Batalha perdida não decide guerra!

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16 de Novembro de 2017.

A exatamente dois anos atrás, eu, Kim Taehyung sofri a maior humilhação que um ômega pode imaginar.

Exposto traindo seus princípios, e se humilhando para um soberbo infantil não fazia parte dos meus planos, e é claro que depois de uma situação como aquela, minha vida mudou drasticamente.

Depois que o vídeo viralizou em todo o ensino médio, a primeira coisa que pensei foi em mudar definitivamente de escola, só de pensar nos olhares de julgamento que eu receberia, me destruía por dentro, eu, que sempre fui um ômega orgulhoso.

Mais o mesmo orgulho que me fez querer sair de lá, lá mesmo me manteve.

Isso por que o colégio em que eu estudava não era um colégio comum, era um dos melhores e mais caros colégios de ensino médio de Busan, estudei um ano e meio para ganhar a bolsa mais concorrida da cidade e consegui, não iria dá isso de bandeja, estudar lá era como ter uma porta aberta de qualquer faculdade com direito a tapetinho de bem-vindo.

Faltei exatamente duas semanas apos o ocorrido, não queria encarar as pessoas com uma bomba tão recente.

Enfim, nesses dias de ausência pensei em vários modos de contornar a situação e depois de vários replays no vídeo em que eu apareço implorando por ajuda, minha raiva só aumentava, era nítido as risadas e deboches do alfa enquanto me gravava, mas o que mais me chamou a atenção foi que até para gravar um vídeo, o idiota não servia, acredito que eu, que com uma câmera do século passado eu faria melhor, mal dava para me ver despido nas imagens, a única parte que era exposta era o meu tronco suado, agradeci a todos os seres existentes por isso, pelo menos minhas partes intimas não tinham sido mostradas.

Entrei em contato com um amigo beta que a anos eu não falava, que a pouco tempo soube que estava de volta a coreia, ele era um profissional nos computadores, e logo tratou de apagar o vídeo da conta fake que o escroto do Jungkook tinha criado, mas o beta me lembrou que nem tudo eram flores ao dizer que o vídeo ainda podia ter copias através de downloads de alguns usuários, que por ventura poderiam postar outra vez.

Fiquei feliz quando o beta me deu a noticia de que iria estudar no mesmo colégio que o meu, Namjoon era uma pessoa cuja a inteligência era acima do normal, poderia conseguir a bolsa integral fácil, fácil, mas a mesma já estava ocupada por mim, no entanto isso não era problema para ele, seus pais eram de alta dominância econômica o que facilitou sua entrada no meio do ano.

Depois de dias pensando em mil jeitos de como acabar com a vida nada interessante do alfa, cheguei a conclusão de que iria esperar o tempo certo, afinal a vingança é um prato que se come frio, e enquanto esse grande dia não chega, iria por em pratica o meu jeito nada convencional de me manter na presidência do grêmio, aqueles que pensaram que eu iria desistir do meu cargo tão amado estavam muito enganados.

Um dia antes de voltar ao colégio, tive minha primeira mudança de visual, meus cabelos que antes eram acobreados passou a ser um loiro claro, minha mãe adorou a mudança, é claro que ela não sabia dos acontecimentos ou o por que da minha mudança repentina, não fiz questão de contar que tinha sido de certa forma humilhado, então só falei que queria ser mais atraente para os alfas, o que era uma meia mentira, já que eu estava pouco me lixando pra eles, mas sim para o efeito que eu iria causar neles.


E como não poderia faltar, um bom vomito básico de sangue por minha mãe me encher de elogio, não, não que isso seja ruim, pois quem não gosta de um elogio, mas é pelo fato de que a palavra alfa não saia mais da boca dela, a ômega tinha a ilusão de que eu realmente tinha tomado jeito e que estava afim de alguém, querendo agrada-lo com minha mudança, como eu não queria mais uns daqueles sermões de quase três horas sobre o quanto um ômega precisa de um alfa e tals, então eu decidir concordar com a teoria dela e deixa-la se iludir um pouco.

Na manhã da segunda feira, o primeiro dia depois da semana encubado no quarto, me levantei com os raios de sol batendo em meu rosto, resultado de uma janela aberta por mim somente na noite anterior depois daquela semana, eu não queria ter que dar de cara com o energúmeno depois do que ele fez comigo, e se ele ousasse a fazer algo, ou até mesmo zoar em direção aquela maldita janela, eu juro que ele seria um alfa morto.

Me arrumei como de costume, somente penteando os cabelos de modo diferente e passando um pouco de maquiagem, o que era meio estranho para mim, já que eu nunca usava.

Depois de descer contatei que minha omma ainda estava dormindo como de costume a esse horário, tomei meu café da manhã normalmente e sair no mesmo horário de sempre, dando de cara com um carro preto de grande porte contrastando com o vidro fumê.

Como não sou idiota já levei a mão a parte de trás no meu bolso, segurando um pequeno frasco de pimenta em spray, a porta do carro abriu e eu engolir em seco preparado para tacar aquele spray como se não houvesse amanhã, mas tudo o que eu vi foi um Namjoon saindo do carro, o beta estava com as mãos para cima em sinal de rendição sorrindo do meu desespero.

—Não tem graça!— falei botando o spray no mesmo lugar indo em direção ao mesmo

—Pensei que iria me matar—  falou encostando no carro —Taehyung, poderia ser mais receptivo com seus amigos, não?— continuou com um sorriso no rosto

—Se eu não ameaçasse a integridade física de alguém, não seria eu—  dou de ombros —ainda mais esse carro todo preto, parece com sequestradores ou sei lá.

—Não fale assim do meu bebe! Ganhei de presente— ele abraçou a lataria preta enquanto dava beijinho no carro.

—Bobão!, o que esta fazendo aqui?— perguntei mudando de assunto

—Oras, vim te buscar! vamos juntos ao colégio, e é claro que como bônus meu amigão aqui vai me mostrar tudo por lá né?— sorrio bobo mostrando as corvinas que só ele sabia fazer quando queria algo de alguém.

—Estou com cara de guia turístico?—

—Sim! Agora entra logo, não quero ficar sozinho naquela joça, sabe que eu sou tímido—  falou convicto.

Ri balançando negativamente a cabeça enquanto ia para o carona, já íamos entrando no carro quando me sinto ligeiramente observado, dei de ombros e me sentei fechando a porta.

Iria enfrentar meus problemas como sempre enfrentei, de cabeça erguida.

The school [Vkook]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora