- Não machucamos quem amamos! Se a matou era porque não há amava e...- Ele agarra meu pescoço apertando e me encara nos olhos.

- Não sabe do que está falando! Eu a amava, ela era linda, minha cabelos de mola, sua pele era da cor canela e brilhava quando o sol lhe tocava. Só que era um amor impossível...- ele solta meu pescoço e fica de pé se afastando de mim, passa a mão no cabelo nervoso. Permaneço no chão, vejo que ele senti que precisa se expressar, mas se bloqueia.

- Me fale com á perdeu, porque matou o seu amor, Adrian?- Ele me encara com os olhos cheios de lágrimas contidas. E quando elas começam escorrer pelo seu rosto ele sorrir.

- Porque eu sou filho do demônio...ele não aceitava que alguém da cor dela e sendo pobre fosse esposa do filho do Dono da segunda maior máfia da Rússia!- Ele grita dando um murro na parede e apoia a cabeça nela. Permaneço quieta e muito surpresa. Ele dá um Suspiro e continua:

-... Eu falei para ela que não dava para continuarmos juntos, eu disse a ela que ele a mataria!...eu disse doutora! Mas ela não me ouviu e continuou ao meu lado.- Ele vira me encarando e agarra os próprios cabelos, está desolado. Meu coração se aperta por vê-lo sofrendo tanto. Mas esse é o caminho para cura...ou chegar próximo dela.

-... Era ela quem cuidava das feridas que ele causava em mim, e acalmava meus demônios, mas então ele descobriu e eu tive que agir rápido. Eu morria, mas não diria a onde ela estava, porém conseguiram pega-la...eles iriam violenta-la na minha frente se eu não a mata-se, eu tentei faze-lo deixa-la ir embora, mas ele é o demônio e não têm pena de ninguém. Não tinha de mim que era seu filho! Não teria de uma simples empregada, e no momento de ódio eu o ataquei e ele ordenou que os soldados dele a violenta-se.- Levo a mão a boca completamente chocada. Já não consigo conter as lágrimas por ver quão tamanha é a sua dor.

-... Seus gritos de desespero, suas lágrimas, a dor, o medo...eu não poderia deixa-la passar por aquilo e atirei nela. Arrancado sua vida, junto com ela foi a minha sanidade, humanidade, amor, esperança...e sou isso que você está vendo...uma casca.- Eu estou chorando junto com ele que se senta se recostando na outra parede. Me aproximo engatinhando, ele cobre o rosto com as mãos enquanto seu corpo sacode com os soluços. Puxo ele que deita a cabeça em minha coxa. Meu Deus! Estou sem palavras, é mais terrível do que eu poderia imaginar. Esse homem não é um poço de escuridão em vão.

Aliso seu cabelo e me recordo de uma canção que minha mãe cantava para mim quando eu estava sem sono. Sei que ele não quer dormir, porém ela sempre me trazia a sensação de paz. Canto baixinho, enquanto aliso seu cabelo, ele se encolhe como um menino assustado e no fundo ele é exatamente isso, por mais que tenha se tornado um homem tão forte. Esse menino assustado precisa ser colocado para fora e só então ele será não só forte em sua personalidade, como nas suas emoções e mentalmente também.

- Você não está sozinho, Adrian. Agora você tem a mim, serei sua amiga, sua confidente, vou ensina-lo a enfrentar seus traumas e ser mais forte do que eles...eu prometo.- Murmuro para ele que permanece quieto e sei que tenho muito trabalho pelo frete e isso nunca me pareceu tão desafiador e excitante, eu vou ajuda-lo o máximo que eu puder.

Oi amores. 😍

Acho que agora ela vai conseguir entrar na mente do nosso doidinho. Ansiosa para ver no que isso vai dar. E vocês? Bjs

Meus amores não esqueçam a estrelinha e o comentário que tanto me motiva, me digam o que estão achando, bjs😘😘

Insano- Entre o Amor e a Loucura. *Série Amores Tatuados*- Livro 2Место, где живут истории. Откройте их для себя