Born

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- Hanna, vamos. - Marco me chamou depois de eu ter assinado toda a papelada quase um mês depois da morte de Paul.
Era quase Natal e eu mal vi esse um mês passar.

Eu estava com uma barriga gigante e Marco insistia em irmos a Espanha passar esse mês lá e voltarmos para o nascimento de Derek e eu decidi ouví-lo. Faria bem para eu espairecer e descansar na praia.

Eu ainda estava estática com a perda de Paul e a correria para eu me inteirar de tudo fora tamanha.
Por um milagre os meus sócios Robert e Ian estavam me ajudando com tudo e graças a Deus não estava existindo competições. Por mais que eu tivesse maior posse das ações, eles não se importavam com isso. Pelo menos não pareciam se importar e estavam sendo muito amigos para mim.

Marco estava em seu estágio final de recuperação e logo voltaria aos campos, o que o deixava animado.

Meu menininho estava mais saudável do que nunca, o que me deixava em êxtase. Na semana passada eu havia feito um ultrassom tridimensional o que me permitiu ter uma linda visão do meu bebê que tinha mais dos meus traços do que os do de Marco, mas que eram tão fortes que fazia o nosso filho ser nossa mistura perfeita.

Assim que chegamos em Ibiza, fui recebida por uma festa tamanha de meus amigos e amigos de Marco que não eram do time. Ele havia voltado a ser sócio da balada que ele compartilhava com Marcel e agora abririam uma filial em Ibiza.

Nossas mini férias para curtir o oitavo mês de gestação foi maravilhoso, junto com a passagem do Natal e Ano Novo.

Mamãe passou as datas festivas conosco e logo fora o dia de voltar, para preparar os últimos detalhes e aguardar a chegada de Derek. A chegada do nono mês trouxe o famoso chá de bebê na casa de Reus, o que fez o meu noivo conhecer meu primo Anthony, que entrou com ele repetidas vezes no campo. Os dois haviam se tornado grandes amigos, principalmente quando Marco descobriu que ele era um Zorn e estavam jogando bola no quintal térmico com outras crianças, também primos meus.

Neste dia, foi uma surpresa tamanha para mim e meu irmão descobrir que papai e mamãe haviam voltado a ficar juntos e eu chorei feito um bebê. Os dois, desde que mamãe chegou se encontraram e descobriram que o amor deles nunca tinha morrido e era uma satisfação tamanha ver ambos irradiando felicidade.

Senti uma tremenda falta de Paul ali, mas eu sabia que ele estaria sempre com todos nós.

Uma semana se passou e em uma madrugada, me levantei achando que tinha feito xixi nas calças e desnorteada com o sono, nem me dei conta de que a bolsa havia estourado, afinal ainda não sentia as benditas contrações. A primeira contração que tive ocorreu em torno de meia hora depois do ocorrido e então entrei em desespero. Cutuquei Marco tentando parecer calma, até ele me responder com um "hm"preguiçoso me olhando com um olho fechado e outro minimamente aberto e os cabelos bagunçados. Eu riria se eu não me encontrasse em minha situação.

- Amor, pega a bolsa do Derek e liga o carro. Nosso menino está chegando. - Eu não precisei repetir uma segunda vez. Marco em um pulo já se encontrava fora do quarto fazendo o que solicitei. Me levantei respirando fundo e coloquei uma calça de moletom preta e uma blusa, calçando meus Crocs e descendo para a sala dando de cara com mamãe colocando minha bolsa e a bolsa do meu filho lado a lado na porta.

- Começaram agora as contrações, filha? - Perguntou calma.

- Sim. - Fechei os olhos - Eu estou com medo, mãe.

- Não se preocupe, meu amor. - Ela acariciou meus cabelos - Eu, Marco, seu irmão e seu pai estaremos lá contigo.

Sorri preguiçosa e agradeci, sendo amparada em seguida por Marco e mamãe que me botaram no carro para rumarmos em direção ao hospital de Dortmund.

Liebe BetrunkenWhere stories live. Discover now