Capítulo 47 - Between two lungs

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Harry estava impaciente, e quando percebeu para onde estava sendo levado franziu o cenho: Ponta do Silêncio. Quando o carro parou na frente de uma casa pequena, Styles abriu a porta do carro e saiu ainda a tempo de ouvir a risada farta de Jamie que também saiu do carro, calmo, como se nada estivesse acontecendo.

– Pra quê toda essa pressa? Ele não vai fugir daí.

O moreno se limitou a olha-lo de canto de olho, ele queria mata-lo só por ter encostado em Louis, suas mãos, outra vez, cerradas em punho, o coração batendo descompassado. O bebê. Louis e a criança estavam presas há três dias ali.

– Louis, como ele está? Espero que você não o tenha machucado. – Cuspiu entredentes, o olhar repleto de ira.

Campbell não respondeu, apenas abriu a porta da casa permitindo a entrada de Harry e passou em seguida trancando a porta.

Nenhum dos dois teve tempo de falar quando ouviram a voz fina e fraca de Louis que veio após um gemido dolorido:

– Jamie? Eu preciso de água, por favor. Estou com muita sede.

Styles o olhou e respirou fundo. Era a voz dele, nas poucas horas de sono que tivera nos últimos dias, ele sonhara com aquela voz o chamando. O desespero lhe tomou conta, agora, mais do que nunca, precisava tê-lo em seus braços e cumprir a promessa de protegê-lo.

– Louis! – Falou mais alto, e se aproximou da porta, a mão indo em direção a maçaneta, mas não abriu, estava trancada.

– Hazz? – Perguntou, a voz abafada. – Harry?

– Sou eu sim, amor. Vai ficar tudo bem. – Disse e virou para Jamie que apenas o encarava do sofá. – Abra a droga dessa porta.

– Sabe Styles, eu não tenho mais nada contra Louis, ele não é de muito valor pra mim agora que carrega aquilo na barriga – viu o maxilar do maior trincar. – Na verdade, quem eu realmente quero é você. Simples assim, se você se render a mim e prometer que ficaremos juntos, eu o deixo ir. Que tal?

– Porque você está fazendo isso?

Mas o outro não respondeu, apenas se aproximou de Harry e passou a mão pelo rosto do outro, os dedos deslizando pelo rosto liso.

Harry não aguentou e mesmo ouvindo Louis o chamar do outro quarto desferiu um soco contra o rosto de Jamie que cambaleou para trás e riu com desdém. Não hesitou em revidar acertando Styles com um soco, mesmo assim, o de olhos verdes o empurrou contra a parede e prendendo seus braços com agilidade atacando com um golpe de joelho no estômago do outro que caiu ajoelhado no chão ainda rindo com a boca melada de sangue.

Levantou e puxou do cós do jeans a arma. Seus dedos suados se adaptando ao frio do objeto. Apontou-a para Harry que pareceu surpreso, por um segundo, mas não se deixou abalar. Não deixou transparecer seu medo diante da situação. Todos os homens, até mesmo o mais corajoso deles, quando olham nos olhos da morte, tremem de pavor, afinal, é o fim de todas as coisas que conhecem.

– Pegue a chave – jogou para o primo que a segurou num movimento rápido. – Abra a porta e se despeça dele.

A mente de Harry trabalhava a mil por hora, pensamentos jorravam junto com a adrenalina que percorria desesperadamente suas veias. Maquinava vários planos de contornar a situação. Queria apenas sair dali com Louis e seu filho a salvos, mas se o preço pela proteção deles era sua morte, ele faria isso, ele os amava tanto...

Todos somos muito jovens para morrer, disse a si mesmo, mas a morte era velha demais para existir e mesmo assim estava ali, esperando-o para abraça-lo e lhe dar um beijo.

When the Little Prince GrowsOnde as histórias ganham vida. Descobre agora