Vacation

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Havíamos passado a noite na casa de mamãe em Curitiba e hoje iríamos para a fazenda em Florianópolis.
Marco iria conhecer a colônia e ele estava um tanto quanto animado, porque realmente acreditava que os colonos eram fluentes em alemão. Bom, eu também achava, mas não era bem assim e eu iria deixar ele descobrir por si só tal evento.
Nos enfiamos todos no carro. Eu, mamãe, Marco, a governanta que eu ainda não tinha decorado o nome e meu priminho de 9 anos que morava com mamãe. A viajem não tardou muito. Quase 3 horas de carro com paradas para comer algo e fazer as necessidades.
Marco estava viciado em água de côco e Guaraná e sempre que parávamos, ele pulava feito uma criança animada pedindo pelas bebidas. Eu estava definitivamente com medo dele descobrir o verdadeiro sabor da caipirinha.

- Chegamos! - Mamãe disse animada, com o carro estacionado na frente do portão de madeira da fazenda.

- Estamos isolados do mundo? - Marco perguntou encantado olhando pela janela.

- Basicamente. - Ri concordando.

Depois que mamãe estacionou o carro, tiramos alguns de nossos pertences e levamos aos aposentos para por fim descermos para comer algo.

- Hoje tem festa na cidade. - Mamãe disse enquanto batia um bolo.

- O que você acha, Marco? - Perguntei o encarando e ele parou de comer assustado, com a boca cheia de arroz e feijoada, piscando algumas vezes seguida - Tu nem prestou a atenção no que falávamos, né?

- Não, desculpa. - Ele disse de boca cheia, arrependido - É que isso ta muito, mas muito bom. - Eu e mamãe rimos e logo tratamos de repetir para um Marco concordar animado, ansioso por comer mais das especiarias brasileiras.

(...)

Depois de irmos para a fazenda, fomos para a marina, aonde passaríamos alguns dias passeando de barco. Havia se passado desde então uma semana e fomos então ao Rio de Janeiro, o que eu pensei que fosse uma estadia tranquila, se tornou uma euforia de ciúmes.

Tudo começou comigo indo pra alguma loja em Copacabana de biquini, que Marco fez questão de ir junto.
Enquanto eu observava os modelos , que acreditei serem muito menores pelo o que diziam por aí, Marco começou a dar crise.

- Querida, não leve um desses. Olha o tamanho disso. - Dizia teatralmente. Nem ele acreditava em suas próprias palavras.

- Marco, pelo amor de Deus! É um tamanho normal. - Rolei meus olhos e me distanciava dele, porém o homem estava um chiclete em mim.

Conclusão da história: Saí da loja com um biquini e dois maiôs, ou as mulheres daquele lugar veriam uma briga legítima alemã com direito a destruição do estabelecimento delas. Assim que chegamos no hotel, eu me tranquei no banheiro decidida a desfilar pelas areias quentes daquele lugar. Era bem óbvio que ninguém olharia pra mim, afinal, uma loura, branquela, magricela no meio de mulheres morenas, com uma pele bronzeada que chegava a brilhar igual um chocolate e com os maravilhosos corpões, era bem claro que eu seria o ratinho ali, mas ignorei totalmente este fato e assim que coloquei o biquini vermelho com a calcinha branca e a saída de praia marrom, calcei os chinelos que ganhei de minha mãe e saí do banheiro, me desligando do mundo para não ter que discutir furiosamente com aquela criatura que estava perto de mim cacarejando mil e uma coisas.

Saí do meu quarto e de última hora desisti de ir para a areia e fui na festa da piscina do hotel que estava tendo. A piscina dava de frente para a praia e era muito confortável. Tinham balcões com barman que servia de bebidas típicas com frutas tropicais, até cerveja estupidamente gelada. Havia também uma bancada com alguns petiscos variados de frutas até salmão e como eu havia dito, era tudo muito confortável de fato.

Liebe BetrunkenWhere stories live. Discover now