Para Mitch, ver uma mulher batendo daquele jeito e resistindo a golpes duros, era muito sexy. Apesar disso, não se permitiu perder o foco. Usou a arma para matar um dos homens que lutavam contra Lydia, o acertando com uma mira perfeita na cabeça.

Lydia foi rápida ao se jogar no chão e pegar uma das armas caídas, atirando logo em seguida no homem que ainda se contorcia no chão por causa do chute entre as pernas. Ela não hesitou, a expressão segura e concentrada.

Logo em seguida ela largou a arma e se permitiu fazer uma careta de dor. Despencou o corpo sobre a poça espessa de sangue que se formava e segurou um dos braços, grunhindo baixo em lamentação.

Bruce continuava tentando se soltar e isso fez com que Mitch perdesse a pouca paciência que lhe restava. Segurou a cabeça do homem e bateu contra o asfalto por duas vezes seguida, lhe arrancando sangue e fazendo com que finalmente desmaiasse.

Largou o corpo inconsciente ali e correr até Lydia, pronto para ajudá-la.

— Você está bem? — Foi a primeira pergunta de Rapp e logo enxergou um ferimento de bala no braço que ela segurava.

— Foi só de raspão — Ela resmungou e forçou o tronco para cima, arfando de dor.

Mitch passou o braço por trás das costas dela e sustentou o peso de Lydia, a fazendo ficar de pé. Esperou que ela se firmasse nas próprias pernas e a apoiou contra um carro para obter equilíbrio.

— Estou bem — Lydia garantiu, tendo a certeza de apesar da dor, o ferimento não era grave. — Daqui uns dois dias já vou estar novinha.

Rapp analisou a ferida por pouco tempo, depois concordou com a cabeça e murmurou:

— Vou buscar outro carro para a gente ir embora daqui.

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Após Mitch roubar um carro, bastou os jovens entraram em contato com a Cia, onde receberam orientação de qual lugar era para deixar Bruce. Encontraram com um outro agente e assim, tiraram o homem do porta-malas e o entregaram ao rapaz que era responsável de o levar até uma base da Cia.

— Eu vou estacionar para cuidar do seu braço — Rapp disse após algum tempo dirigindo em silêncio.

— Está tudo bem. — Ela mentiu por teimosia.

— Você não perturbou a viagem toda, Lydia. Se está assim calada, deve estar doendo muito. — A provocação incomum de Mitch a surpreendeu.

— Matar alguns bandidos melhora o seu humor? — Apesar da voz rouca, os olhos da mulher continuavam repletos de vida.

Ele balançou os ombros, sem ter interesse em responder e encontrou uma rua com pouca movimentação onde estacionou o carro. Virou para Lydia e encarou o sangue que brotava abaixo da manga comprida da blusa escura.

Com alguma hesitação, ele segurou a barra da camisa da mulher e a encarou, esperando por uma autorização. Apesar de ser um procedimento normal ao tratar de feridas, teve receio de aquilo ser estranho de alguma forma.

— Rasga logo para eu não ter que levantar os braços — Ela simplificou com uma pequena careta de dor.

As mãos enormes de Mitch destruíram o tecido sem nenhuma dificuldade, libertando Lydia daquela peça de roupa. Ela usava um top preto comportado que esmagava os seios, a deixando tranquila com a exposição do corpo.

Mitch, apesar de querer se concentrar na ferida, sentiu a necessidade de analisar por alguns segundos o busto coberto. Encarou as curvas dos seios apertados dentro do top e se perguntou como ela seria despida.

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