Capítulo Cinquenta e Três - Explosões

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De volta à sala, tenho que lidar com os olhares suspeitosos da minha sogra e os curiosos do meu Adam.

— Você o chama de "Garoto". Por quê? — Jacqueline ataca logo. Sua voz é rude e exige por uma explicação.

Ela permanece em pé, parada à nossa frente, pronta para uma batalha sangrenta.

Adam a repreende baixinho, mas ela parece não ouvir, ou talvez apenas o tenha ignorado.

— Eu apenas o chamo... Desde que o vi pela primeira vez. Ele tem jeito de Garoto, rosto de Garoto... Combina com ele. — Dou de ombros.

Explicar o apelido pelo qual eu chamo o meu namorado, mesmo que seja para a mãe dele, é totalmente desnecessário. É algo pessoal e que deve ser mantido apenas entre nós.

— E ele tem idade de Garoto, também, sabia disso? — Ela rebate.

Eu reviro os olhos sem conter a minha irritação. Pelo visto acabamos de chegar ao ponto que mais a irrita, desde que o Adam e eu estamos juntos.

— Sim, eu sei. Ele fará vinte e três no meio de janeiro. Idade de Garoto. Ele também tem alma de Garoto: é puro como jamais vi antes. É um homem muito bom, possui atitudes de um homem, seriedade de um homem. E continuará sendo o meu Garoto. — Olho para o Adam. Ele demonstra uma mistura de vergonha, adoração e irritação. Espero que só o segundo seja por minha causa. — E eu tenho 28 anos, caso ainda não saiba e caso se interesse em saber. Quase cinco anos de diferença. E o Adam continua sendo o meu Garoto.

Eu sorrio com falsa inocência diante do olhar irado da minha sogra.

— Que afronta! Quanta petulância. — Sua voz pinga indignação. — Adam é doce e carinhoso; é puro e inocente. E você é uma mulher mais velha e vivida. Não quero que contamine o meu menino...

— Mãe, chega! — Adam diz alto. O seu respeito pela mãe o impede de falar mais coisas e mais alto.

— Você não confia no seu filho, então? Acha que ele é facilmente manipulado e que a sua inocência se perderá com facilidade? — Eu rebato.

Ela fica vermelha e a sua raiva cresce. Ela bufa.

— Há maldade no mundo, mulher. O mal pressiona o bem, tenta burlar as barreiras do bem. O mal é forte e facilmente vence. — Ela praticamente rosna para mim.

Um tremor percorre todo o meu corpo em pura irritação.

Ela parece enxergar o mundo de maneira tão rasa, tão pejorativa... E acredita que o filho mais velho, o mais forte deles, pode sucumbir fácil a qualquer provação.

E se ela soubesse o tanto que está errada... Adam viveu tanto e continua hoje aqui, vivo, feliz, amado, amando, forte, inocente, carinhoso... Bom!

— O mal vence quando a pessoa é fraca! — Eu tomo forças para falar com calma. — O Adam é uma pessoa boa. É forte, justo, bondoso, amoroso, puro, inocente, e não é manipulado com facilidade. Quanto mais forte o coração, mais puro ele fica. Não importa o quanto a maldade insista, ela não vencerá o bom coração. E acredite, Senhora Beaumont... — Sem me segurar, eu cuspo o seu nome, enojada com a sua atitude imatura. — O Adam tem o coração mais forte que eu conheço. E eu não sou a ruim aqui. Eu não faço mal ao Adam.

— Você está insinuando que eu...

— Não! Não ponha palavras na boca dela, mãe. — Adam resmunga.

— Então você vai defender essa mulher? Vai ficar contra a sua própria mãe?

Suspiro.

Meu coração bate forte.

Efeito AliceOpowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz